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O que esperar nos primeiros anos de vida da criança?



O desenvolvimento infantil é o aumento da capacidade do indivíduo de realizar tarefas cada vez mais complexas, tanto do ponto de vista motor (habilidade de fazer algo), como no aspecto cognitivo e emocional (psicológico), com suas relações interpessoais (sociais), além do crescimento físico (ganho de peso e estatura) e maturação neurológica (capacidade de fazer algo).
O artigo a seguir, disponibilizado pelo Hospital Infantil Sabará, reúne informações para que pais e cuidadores conheçam as diferentes etapas do desenvolvimento dos bebês de 0 a 12 meses. De posse desses dados, saberão o que esperar de cada fase, sem exigir mais do que a criança consegue executar, e estando alertas para eventuais atrasos.

Num Mundo competitivo como o que vivemos, o desenvolvimento infantil passou a ser uma preocupação para os pais, mas precisamos tomar cuidados para que esta preocupação não vire uma obsessão e os pais passem a superestimular seus filhos ou fazendo deles pequenos executivos com uma agenda lotada de aulas e afazeres, que em suas cabeças tornaram seus filhos mais adequados a enfrentar este Mundo competitivo. Crianças não pequenos adultos, são seres em formação e precisam andar passo a passo, subir cada degrau do desenvolvimento no seu tempo, na sua hora e na velocidade que for capaz. Como pais, nosso papel é de torná-los cidadãos independentes, pessoas autônomas e não devemos depositar nelas nossos sonhos ou nossas frustrações.
Quando falamos de desenvolvimento infantil, precisamos primeiro definir o que queremos dizer. Veja alguns exemplos:


-  “Para o pediatra, surge a definição que diz: desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas”.
- O neuropediatra certamente pensará mais na maturação do sistema nervoso central e conseqüente integridade dos reflexos.
- O psicólogo, dependendo da formação e experiência, estará pensando nos aspectos cognitivos, na inteligência, adaptação, inter-relação com o meio ambiente, etc.
- O psicanalista dará mais ênfase às relações com os outros e à constituição do psiquismo.
Entretanto, todos esses profissionais estão corretos em suas análises. Cada um deles pensa nos aspectos que vivencia na prática profissional e que para o outro, com experiência diferente, pode ser incompleta ou reducionista. O que nos confirma que o desenvolvimento vai além de uma determinação biológica e necessita uma abordagem multiconceitual e, conseqüentemente, multidisciplinar.” 


Desenvolvimento infantil
Para nós, o desenvolvimento infantil se refere a todos estes conceitos, ou seja : é o aumento da capacidade do indivíduo adquirir capacidades de realizar tarefas cada vez mais complexas, tanto do ponto de vista motor (habilidade de fazer algo), como no aspecto cognitivo e emocional (psicológico) com suas relações interpessoais (sociais) além do crescimento físico (ganho de peso e estatura) maturação neurológica (capacidade de fazer algo). Precisamos nos lembrar que o “filhote do homem” é um ser bem prematuro em comparação com outros animais que, por exemplo, mal nascem e já andam. “Desenvolvimento é um conceito amplo que se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais. (Ref. 1).
Do ponto de vista da maturação, o desenvolvimento neurológico não acontece de maneira arbitrária, mas de acordo com um plano contido no potencial genético, através de etapas previsíveis e pré- determinadas, no sentido céfalocaudal e do centro para a periferia, ou seja, inicia-se na cabeça e desce para os pés, e do centro do tronco para as extremidades dos membros. Podemos ver isto na figura abaixo.
Apesar da crença que as crianças de hoje em dia são mais inteligentes ou hábeis que as de antigamente, isto não são confirmados pelas observações da evolução do desenvolvimento neuro-psiquico-motor das crianças nos últimos séculos.
O importante no estímulo da criança é que ele seja consistente com a etapa do desenvolvimento neuro-motor e psíquico que ela se encontra. Tentar estimular coisas que a criança ainda não possui habilidade ou competência e poderá desestimulá-la a tentar mais tarde, ou causar sérios danos à sua auto-estima. Uma das formas mais importantes de estímulos é o brincar. Brincadeiras e jogos são importantes testes para que a criança adquira segurança e as habilidades sem notar que está sendo cobrado a fazer. Por isto, sente com seu filho no chão e interaja com ele, monte estruturas, corra, faça subir e descer obstáculos, leia histórias, veja filmes, vá ao parque, aos play grounds, ao teatrinho, ouça e cante músicas. O estímulo variado é importante, por estimulará várias áreas do cérebro aumentando o número de sinapses, o que será essencial para que ele se desenvolva intelectualmente, e nos outros aspectos também.
Abaixo uma tabela com os diferentes aspectos do desenvolvimento neuro-psico motor das crianças até o sexto ano:
Autor: Dr. José Luiz Setúbal – junho de 2011 Fonte: Ministério da Saúde – secretaria de políticas públicas"Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento Infantil"


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Fases do Desenvolvimento segundo Freud

FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL


Para Sigmund Freud, todas as crianças passam por fases distintas durante o seu desenvolvimento. Como cada um experiencia a passagem por essas fases será significativo para a formação da personalidade adulta.

São quatro, as fase do desenvolvimento psicossexual:

FASE ORAL - de zero a dezoito meses / dois anos aproximadamente;

FASE ANAL - de dois anos a três / quatro anos aproximadamente;

FASE FÁLICA - de quatro anos a cinco / sete anos aproximadamente;

FASE GENITAL - fase adulta.


FASE ORAL
A fase oral é a primeira das fases do desenvolvimento psicossexual. Embora não se possa afirmar com precisão a durabilidade de cada fase, estima-se que esta fase se desenrole até os por volta dos 18 meses de vida.

Subdivide-se a fase oral em:

1. ORAL PRIMÁRIA (sucção, ingestão)

Neste primeiro estágio da fase oral, a satisfação é obtida pela estimulação da boca. Adultos levemente fixados nessa fase gostam de comer, beber, fumar e beijar, por vezes, em excesso. Alguns autores, a exemplo de Sônia Del Nero, elucidam que uma fixação mais grave nesta fase pode estabelecer um futuro quadro de psicose esquizofrênica.

