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Exercicios de Motricidade para crianças



Exercícios de Motricidade Orofacial para crianças


Durante todo o período da graduação, o estudante de Fonoaudiologia é orientado para utilizar o recurso lúdico nos atendimentos de crianças. Muitas vezes a orientação e reflexão sobre sua utilização inexistem, partindo do próprio aluno o impulso leigo de que, por estar atendendo crianças, atividades lúdicas em geral são indispensáveis.
O brincar é considerado uma possibilidade para conquistar o paciente e fazer com que ele encare o trabalho terapêutico com mais disponibilidade e sem resistências, mantendo sempre sua motivação.
Veja abaixo várias imagens para trabalhar exercícios com as crianças: morder lábio superiormorder lábio inferiorafilar a línguaalargar a língua

vibrar os lábiosboca de peixe

Língua para a direita          língua para a esquerda
inflar bochecha direita      inflar bochecha esquerda
alargar a língua      afilar a língua
inflar as bochechas    língua para cima
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fonte: Erica Sitta 
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Teste da Linguinha


A língua presa pode ocasionar dificuldade de fala e deglutição incorreta

A detecção de problemas na primeira infância é fundamental para um diagnóstico precoce, o que garante uma melhor qualidade de vida à criança. Paralelamente a outros testes, o teste da linguinha tem se mostrado primordial no primeiro mês de vida do bebê.

O que é o teste da linguinha

O protocolo de avaliação de frênulo lingual em bebês, ou teste da linguinha, é um exame feito em crianças de até 6 meses para diagnosticar a presença da língua presa e o grau de limitação dos movimentos causado por ela, que podem comprometer as funções de sugar, engolir, mastigar e falar.
O teste da linguinha é eficaz, rápido e não dói. Esse procedimento é importante para corrigir logo cedo problemas que limitam a sucção da criança durante a amamentação e também evita que o bebê cresça com dificuldades na fala.

Como é realizado

O teste é simples e indolor. O profissional examina com os dedos o movimento da língua e a posição do frênulo. Observa-se também a amamentação da criança, pois bebês com alteração no frênulo têm um número menor de sucção, pausas mais longas e um tempo maior de amamentação.

Quando realizar o teste da linguinha

A recomendação é de que o teste seja realizado no primeiro mês de vida do bebê. Ele pode ser realizado em qualquer idade, mas quando mais cedo for realizado e diagnosticado o problema é melhor, para que a amamentação não seja substituída pela mamadeira.
Quais os problemas do bebê ter a língua presaQuando o bebê tem a língua presa, apresenta alterações na sucção, mama com dificuldade e não ganha peso adequadamente. Desta forma, irá trocar o seio pela mamadeira, o que não é recomendado nos primeiros meses de vida.
Na infância, a língua presa faz com que a criança tenha problemas na fala, o que gera desconforto na escola.

O que fazer se o bebê apresentar língua presa

O problema sendo identificado, a criança deverá passar por uma pequena cirurgia para corrigir o problema. A intervenção chama-se frenectomia, ou simplesmente pique, que consiste em um pequeno corte no frênulo da língua. O procedimento completo dura cerca de dez minutos. É muito simples feito em consultório, com anestesia local e a criança não precisa ficar internada.
Obrigatoriedade do testeO Conselho Federal de Fonoaudiologia está empenhado para aprovação da lei que torna o teste da linguinha obrigatório e gratuito em todo o território nacional, assim como é o teste da orelhinha, do pezinho e do olhinho. Os estados da Paraíba, Mato Grosso do Sul, e alguns municípios de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul já aprovaram. O teste da linguinha é um procedimento simples e que contribui para uma melhor qualidade de vida tanto do bebê, quanto da mãe.

Bebês que mordem o bico do seio da mãe ao mamar, não conseguem colocar a língua para fora ou, quando colocam, ela está arredondada ou bifurcada. Esses são alguns sinais de que o recém-nascido pode ter a língua presa (encurtamento do frênulo da lingual).


