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Psicomotricidade na Educação Infantil



Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.
Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade.


SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PSICOMOTORES: 

engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre), subir/ descer entre outras.
Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre cognição e corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.





Sugestões de atividades: oficina de psicomotricidade

Área Motora
Chapéu ao alto
Objetivos: desenvolver agilidade, atenção, prontidão de reação e coordenação motora.
Formação: alunos em circulo.
Material: Chapéu
Desenvolvimento: um participante comandará a brincadeira. Os alunos obedecem a comando deste líder que dará ordens, tais como: bater palmas, rir, chorar, girar, coçar a cabeça etc. em um dado momento ele jogara um chapéu ao alto. Os alunos continuam obedecendo às ordens do líder, enquanto o chapéu não trocar o chão. No instante em que o chapéu cair no chão todos devem parar com os movimentos que estavam executando. Aquele dentre os participantes que continuar com os movimentos sai da brincadeira.


Área Percepto Cognitivo
SIGA O CHEFE:
Objetivo: Percepções visuais e de espaço, obedecer ordens, identificação, movimentos coordenados, aprendizagem.  
Formação: As crianças dispõem - se em colunas um por um atrás do professor, o “chefe”.
Material: Brinquedos, objetos diversificados, giz, lápis de cor, folhas (jornal), etc.
Desenvolvimento: Ao sinal de início, o grupo põe-se a acompanhar o chefe, que caminha realizando evoluções variadas (andar em círculo; progredir em caracol; pôr-se de costas; saltar; pular um banco, ou obstáculo; gesticular; etc.). Quando a criança deixar de imitá-lo pagará prenda, indo ocupar o último da coluna.
OBSERVAÇÃO: Esta brincadeira pode ser utilizada na arrumação da sala após o período de jogos. O “chefe” colocará no lugar a sua cadeira e apanhará um papel no chão, limpará a mesa, movimentos a serem imitados pelas crianças.


Área da linguagem
Complete a frase
Objetivo: Trabalhar oralmente as palavras, despertando a atenção, a criatividade e iniciativa.
Formação: Alunos dispostos em círculo.
Material: Nenhum
Desenvolvimento: O professor deve dizer uma frase qualquer. O participante seguinte deverá dizer a últimas palavras que o participante anterior falou e completar a frase. Ex.: Maria comeu manga; a manga é muito saborosa. Saborosa também é a laranja. A brincadeira prossegue, aumentando as frases até alguém errar, quando então se reinicia com nova frase.
Possibilidade: Estruturar a brincadeira sob forma de musical (Ex: passar uma musica e pedir que a repitam sob forma de movimentos e/ ou expressões, sons, ou pedir que criem histórias).

 Operários Silenciosos:
Formação: Crianças em semicírculo.
Desenvolvimento: O professor dirá: “Operários Silenciosos, eu tenho um martelo, o que se faz com ele?” As crianças deverão imitar o bater do martelo. As que se enganarem ou fizerem outro movimento serão retiradas do jogo provisoriamente, até a próxima substituição. Em seguida nomear outros utensílios: serrote, tesoura, agulha, caneta, machado, pá, enxada, etc. cujos manejos deverão ser imitados pelas crianças.

Área de socialização
Dança do Jornal
Objetivos: Estimular a sociabilização, a expressão corporal e a percepção espacial.
Formação: Alunos dispostos em pares
Material: folha de jornal, aparelho de som, CD ou fita cassete.
Desenvolvimento: A um sinal do professor, deverão dançar (se movimentar) ao som de uma música sobre uma folha de jornal sem rasgá-la ou sair fora dela. Os pares que saírem ou rasgarem a folha de jornal vão saindo da brincadeira.
Os vencedores são os pares que não saírem de cima do papel nem rasgarem a folha do jornal.
Pode-se alternar a brincadeira, alternando entre diferentes ritmos musicais, mais rápidos, mais lentos, que exijam a execução de passos específicos etc.
Imagem e esquema corporal.