2. ORAL SECUNDÁRIA (mordedura)

Este segundo estágio da fase oral ocorre com o surgimento dos dentes e também é chamado de canibalístico ou sádico, pois o bebê para aliviar a dor e o desconforto do nascimento dos dentes: morde. Pessoas com fixação nesta fase podem se tornar hostis, agressivas e sarcásticas. Autores, como Sônia Del Nero, afirmam que uma fixação mais grave pode produzir uma psicose melancólia.

FASE ANAL
A fase Anal se inicia por volta dos dois anos e termina aos 3/4 anos de idade, aproximadamente. Nessa idade, a criança aprende a controlar os esfíncteres, por meio do treino de toillet.

O controle fisiológico obtido nessa fase leva a criança a perceber que o controle de um modo geral é uma nova fonte de prazer. Aliado a isso, as crianças percebem que atraem a atenção dos pais por meio do uso de toillet adequado, quando recebem elogios, bem como quando não se saem bem e são repreendidas.

Pela teoria Freudiana, quando os pais são muito exigentes e a criança não consegue corresponder satisfatóriamente a essas exigências, a reação pode ser de duas formas: defecando onde e quando quiser para desafiar os pais ou pode também reter as fezes.

Por isso, alguns autores subdividem a fase anal em expulsiva e retentiva. As pessoas com fixação na primeira fase anal (expulsiva) tendem a apresentar comportamento hostil e agressivo na idade adulta. Nos termos de Sônia Del Nero, uma fixação mais grave nessa fase expulsiva, pode levar a um transtorno psicótico paranóide,. Enquanto uma fixação grave na fase retentiva poderia ensejar o desenvolvimento de neurose obsessiva.

FASE FÁLICA
Esta fase se inicia por volta dos 4 anos e termina aos 5/7 anos aproximadamente. É nesta fase que as crianças começam a perceber as diferenças sexuais (masculinas e femininas). É também aqui que se desenrola o chamado complexo de Édipo e o desenvolvimento do superego.

A fáse fálica talvez seja a mais conflituosa de todas, por conta do complexo de Édipo. Por meio desta referência à tragédia grega de Sófocles, Édipo Rei, Freud tenta explicar a relação do menino com sua mãe e como no desenrolar desse processo o menino troca o interesse pela mãe pela admiração pelo pai, com quem se identifica e a quem passa a ter como modelo. Esse processo é chamado por Freud de “castração”. É por meio da “ansiedade de castração” que o menino se volta para o pai. Essa “castração” é responsável pelo estabelecimento da instância moral – o superego.

É importante esclarecer que o “pai” em psicanálise não é o pai biológico e sim quem introduz a noção de limites. Esta figura pode ser ocupada pelo pai, pela mãe, por ambos ou por uma outra figura, o cuidador.

Freud não foi muito elucidativo quanto ao complexo de Édipo nas meninas. Este foi abordado por seus seguidores, que o chamaram Complexo de Electra.

Uma fixação na fase fálica pode ensejar transtornos neuróticos fóbicos, somáticos, dentre outros, conforme elucida Sônia Del Nero.

PERÍODO DE LATÊNCIA
O período de latência não é uma fase do desenvolvimento psicossexual, cuja última fase é a genital. A latência é um período de repouso, descanço, onde os conflitos são bem mais brandos do que nos períodos anteriores. Como bem lembra Schultz, em Teorias da Personalidade, neste período, as crianças estão envolvidas com atividades escolares, hobbies e esportes, bem como empenhadas em desenvolver amizades com pessoas do mesmos sexo.

Este período vai se iniciar após a fase fálica, por volta de 5/7 anos, se extendendo até a puberdade, quando acaba a calmaria.

FASE GENITAL

Esta é a última fase do desenvolvimento psicossexual. É uma fase de maturidade biológica, atingida a partir da puberdade e indo até a idade adulta.


Fonte: http://karinabessamundopsi.blogspot.com.br/2010/11/fases-do-desenvolvimento-psicossexual.html
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Criança de 9 meses


Quase andando

O bebê está cada vez mais perto de andar de fato. Nesta etapa, ele consegue subir escadas engatinhando e se movimentar de pé apoiando-se em móveis. Há crianças de 9 meses que chegam a dar alguns passinhos, mas ainda com ajuda. O bebê também está aprendendo a dobrar os joelhos e a se sentar depois de já estar de pé (uma operação mais difícil do que se imagina!).

Uma maneira de ajudar seu filho nessas primeiras caminhadas é se posicionar na frente dele, a uma curta distância, com as mãos esticadas encostando nas dele, para que ande na sua direção. Outro bom exercício é usar um daqueles carrinhos em que a criança pode se apoiar e empurrar (fique de olho em modelos que sejam estáveis e tenham uma base de sustentação larga).

Outro equipamento para esta fase é o andador, mas ele provoca polêmica entre os especialistas, pois boa parte deles o considera prejudicial para o desenvolvimento das pernas e dos pés. Se você decidir colocar seu bebê em um, limite o tempo e tome cuidado extra para prevenir acidentes, principalmente quando houver escadas e obstáculos no piso. O andador pode virar e causar ferimentos graves, em especial na cabeça. Não deixe de incentivar seu filho a treinar andar sem o andador.

É indispensável que sua casa seja segura para crianças. Coloque travas em portas de armário que você não queira que sejam abertas, já que os bebês são automaticamente atraídos por esse tipo de coisa.

Sapatos? Ainda não

Muitos pais ficam na dúvida se é hora de pôr sapatos quando os bebês começam a ficar de pé e a se movimentar. A maioria dos especialistas acredita que os sapatos não são necessários até que seu filho esteja passeando na rua com frequência. Andar descalço é algo que não só fortalece o peito do pé e os músculos do pé e da perna do bebê (evitando o pé chato), como pode colaborar para o equilíbrio.