Referências:
Conselho Federal de Fonoaudiologia
Portal Fiocruz
Senado.gov.br
Folha.uol.com.br
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Chupeta prejudica fala, respiração e mastigação de bebês



Quando se pensa em bebês, é normal imaginar uma criança com uma chupeta entre os lábios. No entanto, as aparentes facilidades do produto podem não compensar. Além disso, o uso contínuo pode acarretar em diversos problemas para o desenvolvimento da criança.
 O que os pais talvez nem sempre percebam é que o uso das chupetas é imposto por eles. Ela não é um item obrigatório de uso, tampouco é solicitada pelo bebê. “A chupeta é muito mais uma necessidade do adulto do que da criança”, opina a psicóloga do Centro Educacional Miraflores, do Rio de Janeiro, Sandra Cerqueira. Segundo a especialista, a utilização do item tem muito mais relação com uma ansiedade e uma preocupação excessivas dos pais do que com uma real necessidade.
 A chupeta é interessante para os pequenos porque lhes oferece tranquilidade e segurança. Isso ocorre porque ela tem um formato que lembra o bico do seio materno e o seu próprio uso remete à amamentação. Além disso, os bebês estão na fase oral, em que tendem a conhecer e utilizar os objetos introduzindo-os na boca. Portanto, a questão é que a criança não sentirá falta da chupeta, se não conhecer o objeto. Os momentos em que ele poderia ser útil são situações que podem ser resolvidas de outras formas.
 De acordo com Sandra, o uso da chupeta não será necessário se os pais oferecerem um ambiente satisfatório para a criança. O mais importante é passar tranquilidade, o que ocorre quando se mantém uma rotina regular e se dá atenção, carinho e afeto. Além disso, é importante estar atento às necessidades dos pequenos, pois algumas vezes o choro pode ser sinal de fome, sono ou afins.
 Uso contínuo prejudica o desenvolvimento da arcada dentária
 Para alguns bebês, a chupeta funciona quase como parte da própria anatomia. Nos raros momentos em que não é utilizada, ela fica presa à roupa ou pendurada no pescoço do dono. Além disso, se perder, há diversas outras opções pela casa. Essa é, no entanto, uma situação totalmente equivocada, pois incentiva o uso.
 Vale lembrar que os pequenos estão em pleno desenvolvimento, e a presença de uma chupeta constantemente dentro da boca pode alterar esse processo. De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Irene Marchesan, os danos causados pelo item dependem de três fatores principais: intensidade, duração e frequência. Além disso, a genealogia também influencia. Caso a criança provenha de uma família com prognatas ou pessoas de face alongada, ela terá uma tendência maior a ter deformações no desenvolvimento da arcada ou do rosto.
 Conforme explica o consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia, Rodrigo Bueno, a chupeta induz um posicionamento equivocado das arcadas, até antes mesmo dos dentes nascerem. O item interfere no encaixe dental, promovendo uma postura viciosa que, com o tempo, pode causar alterações na estrutura. Um exemplo de um problema que pode ocorrer é a aproximação das extremidades da arcada, em que os lados direito e esquerdo ficam mais perto um do outro, deixando a boca com um desenho curvo.
 As alterações na arcada podem influenciar em diversas funções e necessidades da criança, uma delas é a mastigação. Como os dentes não estão posicionados de forma adequada, ocorre uma dificuldade na trituração adequada dos alimentos. Isso também ocorre porque a estrutura maxilar dos usuários de chupeta tende a ser menos exigida e, portanto, não se torna suficientemente forte.
 Uma musculatura facial enfraquecida aliada aos problemas na arcada dificultam, ainda, no desenvolvimento da fala. Como a distância entre os dentes de cima e debaixo tende a ficar maior, há uma diminuição nos pontos de contato entre eles e, portanto, a pronúncia pode ficar mais confusa. A maior concentração de saliva na boca, causada pelo uso da chupeta, também contribui para isso. O sistema respiratório ainda pode sofrer mudanças com a utilização. Durante o uso do produto, a boca geralmente fica semiaberta, o que facilita a passagem de ar e, consequentemente, a respiração bucal.
 Bico deve ser tolerado até no máximo os dois anos
Por mais tradicional que ainda possa parecer, menos crianças usam chupetas. Ao menos é o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, 42,6% dos pequenos utilizavam o produto em 2008, o que representa uma diminuição de 15,1% em relação à 1999. Negar o item, não é, portanto, nenhuma novidade, tampouco demonstração de falta de atenção nos cuidados com o bebê. Uma alternativa menos negativa para a criança são as chupetas ortodônticas, pois têm um formato parecido com o seio materno, o que facilita o encaixe entre os dentes. No entanto, a melhor opção é não oferecer o objeto ou tentar minimizar ao máximo o uso. Segundo a psicóloga, se não for possível evitar, a retirada deve ser feita até no máximo os dois anos.
Para tanto, o primeiro passo é reduzir o uso. De acordo com a psicóloga, não adianta criticar a chupeta ou dar muitas explicações para os pequenos. Isso porque eles ainda não têm uma noção clara do que é certo e errado e, além disso, distraem-se com facilidade. O melhor é falar de forma segura e objetiva, utilizando frases curtas, de forma que eles percebam que o hábito de utilizar o produto é inadequado. Fazer acordos ou chantagens não é uma boa escolha. Segundo Sandra, isso não funciona corretamente, pois os pequenos são ainda muito jovens para entender essas negociações e vão querer o produto de volta depois. O melhor é pedir eventualmente para a criança tirar o item e distraí-la com outros assuntos.
Fonte: Portal Terra (Vida de Mãe)
http://www.abramofono.com.br/?p=890
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Músculos da Face