Lateralidade
Choque
Objetivos: Estimular a atenção, concentração, pronta reação, espírito de equipe e lateralidade.
Formação: Alunos em circulo, de mãos dadas.
Material: Nenhum
Desenvolvimento: Devemos, primeiramente, executar esta brincadeira de olhos abertos e depois de olhos fechados. Somente o professor poderá ficar de olhos abertos. O professor inicia a brincadeira apertando uma das mãos do aluno que estiver sentado ao seu lado direito ou esquerdo, de acordo com sua escolha. Este aperto de mão é chamado na brincadeira de “CHOQUE”. O choque percorrerá a roda toda, o aluno que levar o choque e não apertar em seguida à mão do colega passando o choque, ou simplesmente distrair-se na brincadeira, pagará uma prenda (sendo de livre escolha/ fazer algo/ ou sair da brincadeira até que o jogo acabe restando apenas dois/ possibilidade de se fazer em grupo).

Estruturação e Organização Temporal
Acorda gatinho!
Objetivos: estimular a rapidez de reação, atenção, percepção visual, audição, estruturação espacial e temporal.
Formação: alunos em circulo com o “gato” no centro.
Material: nenhum.
Desenvolvimento: os alunos formam um circulo, tendo ao centro um colega ou uma colega que será o gato ou a gata. Aquele que ficar no meio do circulo deverá fingir que esta dormindo, resistindo em acordar. Os colegas, andando em circulo, tentarão acordar o gato. Para acordá-lo, eles cantam assim: acordar gatinho (a), gatinho (a) manhoso (a),adaptando a melodia a alguma canção popular que conheçam, ou criando uma melodia própria. Quando o gatinho resolver de gato, tocando com uma das patas em alguém. O aluno que for tocado pelo gato será o gato manhoso, na sequência da brincadeira.

Estruturação e Organização Espacial
Não respondeu, vira estatua!
Objetivo: Estimular a concentração, atenção, coordenação motora, estruturação espacial e temporal, percepção visual e audição.
Formação: alunos dispostos em fila única no fundo da sala, de frente para o professor.
Material: nenhum.
Desenvolvimento: cada aluno deve escolher o nome de um animal, flor ou fruta, comunicando-o, em segredo, ao professor. O professor, posicionando diante dos alunos, chamara um dentre os diversos nomes de animais que lhe foram informados. O aluno, cujo animal tiver sido chamado, deverá dar três passos à frente e dizer o seu nome. Caso o aluno demore a sair do lugar ou se disser o nome do animal, flor ou fruta em vez do seu nome deverá ficar em posição de estatua. Permanecerá nesta posição ate que um companheiro, que não conseguir responder adequadamente, tome o seu lugar. A brincadeira termina quando todos os alunos forem chamados, ou quando não mais se mostrarem interessados pela brincadeira.  


Equilíbrio, postura e tônus.
Corrida da maçã
Objetivos: desenvolver o equilíbrio, concentração e espírito de equipe.
Formação: alunos sentados em suas carteiras, arrumadas e colunas com número igual de participantes.
Material: Maçãs.
Desenvolvimento: os últimos de cada coluna recebem uma maçã. Ao sinal do professor, colocam a maçã em cima da cabeça, levantam-se e caminham, da forma mais rápida possível, até a 1ª carteira. Durante este tempo, os demais passam a deslocar-se uma carteira pra trás, a fim de deixar livre a da frente que deverá ser ocupada pelo “condutor” da maçã. A maçã volta ao local de início, ou seja, ao final da coluna, e a brincadeira recomeça. 