Aprendendo na brincadeira

O bebê já coloca objetos em uma caixa e consegue tirá-los de lá. Para que possa praticar isso, dê a ele um balde de plástico e alguns bloquinhos coloridos (que não sejam pequenos demais para não haver risco de serem engolidos). Nesta fase, as crianças adoram brinquedos com partes removíveis ou com compartimentos que abrem e fecham. Carrinhos que possam ser arrastados de um lado para o outro são divertidos tanto para meninos como para meninas.

Você vai notar que, se tirar um brinquedo do seu filho, ele vai protestar, à medida que aumenta sua habilidade de expressar necessidades e desejo.

Aos 9 meses, cerca de metade das crianças gosta de dar um brinquedo a outra pessoa só para pegá-lo de volta depois. Seja companheira nessas horas de diversão. Tente rolar uma bola no chão para o bebê e veja se ele joga de volta. Com peças que podem ser empilhadas, seu filho terá a opção de colocar uma em cima da outra ou de dar uma delas para você.

Treino para ficar longe dos pais

A ansiedade de separação chega a um pico entre este período e os próximos meses. Embora seja normal que um bebê de 9 meses demonstre forte ligação com você e rejeição a outras pessoas, esse elo pode decepcionar avós e outros parentes. Ajude seu filho a se sentir mais confortável e espere que ele manifeste o interesse de ir no colo de alguém.
Se o seu bebê chupa o dedo ou uma chupeta para se acalmar em situações mais estressantes, não se preocupe. A sucção é uma das únicas maneiras que os bebês conhecem para se tranquilizar.

Viagens

Esta costuma ser uma idade difícil para se viajar com bebês. Crianças pequenas gostam de rotina, algo que tende a ser alterado durante viagens. Se for viajar, esteja preparada para um companheiro possivelmente irritado e, ao mesmo tempo, apegado. Tenha uma série de coisas para distraí-lo durante a jornada, como livrinhos, brinquedos que fazem barulho e, o mais importante, aquele famoso ursinho de pelúcia ou outro objeto de estimação. Se seu filho gosta de chupetas, é bom ter várias à mão, já que elas parecem sumir justo quando você mais precisa.

Compreensão da linguagem

A enxurrada de palavras que o bebê ouve desde o nascimento começa a surtir efeito. Nesta etapa, o entendimento de longe supera a fala, embora os sons do seu filho cada vez mais se assemelhem a palavras de verdade, incluindo aquele esperado "ma-ma". Só não se anime demais, já que essas sílabas provavelmente são só mesmo sons repetidos.

O seu tom de voz ainda faz mais sentido para seu filho do que as palavras em si. Mas, quanto mais você conversar com ele - ao preparar o jantar, no carro ou enquanto se veste --, mais o bebê aprende sobre a dinâmica da comunicação. Um estudo chegou a apontar que um dos maiores fatores para se prever a inteligência futura é medir a quantas palavras uma criança é exposta diariamente. É óbvio que a conversa dos outros ou horas à frente da TV não contam. O que vale para seu filho é ouvir palavras e o uso da língua de forma interativa.

Aos 9 meses, as crianças começam a entender o sentido do "não", só que dificilmente vão obedecer. Ao seu próprio nome, contudo, os bebês respondem sim, olhando em volta ou interrompendo o que estão fazendo para ver quem chamou.

Será que o desenvolvimento do meu filho é normal?

Lembre-se, cada bebê é de um jeito e atinge certos marcos de desenvolvimento físico no seu próprio ritmo. O que apresentamos são apenas referências de etapas que seu filho tem potencial para alcançar -- se não agora, em pouco tempo.

Caso seu filho tenha nascido prematuro, é provável que você observe que ele leva um pouco mais de tempo para fazer as mesmas coisas que outras crianças de idade similar. Não se preocupe, a maioria dos médicos avalia o desenvolvimento de um prematuro conforme a idade corrigida e acompanha seu progresso levando isso em conta.


 http://reginapironatto.blogspot.com.br/2010/12/criancas-de-9-meses.html
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Fazer puzzles na infância desenvolve capacidades matemáticas


Crianças entre os 2 e os 4 anos que brincam com puzzles desenvolvem melhor as competências espaciais. Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Chicago (EUA).
Analisando vídeos de pais a interagir com os seus filhos durante as actividades quotidianas caseiras, os investigadores perceberam que as crianças, entre os 26 e os 46 meses, que brincaram com puzzles tinham melhores aptidões de visualização espacial quando chegaram aos 54 meses. O estudo está publicado na «Developmental Science» e é citado no portal Ciência Hoje.
A psicóloga Susan Levine, especialista em desenvolvimento matemático nas crianças e autora principal do estudo, afirma que estas “têm um desempenho melhor das que não brincaram com puzzles, em tarefas que põe à prova a sua habilidade de transformar formas”.
A capacidade mental de transformar formas é um importante para prever futuras carreiras nas ‘STEM’ (Science, Technology, Engineering and Mathematics), ou seja, nas áreas das Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática.
O estudo é o primeiro que analisa os puzzles num cenário não forçado. Nesta investigação de longa duração foram analisados 53 pares de pais de diferentes meios sócio-económicos. A estes foi pedido que interagissem com os seus filhos de forma natural em sessões de 90 minutos que aconteciam de quatro em quatro meses e que foram registadas em vídeo.
Os pais com rendimentos mais elevados promoviam este tipo de jogo com mais frequência. Tanto os meninos como as meninas que brincaram com puzzles desenvolveram mais as habilidades espaciais.
No entanto, aos meninos eram dados puzzles mais complicados e os pais tendiam a interagir mais com os eles quando estes brincavam, abordando até conceitos de espaço, do que com as raparigas. Aos 54 meses, os meninos tinham melhor desempenho em tarefas de ‘transformação mental’ do que as meninas.
A psicóloga considera ser necessário realizar estudos que completem estes dados. “É necessário perceber se os conceitos fornecidos pelos pais se reflectem efectivamente no desenvolvimento das capacidades. Também queríamos perceber a diferença no que concerne à dificuldade dos puzzles e à interacção dos pais em relação ao sexo da criança”.
Neste momento, os investigadores estão a conduzir um estudo em laboratório em que os pais têm de brincar com os mesmos puzzles com meninos e meninas. “Queremos perceber se os pais dão os mesmos ‘inputs’ a meninos e meninas quando os puzzles têm o mesmo grau de dificuldade”.
A diferença da interacção dos pais com as crianças em conformidade com o sexo pode estar relacionada com o estereótipo de que os rapazes têm mais aptidões de visualização espacial.
Artigo: Early Puzzle Play: A Predictor of Preschoolers' Spatial Transformation Skill