Músculo
Origem
Inserção
Acção principal
Ventre anterior do M.
Occipito frontal
Aponeurose epicrânica
Pele da fronte e supercílios
Eleva os supercílios e a pele da testa
Orbicular da boca
Plano mediano da maxila, e mandíbula, e camada profunda da pele
Túnica mucosa dos lábios
Compressão e movimentos dos lábios
Levantador do lábio superior
Proc. Frontal da maxila e região infra-orbitária
Pele do lábio superior e cartilagem alar maior
Eleva o lábio, dilata a narina e eleva o ângulo da boca
Bucinador
Mandíbula e maxila
Ângulo da boca
Comprime a bochecha contra os dentes molares, puxa a boca para um lado quando atingido unilateralmente
Orbicular do olho
Margem orbital medial, lig. Palpebral medial e lacrimal
Pele ao redor da órbita; tarso
Fecha as pálpebras
Nasal
Parte superior da “crista canina” na maxila
Cartilagens nasais
Leva a asa do nariz em direcção ao septo nasal
Mentual
Fossa incisiva da mandíbula
Pele do mento
Eleva e protrai o lábio inferior
Platisma
Fáscia superficial das regiões deltoidea e peitoral
Mandíbula, pele do mento, ângulo da boca e M. orbicular da boca
Baixa a mandíbula e estende a pele da parte inferior da face e a do pescoço
Supraciliar
Parte inferior do osso nasal e da cartilagem nasal lateral
Pele entre os supercílios
“Puxa” para baixo a extremidade medial do supercílio e enruga a pele do nariz
Orbicular das Pálpebras
Ângulo interno do olho
Pele do ângulo externo
Oclusão Palpebral
Zigomático Maior
Face externa do malar
Comissura Labial
“Sorriso”
Zigomático Menor
Face externa do malar
Pele do lábio superior
“Choro”
Risorius
Tecido Celular Subcutâneo da região Parotidiana
Comissura Labial
Estira as Comissuras Labiais no plano horizontal e faz o sorriso enigmático
Masseter:
Arco Zigomático
Face lateral do ramo da Mandíbula
Levanta a Mandíbula para ocluir os dentes
Elevador do Lábio Superior e Asa do Nariz; Elevador do Lábio Superior; Elevador do Ângulo da Boca; Depressor do Ângulo da Boca;
Fáscia em torno da abertura da boca
Substância dos Lábios
Separam os lábios
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O uso do Hiperbolóide em Fonoaudiologia



É importante saber que o equilíbrio entre os músculos da mastigação e da expressão, com os músculos da língua e dos lábios precisa ser mantido, tanto em repouso como em função.
Os maus hábitos bucais prejudicam este equilíbrio; como:
•respiração bucal
•sucção de dedo e/ou chupeta
•mastigação unilateral, morder objetos, ranger os dentes.
•deglutição com língua incorreta (entre os dentes, ou empurrando os mesmos)
Nas sessões de fono, entre as diversas técnicas que usamos para a reeducação da motricidade oral, há o hiperbolóide, pode ser usado em exercícios de mastigação, deglutição e respiração.
O respirador bucal apresenta musculatura hipotônica (flácida), e geralmente não tem o hábito de mastigar adequadamente, se alimentando rápido e engolindo de forma inadequada.
A sucção de dedo e/ou de chupeta, anteriorizam a postura da língua, muitas vezes, interferindo na dicção da fala.
A deglutição com a língua entre os dentes, ou sobre eles, alteram a posição dentária.
A mastigação unilateral pode desequilibrar a musculatura interna das bochechas, afetar a mordida dentária; o mesmo acontecendo com o hábito de morder objetos.
O ranger os dentes é uma atividade chamada Bruxismo, geralmente ocorre durante o sono, e é comum em pessoas ansiosas, tensas, depressivas, muito estressadas; dependendo de cada pessoa e de sua sensibilidade, a carga energética nervosa, extrapola para a boca, que é a parte mais sensorial do corpo humano. O Briquismo (apertamento dos dentes superiores com os inferiores) também pode correr.