Coordenação dinâmica Manual/ Visual
Marionete
Objetivos: socializar, relaxar o corpo tornando os movimentos mais livres, criativos e flexíveis.
Formação: Alunos dispostos em pares
Material: Nenhum
Desenvolvimento: Os alunos, cada um com seu par, posicionam-se um em volta do outro. Um aluno será a marionete e o outro o manipulador. O manipulador pega a marionete pelo braço ou pela cintura, de acordo com o que achar melhor, e brinca com ela criando e inventando o movimento típicos de marionete. Depois se invertem os papéis.
Pode-se incrementar a brincadeira, selecionando alguns alunos para serem a comissão julgadora que atribuirá notas ou pontos para a melhor dupla.
Possibilidade de criar outros comandos que incentivem e trabalhem com movimentos coordenados, realizar determinadas tarefas, etc.

Coordenação Visomotora
Quebra - cabeça!  

Objetivo: Aumentar a interação entre as crianças, trabalhar a coordenação visomotora, destreza manual, imaginação, percepção visual.
Além do processo cognitivo, a troca de peças entre as crianças na montagem do quebra-cabeça envolve-as em atividade cooperativa. Nesse jogo elas descobrem que "abrir mão" de algumas coisas é o único modo de continuar a brincadeira.
Faixa – Etária: A partir de quatro anos.

Material: Papel Sulfite A4 com desenhos para colorir, tesoura, lápis preto, régua, lápis de cor ou giz de cera, folhas de Papel Almaço.

Desenvolvimento:
1. Preparação dos desenhos:
Os desenhos são distribuídos um para cada criança. Devem ter o mesmo tipo de papel, formato e tamanho. Procure separar por temas como: animais, frutas, esportes ou profissões, e prepare diferentes desenhos sobre cada assunto.
2. Divisão em grupos:
Divida a classe em grupos iguais e distribua os desenhos, oferecendo um tema para cada grupo. Peça para os alunos colorirem as figuras.
3. Formando o Quebra - Cabeça:
Terminada a pintura, reúna os desenhos de cada grupo em pilhas separadas. Sobreponha os cinco do mesmo tema, já coloridos, e recorte a pilha de papéis de uma vez para que tenham cortes idênticos. Uma tesoura e régua para dividir a pilha de folhas em seis pedaços, por exemplo.
4. À Hora das Trocas:
A seguir, misture as peças recortadas de cada grupo e coloque seis delas dentro de uma folha dupla de papel almaço, entregando a cada criança um conjunto. O aluno tentará, então, montar um desenho inteiro sobre a folha de almaço, protegendo-o da visão dos colegas. Ele logo vai perceber que tem figuras misturadas. Assim, a criança que tiver duas peças de um mesmo objeto deverá conservá-las em seu poder e oferecer a outro jogador uma peça que não lhe sirva, para trocá-la por uma do desenho que pretende completar.
Se o colega tiver a peça desejada, a troca é feita e a criança que acertou continua pedindo peças às outras. Se errar, passa a vez para o colega que não tinha a peça pedida, e assim sucessivamente, até que as imagens se completem. Será vencedor o grupo que conseguir montar primeiro seus cinco quebra- cabeças. Durante o jogo os alunos desenvolvem artimanhas de negociação, aprendem o valor das trocas e do trabalho em conjunto.
Dicas:
· No caso de duas crianças desejarem completar o mesmo desenho, o professor deve aguardar que o impasse seja resolvido entre elas, só interferindo se realmente for necessário.