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Tabela das Fases do Desenvolvimento Infantil

Para que ocorra a aquisição e o desenvolvimento adequado da fala e da linguagem, muitos fatores estão envolvidos desde o nascimento do bebê. Entre eles a boa audição, o desenvolvimento adequado das funções: respiração, sucção, deglutição e mastigação e a estimulação global da criança. Os três primeiros anos de vida têm importância fundamental no desenvolvimento do cérebro humano e é, portanto, o período ideal para a aquisição da fala e da linguagem. A estimulação através de canto, conversas, proteção, brincadeiras e leitura propiciam a aquisição de habilidades que favorecem o desenvolvimento. Para que comece a ocorrer um processo de comunicação a criança deverá se sentir motivada para isso. Deverá existir o que se chama de intenção comunicativa (através da fala serão conseguidos objetos de interesse da criança). Este aspecto surge através do contato diário com as pessoas e da estimulação que essa interação propicia. Também devemos considerar a importância da amamentação materna, alimentação com textura e consistência adequada nas diferentes fases e a não existência de hábito de sucção de dedo ou chupeta além dos dois anos. Todos esses fatores contribuem para uma musculatura orofacial adequada à produção da fala.
Verifique o desenvolvimento da audição e da linguagem de sua criança:

0 a 3 meses:
Sua emissão sonora é muito rica: murmúrios, pequenos sons guturais (vocalizações reflexas), gritos; vocalização ; balbucio;
Assusta-se com sons fortes, mas já reconhece e se acalma com a voz da mãe

3 a 6 meses:
Imita sons espontâneos e balbucia
Produz sons de forma variada (aaa, eee, hum)
Vira a cabeça para o lado em que ouviu um som, chegando a interromper a atividade para ouvir um som

6 a 9 meses:
Tenta expressar suas necessidades através de gestos e/ou vocalizações diferentes de choro.
Entende gestos do tipo “vem cá”, “não”
Inicia o balbucio (dadada, bababa, mamama)
Já localiza sons diretamente para os lados e se interessa por brinquedos que produzem ruído

9 meses a 1 ano:
Balbucia e presta atenção à fala das pessoas, além de entender expressões familiares como: não, tchau, dá.
Explora os sons dos objetos

1 ano e meio (18 meses):
Linguagem telegráfica, emprega alguns verbos;
Seu vocabulário é de cerca de 20 a 100 palavras;
Começa a juntar palavra sem frases simples: "qué naná”, "qué papá";
Compreende ordens familiares: não mexa, dá pra mim, não pode;

2 anos:
Forma frases com 3 palavras, emprega substantivos e verbos; nomeia figuras; usa os pronomes “eu” e “ você“ ;
Seu vocabulário é de cerca de 200 a 300 palavras;
Compreende ordens faladas.
3 anos Emprega substantivos, verbos no indicativo, adjetivos e preposições; Produz todos os fonemas embora possa omitir os grupos consonantais e arquifonemas. Vocabulário de cerca de 900 palavras. Nesta época pode ocorrer uma alteração de ritmo de fala, muitas vezes confundido com gagueira.
4 anos Emprega substantivos, adjetivos, advérbios e verbos no futuro. Usa sentenças de 5 palavras. Fala todos os fonemas da língua. 
Se o desenvolvimento da criança não seguir a tabela acima procure fonoaudiólogo e o pediatra.

Importante: Quanto mais cedo for realizada a intervenção das alterações na aquisição da linguagem, maiores as chances de estimulação e/ou tratamento de um eventual problema.


Para falar e ouvir, fale com um fonoaudiólogo.



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Balbuciar é fundamental para o desenvolvimento dos bebês