Os exercícios com o hiperbolóide podem minimizar ou eliminar vários fatores citados, e com auxílio de outros exercícios de motricidade oral, além de muitas vezes, o uso de aparelho para a harmonia entre mandíbula e maxila, indicado pelo especialista em Ortodontia ou em Ortopedia Funcional dos Maxilares, enfim um trabalho conjunto, onde os nossos conhecimentos são aplicados visando proporcionar ao paciente, de um modo geral, os meios afim de que ele possa alcançar, de acordo com suas possibilidades, o melhor rendimento possível.
Em pesquisas feitas, os exercícios com hiperbolóide também propiciam: diminuição de cáries; melhora na halitose (mau hálito); melhora na gastrite e no refluxo gastro-esofágico, e até na azia, pois estimula a produção da saliva, tornando-a mais alcalina.
Há pesquisas também de diminuição do estado de ansiedade e da tensão emocional.
Vários profissionais utilizam o hiperbolóide, são eles:
1 – Odontologia: prevenção da cárie, problemas periodontais, má oclusão, assimetrias faciais, mau hálito, aumento (sialorréia) ou diminuição (exostomia) do fluxo salivar: regulariza a quantidade e qualidade da saliva, complementação de tratamentos ortodônticos e ortopédicos, em certos distúrbios de ATM e musculares etc.
2 – Medicina: pós cirurgia ou durante tratamentos como radioterapia que implique na alteração da quantidade e qualidade da saliva produzida, em pacientes da UTI intubados: por exercícios executados pelo fisioterapêuta sob orientação médica para atenuar traumas subsequentes ao intubar, como coajuvante de problemas posturais e cinesiológicos da coluna vertebral, na otorrinolaringologia como terapêutica suplementar para desvios de septo nasal ligados à cargas oclusais, na imunologia: contribuindo à diminuição da incidência de eventos alérgicos ao atuar sobre o alargamento do palato (teto bucal/soalho nasal) etc
3 – Fonoaudiologia: nos exercícios de sensibilidade e motricidade oral, nos respiradores bucais, em problemas de postura lingual etc  
4 – Fisioterapia: em manobras de Rocabado para ATM, mobilizações conjuntivas do Rolffing e RPG, complementar a Pilates, distúrbios cinesiolígicos com relação bucal etc.
Como te falei, na minha opinião estes profissionais deveriam ser visitrados por um “propagandista”, como fazem os laboreatórios farmacêuticos que deixam amostras grátis para induzir o uso, e os profissionais deveriam prescrever o Hiperbolóide



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Freio lingual curto - Frenoctomia fazer ou não?

Freio lingual curto e anteriorizado, a causa da "língua presa"

 
  
  Já escrevi em outro artigo sobre a popularização do termo "língua presa". Normalmente,    trocas  na fala e interposição de língua durante esta recebem essa denominação pelos leigos.    Mesmo   nos casos de atraso na aquisição de fala muitos pais questionam os pediatras se a    causa  seria   porque a língua da criança é presa.
   Na verdade, quase a totalidade das alterações de fala não tem qualquer relação com a real    "língua presa", ou seja, com a presença de um freio lingual encurtado e com inserção    anteriorizada. Porém, há casos em que realmente existe um encurtamento e uma inserção    anteriorizada do freio lingual, o que prejudica a movimentação da língua e conseqüentemente    a  fala e a deglutição (ato de engolir).
  Quando colocamos a língua no palato duro (céu da boca) vemos um "fiozinho". Este é o freio    lingual. Caso este esteja inserido muito próximo à ponta da língua, repuxando-a pelo meio,    podemos dizer que este sim é um freio curto e a língua esta "presa". Mesmo assim, há casos em    que não há alterações nem de fala nem de deglutição.
   Nos casos em que existe algum desses problemas, há necessidade inicialmente de uma    frenectomia (ressecção do freio lingual) para que a mesma possa ter "liberdade" para se    movimentar. Esta cirurgia pode ser realizada tanto pelo cirurgião dentista como pelo    otorrinolaringologista.
   Com essa cirurgia, a língua já não tem mais a restrição de movimento estrutural, porém, como    por muito tempo as possibilidades de movimentação eram restritas, há a necessidade de    tratamento fonoaudiológico para reorganizar os movimentos da língua tanto para a deglutição    como para a fala. Quando o freio lingual é curto a língua tem dificuldades para elevar e    produzir adequadamente sons como do /t/, /d/, /l/ e /r/, dentre outros.
   Assim, caso tenha dúvidas, faça uma avaliação com um fonoaudiólogo para saber o que causa    a alteração de fala de seu filho, ou da própria fala, para que a melhor conduta seja seguida e não    se realize uma frenectomia desnecessariamente.

