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Afasia: Dificuldade na comunicação após lesões cerebrais

Junho é o mês de conscientização da Afasia.

Você sabe o que é Afasia?

Certamente conhece ou conheceu alguém que tenha afasia. Ou a palavra Afasia é nova para você?

Embora o nome não seja tão divulgado ou tenha tanta familiaridade como o Autismo, a Afasia também merece ganhar a atenção para o que ela significa. É importante que falemos um pouco sobre sua etiologia.

A Afasia é proveniente de distúrbios que geralmente não geram danos progressivos (situações como acidente vascular cerebral, a encefalite e o traumatismo craniano). Além disso, interessante salientar que nesses casos a Afasia tende a não se agravar. Por outro lado, a Afasia pode piorar consideravelmente quando ela resulta de algum distúrbio progressivo, tal como a demência ou um tumor cerebral que se desenvolve.

Ela pode ser considerada como um comprometimento adquirido da linguagem e que tem como resultado problemas de compreensão e de produção tanto de palavras quanto de frases e discursos. A Afasia também é responsável pela disfunção dos chamados centros de linguagem no córtex cerebral e no núcleo de base.

 Quais são os sintomas mais comuns da Afasia?

É impossível mencionar os sintomas sem falar sobre a Afasia de Wernicke e a Afasia de Broca, pois cada uma delas mostra uma particularidade; e os sinais estão presentes nela. Portanto, veja os principais pontos que estão incluídos nesses tipos.

 – Afasia de Wernicke (pertence ao grupo das afasias fluentes) Nesse caso, o paciente geralmente utiliza um discurso fluente e cheio de jargões, mas é notável a ocorrência de palavras e de fonemas muitas vezes sem uma sequência. Por isso, é comum que haja uma espécie de amontoado de palavras. Outra característica muito frequente é a não consciência da clareza da pronúncia. Ou seja, as pessoas incluídas nessa tipologia não têm ciência se seu discurso está sendo compreensível aos seus interlocutores. O comprometimento da função auditiva e da escrita também pode ser notado. Esta última, para se ter ideia, pode ser fluente. No entanto, a escrita tende a mostrar muitos erros e a não contar com palavras substantivas.

 – Afasia de Broca (pertence ao grupo das afasias não fluentes) As pessoas que estão incluídas nessa tipologia costumam ter uma boa compreensão e conceituam relativamente bem. Porém, sua capacidade de formar as palavras pode ficar prejudicada. O indivíduo tende a enfrentar algumas situações de frustração provenientes de sua tentativa de tentar se comunicar, pois a Afasia interfere na execução da fala e da escrita. Além disso, a incapacidade de nomear objetos (chamada de anomia) pode ser notada em pacientes. A repetição e a prosódia prejudicada também são claramente percebidas. O diagnóstico É interessante ressaltar que para se chegar ao diagnóstico da Afasia, podemos ter dois eixos para seguir: o comum e o incomum. Porém, vale salientar que isso se refere ao que chamamos de diagnóstico diferencial. Veja a seguir: – Diagnóstico diferencial comum – – Acidente vascular cerebral isquêmico; – Hemorragia intracerebral; – Doença de Alzheimer; – Traumatismo cranioencefálico traumático; – Diagnóstico diferencial incomum – – Hematoma subdural; – Hemorragia subaracnoide; – Enxaqueca; – Encefalite herpética.

 Além disso, o diagnóstico também pode ser possibilitado a partir de uma investigação feita pela exclusão de outros problemas de comunicação, testes à beira do leito e testes neuropsicológicos, exames de imagem do cérebro.

 Tratamento Para proporcionar uma intervenção eficaz da Afasia, é interessante fazer uma abordagem mais ampla. “O tratamento deve ser individualizado para abordar os déficits residuais, as necessidades e prioridades de comunicação do indivíduo, além dos recursos disponíveis” (BMJ Best Practice, 2020).

Vale lembrar que o especialista também pode tratar certas lesões causas pela Afasia (lesão de massa, por exemplo). Fonoaudiólogos e instrumentos amplificadores de comunicação também são indicados.

 Referências BMJ Best Practice. Avaliação da afasia. 2018. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/973#referencePop8. HICKOCK, George. The cortical organization of speech processing: Feedback control and predictive coding the context of a dual-stream model. NCBI – National Center for Biotechnology Information. Bethesda, v. 45, n. 6, p. 393 – 402, Nov. 2012.

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