Respiração
Dinâmica
Objetivo: trabalhar a respiração, coordenação, esforço do movimento de respiração, bem-estar.
Formação: livre
Material: Diversificado; músicas bola, etc.
Desenvolvimento: criação de brincadeiras que trabalhem o sistema respiratório da criança. Mediante exercícios de respiração, trabalhos que enfatizem o movimento.
Ex1: CUIDADO COM O MICO:
Material: 2 bolas iguais, tendo uma delas determinada marca, para indicar que representa o “mico”.
Formação: As crianças em círculo, ficando duas delas (bem distantes uma da outra), de pose da bola.
Desenvolvimento: Ao sinal de início cada criança que tem a bola joga-a ao próprio vizinho (da esquerda) o qual faz depressa o mesmo em relação ao companheiro seguinte, assim por diante. As bolas são passadas rapidamente em volta do círculo tendo os jogadores por objetivo fazer com que uma alcance a outra, isto é, o “mico” seja apanhado. Mas cada qual deve evitar que tal aconteça em suas mãos, passando as bolas adiante o mais rápido possível. Quem deixa cair à bola deve recuperá-la sozinho e voltar ao seu lugar para daí continuar. Cada vez que o “mico” é apanhado, interrompe o jogo, sendo excluído o jogador em cujas mãos elas estiverem, e as bolas devolvidas novamente aos jogadores.
Ex2: Oficina de Musica
Formação: crianças sentadas em circulo na sala.
Material: músicas, sons, rádio.
Desenvolvimento: Começa a música e as crianças começam a cantar, ou mesmo imitar diferentes sons, fazer técnicas vocais de locução.

fonte:http://tianandaeduca.blogspot.com.br/
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Psicomotricidade e D.A.E

A educação psicomotora é fundamental na vida da criança, e está reflectida no histórico de vida do sujeito, podendo observar-se a partir daí, o desenvolvimento da criança, o seu relacionamento com o mundo, a sua interacção com as pessoas, a forma como pensa e como actua, expressando as suas sensações e sentimentos, e utilizando o corpo como instrumento rico e significativo para a comunicação. Estas devem ser inseridas e integradas de acordo com a faixa etária.
O desenvolvimento dos factores psicomotores, permite à criança uma melhora da postura, da dissociação dos movimentos, da coordenação global dos movimentos, da motricidade fina, do ritmo discriminação táctil, visual e auditivo, da integração das estruturas espaciais e temporais, do aumento da capacidade de atenção e concentração.

A Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem pode trabalhar os seguintes factores, com os seus objectivos:


Factor Psicomotor
Objectivos
Tonicidade
·         Relaxação activa e passiva
Equilibração
·         Equilíbrio estático e dinâmico
Noção do corpo
·         Conhecimento do próprio corpo e do corpo de outrem;
·         Noções espaciais do próprio corpo e do de outrem;
·         Interiorização da imagem corporal;
·         Coordenação, caligrafia, leitura harmoniosa, gestual, ritmo de leitura (frase, palavra), imitação, entre outros.
Lateralidade
·         Identificação da dominância lateral;
·         Reconhecimento da direita e da esquerda;
·         Ordenação espacial, direcção gráfica (=>), ordem das letras e dos números;
·         Discriminação visual;
·         Estruturação espácio-temporal;
·         Noções espaciais e temporais;
·         Estruturação rítmica;
·         Percepção visual e auditiva;
·         Identificação de ruídos e sons;
·   Identificação e combinação de letras e números (modalidades visuais, auditivas e cinestésicas);
·         Noções de esquerda e direita, alto e baixo (b / p; n / u; ou / on), dentro e fora (espaço para escrita: progressão/grandeza, classificação/seriação, orientação/cálculos)
Praxia Global e Fina
·         Perturbações do grafismo (motora fina);
·         Manipulação / preensão.
Pode-se concluir, portanto, que as contribuições da psicomotricidade na aquisição da pré-escrita estão relacionadas com o domínio do gesto, com a estruturação espacial e a orientação temporal que são os três fundamentos básicos da escrita, os quais supõem: uma direcção gráfica (escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita); noções de cima e baixo (n e u); de esquerda e direita e de oblíquas e curvas (g); e noção de antes e depois.
http://dificuldadesdeaprendizagem.webnode.pt/psicomotricidade-e-d-a-e-/
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Mais um pouco sobre Psicomotricidade