Como pediatra, sempre pergunto sobre os balbucios. “O bebê está fazendo sons?” pergunto ao pai de um bebê de 4, 6 ou 9 meses. A resposta raramente é “não”. Mas caso seja, é importante tentar descobrir o que pode estar acontecendo.
Se um bebê não está balbuciando normalmente, algo pode estar interrompendo o que deveria ser uma corrente essencial: poucas palavras estão sendo ditas ao bebê, algum problema evitando que ele escute o que é dito, ou dificuldades em processar essas palavras. Algo errado na casa, na audição ou talvez no cérebro.
Os murmúrios estão cada vez mais sendo compreendidos como um precursor essencial à fala, e como um indicador básico do desenvolvimento cognitivo e sócio-emocional. E pesquisas estão separando os componentes fonéticos desse balbucio, associado à interação de fatores neurológicos, cognitivos e sociais.
A primeira coisa importante sobre o balbucio é também a primeira coisa a ser notada: bebês balbuciam de maneiras similares. Durante o segundo ano de vida, eles moldam seus sons nas palavras de seu idioma nativo.
A palavra “balbucio” (“blabber”, em inglês) é significativa e representativa – sílabas repetitivas, brincando em torno das mesmas consoantes. (Na verdade, a palavra em inglês provavelmente não veio da Torre de Babel, conforme sustenta a sabedoria popular, mas dos sons parecidos com “ba ba” feitos pelos bebês.)
Segundo D. Kimbrough Oller, professor de audiologia e patologias da fala na Universidade de Memphis, algumas das mais recentes pesquisas analisam os sons que bebês produzem no primeiro semestre de suas vidas, quando eles estão “guinchando, murmurando e produzindo sons básicos”. Esses sons são a fundação da linguagem posterior, disse ele, e aparecem em todo tipo de interações sociais e brincadeiras entre pais e bebês – ainda sem envolver sílabas formadas, ou qualquer coisa que soe como uma palavra.
“Ultrapassando os seis meses de idade, os bebês começam a produzir balbucios gerais, sílabas bem formadas”, disse Oller. “Os pais não tratam esses sons iniciais como palavras; quando as sílabas gerais começam a aparecer, os pais as reconhecem como abertas a discussões”.
Ou seja, quando o bebê diz algo como “ba ba ba”, os pais podem entender como uma tentativa de dar nome a algo, e propor uma palavra em resposta.
Na maioria das vezes, eu pergunto aos pais: “Ele faz barulhos? Ela soa como se estivesse falando?” E na maioria das vezes, os pais acenam positivamente e sorriem, reconhecendo as vozes de bebês que se tornaram parte das conversas de família.
Mas a nova pesquisa sugere uma linha mais detalhada de perguntas: aproximadamente aos 7 meses, os sons de desenvolveram em balbucios gerais, incluindo vogais e consoantes? Bebês que partem para vocalizações sem muitas consoantes, fazendo apenas sons como “aaa” ou “ooo”, não estão praticando os sons que os levarão a formar palavras, e não estão treinando os músculos da boca necessários ao surgimento de uma linguagem compreensível.
“Um bebê ouve todos esses sons e é capaz de diferenciá-los antes de poder reproduzi-los”, disse Carol Stoel-Gammon, professora emérita de ciências da fala e da audição na Universidade de Washington. “Para fazer um ‘m’, você precisa fechar a boca e o ar tem de sair pelo nariz. Isso não nasce em algum lugar de seu cérebro, é algo que se precisa aprender”.
As consoantes no balbucio significam que o bebê está praticando, moldando sons ao aprender a manobrar boca e língua, e escutando os resultados.
“Eles chegam nesse ponto aos 12 meses”, continuou Stoel-Gammon, “e acredito que eles consigam isso porque se tornam cientes dos movimentos motores orais que diferenciam um ‘b’ de um ‘m’”.
Os bebês precisam ouvir uma linguagem real, de pessoas reais, para aprender absorver essa habilidade. A televisão não faz o mesmo, e tampouco os vídeos educacionais; pesquisas recentes sugerem que esse aprendizado é, em parte, moldado pela qualidade e pelo contexto da reação adulta.
Para estudar os balbucios, pesquisadores começaram a examinar a reação social – do bebê e do adulto. Michael H. Goldstein, professor-assistente de psicologia na Universidade Cornell, conduziu experimentos mostrando que os bebês aprendem melhor com o estímulo parental – adquirindo novos sons e padrões, por exemplo – se os pais oferecem esse estímulo especificamente em resposta ao balbucio do bebê.
“Naquele momento de balbucios, os bebês parecem preparados a absorver mais informação”, explicou ele. “Trata-se de criar uma interação social onde agora você pode aprender coisas novas”.
Um estudo realizado neste ano por esse grupo examinou como os bebês aprendem os nomes de objetos novos. Mais uma vez, oferecer as novas palavras de vocabulário em resposta às próprias vocalizações dos bebês fazia com que eles aprendessem melhor os nomes.
Os experimentos sustentam que as vocalizações de um bebê sinalizam um estado de atenção focada, uma disponibilidade para aprender a linguagem. Quando os pais respondem aos balbucios dando o nome do objeto em sua mão, segundo esse argumento, as crianças têm maiores chances de aprender palavras. Assim, se um bebê olha para uma maçã e diz, “ba ba”, é melhor responder dando o nome da maçã do que supondo, por exemplo, “Você quer sua mamadeira?”.
“Acreditamos que os bebês tendem a emitir balbucios quando estão num estado predisposto a aprender novas informações, eles estão estimulados, interessados”, afirmou Goldstein. “Quando eles estão interessados em algo, a tendência é que franzam a sobrancelha”, continuou ele; os pais devem entender que esse balbucio pode ser “uma versão acústica da sobrancelha franzida”.
Ali mesmo, na sala de exames, eu tenho aquela essencial combinação para o experimento, o bebê e o adulto. Essa é uma oportunidade de verificar o progresso do bebê em formar sons, mas também uma oportunidade de ajudar o adulto a reagir ao interesse daquele bebê interessado em aprender a como dar nome ao mundo – um impulso humano universal, expressado nas sílabas de uma trilha sonora humana universal.
Por Perri Klass
Tradutor: Pedro Kuyumjian
Fonte: UOL Notícias
 http://fonodanischepi.blogspot.com/2012/02/balbuciar-e-fundamental-para-o.html
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Desenvolvimento Cognitivo

Para Piaget, o processo cognitivo, refere-se não apenas ao conhecimento ou de interpretação do mundo, mas implica também nas relações espaço-temporais e casuais, pois estas se constituem na condição da organização da experiência vivida pela criança.


Habilidades Cognitivas
1 a 2 anos
 -coloca um objeto dentro de recipiente,seguindo instrução verbal
-coloca objetos num recipiente,esvaziando-os depois
-empurra três cubos
-empilha três cubos
-coloca círculo e quadrado por tentativa e erro
-rabisca papel
-retira pinos da prancha perfurada
-tira um objeto de cada vez de dentro de um recipiente
-identifica algumas partes do corpo
-empilha três cubos com imitação
-associa objetos iguias
-reconhece figura ou pessoa conhecida
-folheia livros e revistas
-reconhece a si em fotografia


2 a 3 anos
 -encontra objetos iguais
-realiza encaixe de três peças
-imita uma linha vertical e horizontal
-imita desenhando um círculo
-coloca 4 contas grandes num fio
-constroi torre de até 6 peças
-nomeia gravuras do seu cotidiano
-monta quebra-cabeça com duas peças
-noção de cores
-faz pareamento de três cores
-noção de pequeno e grande
-combina forma geométrica com a figura correspondente

3 a 4 anos
 -monta quebra-cabeça de 5 partes
-constroi torre de até 10-12 blocos
-copia cruz e desenha círculo
-Discrimina e nomeia cores, formas, tamanho
-identifica várias partes do corpo

4 a 5 anos
-relaciona objetos desenhados
-relaciona objetos em diferentes posições
-identifica detalhes em objetos e desenhos
-tem noção de direita e esquerda em si mesmo
-identifica diferentes cores
-monta quebra-cabeça  de 12 peças
-noção de sequência lógica
-desenha quadrado e triângulo
-tem conceito de tamanho


6 a 7 anos
 -conhece direita e esquerda em objetos a sua frente
-desenha figuras
-percebe e combina figuras abstratas
-monta quebra-cabeça 36 peças

Cognição é o ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem.