http://www.fonosaude.com.br/artigos/artigo18.htm
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A Respiração Oral Influencia na Disciplina e Desempenho Escolar das Crianças



Alguns educadores, pais e médicos já perceberam que certas crianças desatentas e agitadas têm um desempenho escolar prejudicado. Fato que nossa pesquisa comprovou. Por ser uma pesquisa multidisciplinar, cada uma de nós vê a respiração oral de um ponto de vista diferente: otorrinolaringológico, fonoaudiológico e psicopedagógico e somos unânimes em afirmar que a melhor arma para amenizar o desconforto do respirador oral é a orientação e conscientização dos pais, educadores e médicos.
A pesquisa:
A pesquisa, realizada com 292 crianças em idade pré-escolar, comprova que respiradores orais, ou seja, crianças que apresentam dificuldade de respirar somente pelo nariz, por obstrução nasal ou faríngea, coriza, espirros, problemas durante o sono (roncos, apnéia, sono agitado) decorrente de amígdalas e adenóide aumentadas, alergias entre outros fatores, apresentam mais dificuldades de aprendizado, além de serem mais indisciplinadas. Existem evidências, citadas por outros autores, e comprovadas na nossa pesquisa, de que crianças respiradoras orais, em sua maioria meninos, apresentam potencialmente mais problemas cognitivos e de comportamento do que as outras. Há relação entre a respiração oral e distúrbios de atenção, hiperatividade, enurese, comportamento agressivo e antissocial.
O objetivo do nosso trabalho foi avaliar a correlação entre respiração oral e distúrbio respiratório do sono com problemas disciplinares, em crianças na fase de alfabetização e relacioná-los ao processo de aprendizagem.


A criança
Na fase da alfabetização a criança já passou pela fase inicial de socialização e aquela dificuldade de relacionamento e agitação pertinentes a idade deveria estar sendo superada. O que se nota no respirador oral é uma dificuldade em manter a atenção e controlar-se, além de um ritmo mais lento na aquisição da leitura e escrita. Normalmente estas crianças ficam mais agitadas e agressivas com os colegas.
Esta fase é importantíssima para o desenvolvimento e a história de todo aprendizado futuro. Não apenas a auto-estima da criança, mas sua segurança perante o aprender está em jogo. Como os problemas respiratórios são comuns nesta idade, este prejuízo pode marcar a criança como uma incapacidade de aquisição e não apenas como uma dificuldade transitória que mediante tratamento e orientação pode ser ultrapassada. Alguns adolescentes que apresentaram problemas respiratórios ao longo da infância continuam sendo rotulados como alunos preguiçosos, agitados e desatentos durante toda sua vida escolar. Talvez este seja um fardo muito grande de ser carregado por causa do desconhecimento dos pais, médicos e professores!
Todos os envolvidos muitas vezes sub-valorizam este problema respiratório e procuram ajuda quando as dificuldades de aprendizagem já estão em fase mais adiantada e o aluno já não acredita na sua capacidade de aprendizado e controle.
Concluindo:
A partir dos resultados da nossa pesquisa, concluímos que há relação entre respiração oral e problemas disciplinares e de aprendizado. Dessa forma, é de grande importância a orientação e o conhecimento dos professores e outros profissionais da educação sobre a relação da respiração oral, roncos, distúrbios respiratórios do sono e o desempenho escolar, para que possam reconhecer as crianças e orientar os pais na busca de um tratamento específico, contribuindo para uma melhora da evolução do aprendizado das crianças.
O diagnóstico acertado e o tratamento precoce podem auxiliar muito na segurança que este aluno vai apresentar diante de todos os aprendizados futuros, podendo gerar a reversão das dificuldades e da indisciplina. Portanto, a observação familiar e da escola, além do tratamento adequado são fundamentais para a solução deste problema.

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AVISO

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“As informações e sugestões contidas neste site têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e o acompanhamento ao Odontopediatra, Ortopedia Funcional dos Maxilares, Ortodontia,Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Pediatria e outros especialistas”