A Psicomotricidade pode ser definida como o campo transdisciplinar que procura compreender e investigar as relações e influências recíprocas e sistémicas entre o campo psicológico e o campo motor, tendo como objectivo principal desenvolver a capacidade de ser e de actuar num contexto psicossocial (APP, 2007; Santos, 2006).
É baseada numa visão holística do ser humano e é utilizada para promover a regulação e harmonização tónica centrada sobre a maneira de estar no seu corpo (postura, atitude, descontracção neuro- muscular, esquema corporal); estimular movimentos funcionais e expressivos focados na maneira de agir com o seu corpo (coordenações, dissociações, praxias); compensar uma problemática situada na convergência do psiquismo e do somático, intercedendo sobre as competências de autonomia no decorrer da vida; e facilitar a vivência da relação tónico-emocional através do corpo e das acções (APP, 2007; Santos, 2006; Fonseca, 1992).

 A psicomotricidade é assim indicada para problemáticas: 
- Com incidência corporal: dispraxia, lateralidade, desarmonias tónico-emocionais, estruturação temporal e espacial, problemas psicossomáticos, perturbações da imagem corporal, perturbações do esquema corporal, instabilidade postural;
- Com incidência cognitiva: défices de atenção, de memória, de organização perceptiva, simbólica e conceptual;
- Com incidência relacional: inibição, hiperactividade, agressividade, dificuldades de comunicação (Fonseca, 1992; APP, 2007).

As vertentes de intervenção são:
-Educação Gestual e Postural: reeducação da atitude, equilibração e controlo tónico;
-Técnicas de Relaxação e de Consciencialização Corporal: através da reelaboração do esquema e da imagem corporal e da consciencialização tónico-emocional, com intencionalidade psicoterapêutica;
-Terapia e Reeducação Gnoso-Práxica: estruturação espácio-temporal, organização planificada e interiorização da acção e da sua representação através de formas diversificadas de expressão;
-Actividades Expressivas: criação e transformação ao serviço da identidade, da capacidade de comunicação e da exteriorização tónico-emocional das problemáticas;
-Actividades Lúdicas: a intervenção psicomotora desenvolve-se no contexto lúdico em grupo ou individual (Fonseca, 1992; APP, 2007).

Os modelos de intervenção em Psicomotricidade são:
 -Preventivo (promoção e estimulação do movimento, incluindo a melhoria e a manutenção de competências de autonomia ao longo de todas as fases da vida);
 -Educativo (estimulação do desenvolvimento psicomotor e o potencial de aprendizagem);
-Reeducativo ou Terapêutico (quando a dinâmica do desenvolvimento e da aprendizagem está comprometida, ou quando é necessário ultrapassar problemas psico-afectivos, de base relacional, que comprometem a adaptabilidade da pessoa) (Fonseca, 1992; APP, 2007).

Objectivos gerais da Psicomotricidade:
-Aperfeiçoar ou normalizar o comportamento geral da criança e favorecer a sua integração social (através da consciência do próprio corpo, domínio do equilíbrio, controle da inibição voluntária e da responsabilidade, controle e eficácia das diversas coordenações globais e segmentarias, organização do esquema corporal, orientação espacial e espaço temporal, etc.).
-Favorecer as aprendizagens escolares e preparar a educação das capacidades solicitadas durante a mesma (Fonseca, 1992; APP, 2007).

A intervenção psicomotora
 Consiste na reeducação ou terapia de mediação corporal e expressiva, na qual o psicomotricista estuda e compensa a expressão motora inadequada ou inadaptada, em diversas situações geralmente ligadas a problemas de desenvolvimento e de maturação psicomotora, de comportamento, de aprendizagem e de âmbito psico-afectivo (Fonseca, 1992; AnimaCorpus, 2007; Santos, 2006).
Esta intervenção tem como objectivos:
- Promover movimentos funcionais e expressivos centrados sobre a maneira de agir com o seu corpo (coordenações, dissociações, praxias);
- Promover a regulação e harmonização tónica centrada sobre a maneira de estar no seu corpo (atitude-postura, esquema corporal, descontração neuro-muscular);
- Possibilitar a vivência da relação tónico-emocional com o psicomotricista através do corpo e do agir;
- Compensar uma problemática situada na convergência do psiquismo e do somático, intervindo sobre as múltiplas impressões e expressões do corpo e atribuindo significação simbólica ao corpo em acção (Fonseca, 1992; APP, 2007).