O bebê pensa? De que forma?
O desenvolvimento se dá de maneira contínua desde os primeiros dias, e de acordo com Piaget, no início a criança ainda não representa internamente e não "pensa" conceitualmente. O seu pensamento é constituído pelas suas sensações (sensório) e movimentos (motor), ou seja , ela descobre as propriedades dos objetos do seu ambiente manipulando-os. Piaget descreveu vários estágios do desenvolvimento e de acordo com suas teorias, cada estágio é constituído sobre as estruturas do anterior e isto significa que cada etapa superada é uma preparação para o estágio seguinte. Assim, a criança necessita de estimulação visual, audititiva e tátil para que sua inteligência se desenvolva.

Papai e mamãe agora vocês já sabem:
- preciso de estímulos (auditivos, visuais, táteis e gustativos) para desenvolver e expressar minha inteligência.
Mas lembrem-se:
- preciso dos estímulos adequados e no momento certo. Tenho muita curiosidade, mas não tenho maturidade para escolher por mim mesma.

Idade: 0 - 1 ano

- Vira a cabeça em direção ao bico quando a bochecha é tocada.
- Abre a boca para mamadeira ou seio e começa a sugar antes do bico tocar a boca.
- Olha na direção ou movimenta o corpo em resposta ao som.
- Mostra resposta 'a voz do adulto através de movimento do corpo ou parando de chorar.
- Indica sensibilidade de contato do corpo através dos seguintes comportamentos: ficar quieto, chorar ou movimentar o corpo.
- Fica calmo ou muda de movimento do corpo em resposta 'a presença de uma pessoa.
- Chora diferentemente devido a desconfortos diversos.
- Segue visualmente um objeto da linha mediana do corpo.
- Segue a luz com os olhos virando a cabeça.
- Segue e procura localizar um som movimentando a cabeça na sua direção.
- Mantém contato visual durante alguns segundos.
- Golpeia objetos e tenta alcança-los. Esforça-se por agarrá-los.
- Observa sua mão.
- Segura objeto utilizando preensão palmar durante "30" segundos com liberação involuntária.
- Olha ao redor quando carregado.
- Olha para a pessoa,fala ou movimenta-se tentando ganhar sua atenção.
- Procura objeto que tenha sido removido de sua linha de visão.
- Tira pano do rosto que obscurece sua visão.
- Despeja objetos de um recipiente.
- Coloca objetos no recipiente, imitando.
- Tira objetos de recipiente, imitando.
- Chocalha objetos sonoros.
- Deixa cair e apanha um brinquedo.
- Transfere um objeto de uma mão para outra a fim de pegar outro "brinquedo".
- Encontra um objeto escondido debaixo de um recipiente.
- Executa ordens simples a pedido.

Idade 1 a 2 anos

- Coloca um objeto num recipiente seguindo instrução verbal.
- Coloca objetos num recipiente esvaziando-o depois.
- Coloca objetos num recipiente , a pedido.
- Tira objetos de um recipiente, um de cada vez.
- Empilha cubos, imitando.
- Rabisca.
- Vira páginas de livro - 2 a 3 de cada vez, para achar uma figura que foi nomeada.
- Aponta para uma parte do corpo.
- Aponta para si mesma quando lhe perguntam - Onde está?...
- Aponta para uma figura nomeada.
- Coloca argola num pino.
- Constrói torre de cubos, imitando.
- Imita movimento circular.

Idade: 2 a 3 anos

- Desmonta e monta brinquedo desmontável.
- Coloca objetos "em cima de", "embaixo de", "dentro", "fora".
- Constrói torres com 5 a 6 cubos.
- Vira páginas de livro, uma de cada vez.
- Dobra papel pela metade, imitando.
- Desenha círculo.
- Combina objetos semelhantes.
- Desenha uma linha vertical imitando
- Desenha uma linha horizontal, imitando.
- Aponta para 3 cores, quando nomeadas.
- Vira maçaneta de porta, cabos, etc.
- Desembrulha objetos pequenos.
- Faz bolas de argila.
- Monta um brinquedo de 4 partes.
- Combina uma forma geométrica com a figura correspondente.
- Aponta para grande ou pequeno quando lhe pedem.
- Reconhece músicas que lhes são familiares.


Idade: 3 a 4 anos

- Encontra livro específico, quando lhe pedem.
- Aponta para figuras simples, quando nomeadas.
- Combina texturas.
- Utiliza molde.
- Corta com tesoura.
- Aponta para 10 partes do corpo seguindo uma ordem verbal.
- Diz quais os objetos que se usam junto, por imitação.
- Junta 2 partes para formar um todo (figuras).
- Combina um a um, três ou mais objetos.
- Constrói uma ponte com cubos, imitando.
- Junta quebra-cabeça de 3 peças.
- Pega o lápis entre o polegar e o indicador, descansando o 3º dedo.
- Copia linha ondulada.
- Desenha uma cruz, imitando.
- Acrescenta perna e ou braço ao desenho incompleto de uma pessoa.

Idade: 4 a 5 anos

- Pega o número especificado de objetos, quando lhe pedem.
- Copia um triangulo, a pedido.
- Separa objetos por categoria.
- Demonstra compreensão (apontando) se um objeto é pesado ou leve.
- Empilha 2 ou mais argolas numa estaca por ordem de tamanho.

Idade : 5 a 6 anos

- Desenha gravuras simples - casa, homem, árvore.
- Recorta e cola formas simples.
- Copia letras maúsculas, grandes, isoladas em qualquer lugar do papel.
- Capaz de copiar letras pequenas.
- Escreve o seu nome.
- Colore obedecendo contornos.
- Capaz de cortar gravura de revista sem sair muito do contorno.
- Copia desenhos complexos.