Sendo assim, as competências do psicomotricista são:
· Avaliação e Diagnóstico do Perfil e Desenvolvimento Psicomotor;
· Domínio de Modelos e Técnicas de Habilitação e Reabilitação Psicomotora em Populações Especiais ou de risco;
· Prescrição, Planeamento, Avaliação, Implementação e Reavaliação de Programas de Psicomotricidade
· Formação, Supervisão, e Orientação de outros técnicos, nos âmbitos anteriormente referidos;
· Consultadoria e organização de serviços vocacionados para a psicomotricidade;
· Proposta de adaptações envolvimentais (familiares ou escolares) susceptíveis de maximizarem as respostas reeducativas ou terapêuticas decorrentes da intervenção directa (Fonseca, 1992; APP, 2007).
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Atividades Psicomotoras Infantis

1. Atividades na área de Comunicação e Expressão

   a. Exercícios Fonoarticulatórios:

   1)    Fazer caretas que expressem tristeza, alegria, raiva, susto, etc.
 
         2)   Jogar beijos.
         3)    Fazer bochechos, com e sem água.
        4)    Assoprar apitos e língua de sogra.
 
        5)    Fazer bolhas de sabão.
  
b. Exercícios respiratórios:

        1)    Inspirar pelo nariz e expirar pela boca.
        2)    Inspirar e expirar pelo nariz.
        3)    Inspirar e expirar pela boca.
        4)    Inspirar, prender o ar por alguns momento, expirar.
        5)    Aprender a assuar o nariz, usando um lenço e tapando ora uma narina, ora outra.

   c. Exercícios de expressão verbal e gestual:

     1)    Contar o que vê em fotos ou gravuras, começar com gravuras que contenham poucos elementos.
      2)    Contar a história de seus próprios desenhos.Brincar de "o que é o que é"? Uma criança diz : "É redonda, serve para jogar e para chutar". A resposta é: "Uma bola".
      3)    Imitar ondas do mar, mesa, animais, etc., somente com gestos.
     4)    Imitar algo, somente com gestos, para os colegas advinharem o que é, se for preciso, usar sons.
     
2.    Atividades na Área da Percepção

                                                                                                                                                   
a.Exercícios de Percepção Tátil:

1)   Apalpar sacos e pacotes com as mãos, a fim de adivinhar que objetos estão dentro.
2)  Reconhecer colegas pelo tato. Andar descalço em lama, água, areia, terra, madeira, contando depois o que sentiu. 
3)Manipular objetos de madeira para poder experimentar variações de temperatura (quente, gelado, morno).
4)Manipular objetos de madeira para poder experimentar variações de tamanho (pequeno, médio, grande).

b. Exercícios de Percepção Gustativa:

1)     Experimentar coisas que têm e que não tem gosto.
2)     Provar alimentos em diferentes temperaturas.
3)     Provar alimentos fritos, assados, cozidos, crus.
4)     Provar alimentos sólidos, líquidos, crocantes, macios, duros.
5)     Provar e comparar alimentos da mesma cor, mas sabores bem diferente: sal, açúcar, farinha de trigo comum, farinha de mandioca crua.

c. Exercícios de Percepção Olfativa:

1)     Experimentar coisas que têm e que não têm cheiro.
2)     Experimentar odores fortes e fracos, agradáveis e desagradáveis em materiais como: vinagre, álcool, café, perfumes.

d. Exercícios de Percepção Auditiva:

1)     Identificar e imitar sons e ruídos produzidos por animais e fenômenos da natureza.
2)     Procurar a fonte de onde se origina determinado som.
3)     Brincar de cobra cega.
4)     Tocar instrumentos musicais.
5)     Fazer rimas com palavras.

 
e. Exercícios de Percepção Visual:
1)     Identificar o branco e o preto.
2)     Reconhecer, entre muitos, objetos que têm as cores primárias - vermelho, azul e amarelo.
3)     Agrupar objetos de acordo com suas cores.
4)     Agrupar objetos de acordo com suas formas.
5)     Montar quebra-cabeças simples.

2.    2 Atividades na área da coordenação

a. Exercícios de coordenação dinâmica global:

1)     Sentar-se no chão como alguns índios, com as pernas e braços cruzados.
2)     Engatinhar bem rápido.
3)     Correr imitando animais.
4)     Correr segurando uma bola.
5)     Arremessar bolas para um colega.

b. Exercícios de coordenação visomanual ou fina:

Exercícios Gerais:

1)     Modelar com massa e barro.• Grampear com grampeador. • Folhear livros e revistas, folha por folha. • Brincar com iô-iô.• Martelar, parafusar.

Exercícios Específicos:

1)    Rasgar papel livremente utilizando, de início, papéis que não ofereçam muita resistência ao serem rasgados.
2)     Rasgar papel em pedaços grandes, em tiras, em pedaços pequenos.

Recortar com tesoura:

1)     Treinar o modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel
2)     Recortar vários tipos de papel com a tesoura livremente.
3)     Recortar tiras de papel largas e compridas.
4)     Recortar formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado.

Colar:

1)     Colar recortes em folha de papel, livremente.
2)     Colar recortes em folha de papel, apenas numa área determinada.
3)     Colar recortes sobre apenas uma linha vertical.
4)     Colar recortes sobre apenas uma linha horizontal.
5)     Colar recortes sobre apenas uma linha diagonal.

Modelar:
1)     Modelar com massa e argila e formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos (como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura), quadrangulares (como tijolo), etc.

Perfurar:

1)     Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta fina sem carga.
2)     Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o trabalho com isopor.
3)     Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las apenas perfurando.

Bordar:

1)     Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico.
2)     De início as contas e o macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e firme. Numa segunda etapa, o material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser mais finos e flexíveis.
3)     Bordar em talagarça.
4)     Alinhavar em cartões de cartolina.
5)     Pregar botões.

Manchar e traçar:

1)     Fazer os quatro exercícios seguintes usando inicialmente giz de cera e depois pincel e tinta, lápis de cor e lápis preto.
2)     Fazer manchas em folha de papel, livremente.
3)     Fazer manchas dentro de figuras grandes.
4)     Fazer manchas sobre uma linha.
5)     Fazer manchas entre linhas paralelas, de início distantes e depois mais próximas.
6)     Passar andando por dentro de caminhos feitos com cordas estendidas no chão, como pré-requisito para realizar os exercícios que se seguem.
7)     Com caneta hidrográfica passar um traço entre duas linhas paralelas.
8)     No papel sulfite, entre as linhas paralelas, traçar várias linhas com lápis de cor, cada uma de uma cor (traço do arco-íris).
9)     Traçar linhas sobre desenhos e letras pontilhadas em papel sulfite.

Pintar:

1)     Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos.

Dobrar:
1)     
     Dobrar folha de papel ao meio, na altura de linhas pontilhadas (horizontais e verticais) marcadas na folha.
2)       Dobrar guardanapos de papel e de pano em retas perpendiculares e diagonais em relação às bordas.
3)    Dobrar papel e montar figuras (cachorro, chapéu, sapo, flor, etc.)

c. Exercícios grafomotores:

1)  Passar o dedo indicador da mão dominante sobre uma reta horizontal traçada pelo educador, com giz, no quadro. Seguir a orientação da esquerda para a direita.
2)  Com o dedo indicador, traçar uma mesma reta no ar, de olhos abertos. Repetir o exercício de olhos fechados.
3)  Passar giz sobre o traço feito pelo educador. Fazer outros traços iguais ao lado.
4)  Pintar o mesmo traço em papel, com pincel grosso e tinta.

d. Exercícios de Coordenação Visual:

1)    Seguir com os olhos e a cabeça o movimento de um objeto manipulado pelo educador.
2)    Andar ao redor de um objeto, sem desviar os olhos dele.
3)    Fixar os olhos sobre um objeto imóvel, por alguns segundos.
4)    Seguir apenas com os olhos movimentos de objetos: de baixo para cima, da direita para a esquerda, etc.