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Médicos precisam de maior treinamento para reconhecer sinais que podem atrasar o desenvolvimento infantil!

Segundo pediatras, também é preciso prestar atenção ao que os pais dizem

Natalia Cuminale, de Salvador
Durante a consulta, o especialista precisa olhar a criança como um todo - não apenas em busca de sintomas de possíveis doenças
Durante a consulta, o especialista precisa olhar a criança como um todo - não apenas em busca de sintomas de possíveis doenças (ThinkStock)
As primeiras visitas a um consultório pediátrico giram em torno de questões básicas: amamentação correta, ganho de peso do bebê no tempo certo ou a presença de alguma doença. Muitos pediatras, porém, deixam de prestar atenção a outros aspectos importantes no desenvolvimento infantil. Nesse período, sintomas menos óbvios podem esconder problemas que trazem reflexos para a vida adulta. Estima-se que 16% da população infantil têm algum problema de desenvolvimento ou de comportamento — desde dificuldades motoras e de linguagem a problemas como autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Questões sobre o desenvolvimento normal da criança, envolvendo os aspectos sociais, emocionais e básicos, como linguagem e motricidade fina, devem estar na agenda de todos os pediatras brasileiros. Quanto mais cedo o problema for identificado, melhor será a resposta da criança para o tratamento. Sabe-se que os estímulos que as crianças recebem entre o nascimento e os três anos de idade têm capacidade de alterar curso do desenvolvimento, com influências na parte física, cognitiva e também na psicossocial. Ou seja, crianças nessa idade apresentam taxas de sucesso muito maiores do que as que foram diagnosticadas mais tarde. "Isso não significa que a criança vai deixar de ser autista, por exemplo, mas ela vai conseguir ter uma convivência melhor, um aprendizado melhor", diz Amira Figueiras, da Universidade Federal do Pará.
"Se a criança não fala até os 16 meses, por exemplo, é um sinal de alerta", diz Ricardo Halpern, presidente do departamento científico de desenvolvimento e comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo ele, se até completar o primeiro aniversário, a criança não emitir gestos ou não balbuciar nenhuma palavra, é preciso investigar. "Não existe mais aquele pensamento de que 'cada criança tem seu tempo'", diz.  Confira outros sintomas na lista abaixo:

5 sinais para prestar atenção

Eles podem indicar um problema de desenvolvimento. Caso seu filho apresente um desses sintomas, é hora de procurar um pediatra

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Fala

O atraso da linguagem deve ser observado pelos pais. Se a criança não falar até os 16 meses, é preciso investigar.

"O diagnóstico precoce está na mão do pediatra. O problema é que passa incólume por eles", afirma Amira. Em geral, médicos que atendem o serviço público têm apenas 15 minutos por paciente — e muitas vezes o problema não é notado. Amira, que também é presidente da Sociedade de Pediatria do Pará, é responsável pela criação de um projeto de capacitação de médicos e enfermeiros de alguns estados do Brasil e de países da América Latina para perceber o atraso do desenvolvimento infantil. "Depois do treinamento, vimos que estávamos recebendo mais crianças e muito mais cedo", diz.
Ricardo Halpern concorda que os esforços devem ser direcionados para o treinamento médico. "É preciso treinar os médicos para que eles percebam estes sinais", diz. A ideia, segundo Halpern, é que a partir do próximo ano sejam realizados cursos de capacitação profissional em cada região do país.
Atenção aos pais — Halpern explica que vários fatores podem contribuir para problemas do desenvolvimento que, em geral, são uma combinação da genética com fatores ambientais. Doenças como autismo e esquizofrenia, por exemplo, são essencialmente genéticas. Outros elementos, porém, podem contribuir para comprometer o desenvolvimento infantil. Entre eles, estão crianças filhas de mães que tiveram depressão pós-parto ou que não tiveram uma orientação adequada para a amamentação, com histórico de alcoolismo na família, que vivem em um ambiente desfavorável, vítimas de maus tratos.
Segundo o pediatra, é preciso voltar a atenção para o que os pais dizem durante a consulta. Ele diz que em cada dez diagnósticos, os pais acertam em oito. "Os pais têm uma percepção muito adequada quando seu filho não está bem. Ele pode não saber o que é, mas sabe que ele não está bem", diz.
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Desenvolvimento tardio da Fala e da Linguagem


Seu filho já tem dois anos e ainda não fala? Diz umas poucas palavras, mas você acredita que ele esteja atrasado em relação às outras crianças da mesma idade? O que fazer? Procurar orientação especializada ou simplesmente aguardar?
Saber o que é normal e o que não é normal no desenvolvimento da fala e da linguagem pode ajudá-lo a entender se há motivo para preocupação ou se seu filho apresenta um desenvolvimento adequado.
Neste sentido, é importante conversar sobre o desenvolvimento da fala e da linguagem com um profissional especializado.
Alguns indicadores do desenvolvimento da Fala e da Linguagem:
Até 1 ano:
Nos primeiros 6 meses o bebê emite vocalizações e sons guturais.
Dos 6 aos 8 meses o bebê apresenta balbucio repetitivo e a imitação da entonação.
Em torno dos 12 meses iniciam-se as primeiras verbalizações com significado.
Com 1 ano: 
A criança conhece seu nome; Diz 2 a 3 palavras além de “mama” e “papa”; Imita palavras familiares; Compreende ordens simples; Reconhece as palavras como símbolos para objetos.
Entre 1 e 2 anos:
Aos 18 meses a criança pode apresentar um vocabulário com 50 palavras. Entre 18 e 24 meses seu vocabulário se amplia e se aproxima de 200 palavras.
Compreende a palavra “não”; Combina duas palavras; Reproduz o som de animais conhecidos; Aponta figuras de um livro quando nomeadas; Segue comandos simples.
Entre 2 e 3 anos:
Usa sentenças curtas, de 3 a 4 vocábulos; nomeia figuras e objetos comuns; Identifica partes do corpo; Apresenta um vocabulário de 450 palavras; Combina nomes e verbos; Conversa com outras crianças assim como com adultos; Aprecia ouvir a mesma história várias vezes.
Entre 3 e 4 anos:
Nessa fase a criança possui um vocabulário de aproximadamente 1.000 palavras; já compreende ordens mais longas, conversas, histórias e músicas; sua fala é mais fácil de ser compreendida por pessoas de fora de sua convivência; se comunica por sentenças simples de 4 a 5 palavras; relata experiências pessoais, ainda sem muitos detalhes.
Entre 4 e 5 anos:
Seu vocabulário aumenta para 1.500 palavras; compreende questões mais complexas; consegue usar o tempo verbal no passado; é capaz de definir algumas palavras; sabe listar ítens que pertençam a mesma categoria, tais como animais, carros etc; explica como realizar algumas atividades, tais como pintar.
Entre 5 e 6 anos:
A criança nessa idade apresenta as habilidades de linguagem bem desenvolvidas; aprende palavras mais especializadas de seu centro de interesse; expande sua habilidade em compreender fenômenos explicados verbalmente; pronuncia todos os sons da língua com clareza; elabora sentenças mais complexas e gramaticalmente corretas; apresenta um bom vocabulário que está em contínuo crescimento; é capaz de iniciar conversação e sabe esperar sua vez de falar quando em grupo.
Distinção entre Fala e Linguagem
  • A fala é a expressão verbal da linguagem e envolve a articulação dos sons para a produção de palavras.
  • A linguagem é muito mais ampla e se refere a todo o sistema de expressão e recepção da informação. Consiste em compreender e ser compreendido por meio da comunicação verbal, não verbal e escrita.
Apesar dos problemas de fala e de linguagem serem diferentes, com freqüência eles se superpõem.
Uma criança com dificuldades de linguagem pode pronunciar as palavras corretamente, mas não ser capaz de unir mais de duas palavras. Por outro lado, talvez seja difícil compreender a fala de uma outra criança, apesar dela utilizar palavras e frases para expressar suas ideias. É possível ainda encontrar uma terceira criança que fale corretamente, mas tenha dificuldades para seguir instruções.
Desvios na Fala e na Linguagem – alguns sinais
O bebê que não responde aos sons e que não vocaliza é motivo de inquietação.
Entre os 12 e os 24 meses de idade, requer atenção a criança que tem os seguintes comportamentos:
  • não utiliza gestos, como apontar ou saudar com as mãos aos 12 meses;
  • prefere se comunicar através de gestos em vez de vocalizar aos 18 meses;
  • apresenta problemas para imitar sons aos 18 meses.
Solicite uma avaliação ao fonoaudiólogo se seu filho tem 2 anos apresenta as seguintes características:
  • só pode imitar a fala ou as ações e não pronuncia palavras ou frases de forma espontânea;
  • só emite alguns sons ou diz algumas palavras de forma repetitiva e não pode utilizar a linguagem oral para se comunicar além de suas necessidades imediatas;
  • não consegue seguir instruções;
  • tem um tom de voz fora do comum (muito agudizada, nasalizada ou agravada);
  • dificuldade em compreender o que a criança diz maior que a esperada para a sua idade.
Causas dos atrasos na Fala e na Linguagem
Os atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem podem ser atribuídos a muitas causas:

Orgânicas e/ou corticais: alterações nos órgãos fonadores, da audição e no processamento da linguagem no córtex cerebral;Cognitivas: dificuldades intelectuais que podem dificultar a comunicação oral;Psicológicas: problemas emocionais não favorecem o desenvolvimento da linguagem;Sócio-culturais: ambiente pouco estimulante e sem bons exemplos de fala.

Avaliação Fonoaudiológica
Ao realizar uma avaliação, o fonoaudiólogo observará as habilidades de fala e de linguagem de seu filho dentro de um contexto do desenvolvimento global. O fonoaudiólogo utilizará provas e escalas, assim como os seus conhecimentos sobre as alterações no desenvolvimento da fala e da linguagem apresentados pela criança, tais como:
  • o que seu filho compreende (denominado “linguagem receptiva”);
  • o que seu filho consegue expressar (denominado “linguagem expressiva”);
  • se seu filho tenta se comunicar de outras maneiras, como apontar, mover a cabeça, realizar gestos, etc;
  • a motricidade orofacial de seu filho (de que maneira os órgãos orofaciais funcionam para falar, respirar, mastigar e engolir).
Se o fonoaudiólogo determinar que seu filho necessita de terapia, sua participação será muito importante. Você pode ser convidado a observar as sessões de terapia e a aprender de que maneira pode trabalhar com seu filho em casa para melhorar suas habilidades de fala e linguagem.
É possível ainda que o resultado da avaliação fonoaudiológica da fala e da linguagem simplesmente indique que suas expectativas são demasiado elevadas. Uma orientação sobre as etapas do desenvolvimento da fala e da linguagem podem ajudá-lo a ver seu filho de forma mais realista.
O que os pais podem fazer
O desenvolvimento da fala se deve tanto às características naturais como à estimulação recebida. A conformação genética de uma criança determinará, em parte, sua inteligência e seu desenvolvimento da fala e da linguagem. No entanto, uma grande parte depende do ambiente onde vive a criança. Ela recebe a estimulação adequada em sua casa ou na creche? Existem oportunidades de participação ou de intercambio de comunicação?
Quando você compreende melhor as dificuldades de seu filho, pode aprender muitas maneiras de estimulá-lo.
Algumas sugestões para por em prática:
  • Passe muito tempo se comunicando com seu filho.
  • Leia para ele.
  • Aproveite as situações do dia a dia.
Lembre-se: Quando existem problemas de fala, de linguagem, de audição ou de desenvolvimento, a melhor maneira de ajudar seu filho é reconhecer e tratar estas dificuldades precocemente. Com a terapia adequada, no momento indicado, seu filho poderá se comunicar melhor com você e com as outras pessoas com as quais convive.
Fonte: http://www.fonologica.com.br

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