4  Atividades na Área de Orientação

1. Exercícios de orientação temporal:
1)  Ouvir histórias, ou músicas que contenham histórias, e depois contar a seqüência dos fatos.
2)  Ordenar cartões com figuras e formas e recompor uma história com início, meio e fim.
3)  Observar animais (mosca, lesma, largatixa, gato, tartaruga, etc.) e dizer quais são os mais velozes e os mais lentos.
4)  Mover carrinhos rápida e lentamente, seguindo instruções do professor. Plantar feijões e observar o seu crescimento.
5)  Posteriormente, o professor e as crianças desenharão a história da vida do feijão, passando pelas etapas do seu desenvolvimento, da semente até a planta adulta.
2 Exercícios de orientação espacial:

1)  Andar pela sala explorando o ambiente e os objetos, inicialmente de olhos abertos e depois de olhos fechados.
2)  Montar quebra-cabeças. Jogar amarelinha.
3)  Responder onde está o céu, o teto, o chão, a lâmpada, com palavras como: em cima, atrás, etc.
4)  Andar pela sala e pelo pátio seguindo a direção indicada por setas pintadas no chão.
5 Exercícios de Conhecimento Corporal e lateralidade:
1 Exercícios de conhecimento corporal:
1)  Nomear partes do próprio corpo, do corpo dos colegas, do corpo de bonecos.
2)  Juntar as partes de um boneco desmontável.
3)  Completar o desenho de uma figura humana com o que estiver faltando.
4)  Deixar o corpo cair, em bloco, sobre o colchão.
5)  Exercitar tensão e relaxamento no corpo (amolecer, murchar, endurecer, etc.)

2 Exercícios de Lateralidade:
1)  Colocar fitas vermelhas no pulso e tornozelo do lado direito e realizar exercícios que peçam movimentos como: erguer a mão direita, abaixar a mão esquerda, erguer o braço direito e abaixar o esquerdo, etc.
2)  Colocar a mão sobre contornos de mãos desenhados no quadro, rapidamente, como se estivesse dando um tapa. Colocar a mão na mesma posição da mão desenhada.
3)  Seguindo a solicitação do professor, desenhar ou colocar objetos no lado direito ou esquerdo de uma folha de papel dividida ao meio verticalmente, e marcada com as inscrições direita e esquerda nos lados correspondentes.
4)  Colocar os pés sobre os contornos de pés desenhados no chão, direito sobre direito, esquerdo sobre esquerdo.

6 Atividades da área de habilidades conceituais
1)  Observar uma coleção de objetos pequenos misturados: pedrinhas, botões, conchas, grãos de milho, bolinhas de vidro, clipes, etc. Separar esses objetos pela classe a que pertencem: conjunto de pedras, de botões, de clipes.
2)  Seriar objetos de acordo com o tamanho (do menor para o maior), com a cor (da mais clara à mais escura), com a espessura ( do mais fino para o mais grosso), conservando a mesma categoria.
3)  Distribuir o mesmo número de objetos, observando que a quantidade não se altera quando modificamos sua posição.
4)  Cortar frutas ao meio para dividi-las com um colega (dois pedaços: um para cada um).
5)  Organizar armários, separando peças iguais e deixando-as próximas.
6)  Jogos (contribuem para desenvolvimento de noções matemáticas): pega-varetas, memória, dominó, etc.
7)  Exercícios com blocos lógicos de vários tamanhos, espessura, cor, forma.
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