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Comunicação Alternativa

Mas, afinal, o que quer dizer isso?
Bom, de acordo com a American Speech-Language-Hering Association, a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) é "o uso integrado de componentes, inlcuindo símbolos, estratégias e técnicas utilizadas pelos indivíduos a fim de complementar a comunicação."
Este conceito também perpassa pelas diferentes formas de comunicação como o uso de gestos, exxpressões faciais, uso de pranchas de comunicação com símbolos pictográficos ou alfabéticos e sistemas computacionais.
A definição entre alternativa e aumentativa vai depender do uso que cada pessoa fizer deste tipo de comunicação. Por xemplo, se a pessoa não apresenta outra forma de comunicação, a CAA vai se chamar comunicação alternativa. Já quando a pessoa apresenta alguma forma de comunicação, porém esta não é suficiente para trocas sociais, chamaremos de comunicação ampliada.

Os principais componentes da CAA são:
1) Símbolos: gestos, vocalização, sinais, fotos, imagens;
2) Recursos: prancha, álbum, software, vocalizador, preditores de textos, etc.;
3) Técnicas: apontar, acompanhar, segurar, escanear, etc.;
4) Estratégias: uso em histórias de faz de conta, brincadeiras, imitações, etc.

O Boardmaker Speaking Dunamically Pro é um software para aprendizagem e comunicação alternativa, com acessibilidade e geração de voz.
Utilizado por clínicas, terapeutas e educadores na criação e impressão de materiais educacionais e de comunicação. É um programa de desenho combinado com uma base de dados gráficos que apresenta mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictória.
Com ele podemos criar inúmeros recursos de comunicação alternativa e educacionais com acessibilidade, como cartões e pranchas de comunicação. Estes programas transformam o computador em poderosa ferramenta de educação e comunicação com fala.

IMPORTANTE:
O Boardmaker é compatível somente ao sistema Windows.
Para a versão 6 é necessário Windowns 2000/XP/Vista ou superior + 512 MB de RAM + 700MB de espaço livre no HD.
 
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Acionadores: Comunicação Alternativa

Os acionadores são utilizados para facilitar o acesso dos usuários ao computador, aos comunicadores ou aos brinquedos adaptados.


Acionador com brinquedo adaptado
Acionador com comunicador de voz

Podem ser utilizados diferentes acionadores dependendo da possibilidade motora, cognitiva e visual do usuário.


Acionadores industrializados



Acionadores artesanais

Mouse com adaptação para funcionar como acionador


O terapeuta ocupacional e o fonoaudiólogo são os profissionais indicados para avaliar as possibilidades e necessidades do usuário, e fazer a indicação do recurso mais adequado.

Fonte: http://miryampelosi.blogspot.com/

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Atividades de alfabetização disponíveis no Portal de Tecnologia Assistiva

As atividades de alfabetização foram criadas para auxiliar o professor, o psicopedagogo ou terapeuta a estimularem a criança em processo de alfabetização.
Temos dois tipos de atividades no
http://www2.portalassistiva.com.br:8888/pranchas/atividades.php


Atividades para serem impressas

As atividades impressas podem ser plastificadas e organizadas com velcros para poderem ser utilizadas várias vezes ou reutilizadas por diferentes crianças. Não é necessário nenhum programa especial, apenas um leitor de PDF.


Atividades para serem utilizadas no computador

As atividades dinâmicas exigem que o utilizador tenha instalado em seu computador o programa no qual o aplicativo foi desenvolvido. As atividades feitas com o software Speaking Dynamically Pro (SDP) podem ser acessadas através do mouse, do acionador ou tela sensível ao toque.

Fonte: http://miryampelosi.blogspot.com/
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Libras nas mãos para pessoas surdocegas


A surdocegueira é a incapacidade total ou parcial de audição e visão, simultaneamente. Assim como no caso da surdez, a surdocegueira pode ser identificada com a cultura das pessoas que pertencem a este grupo.

Em termos de senso comum, ao falar de alguém surdo-cego, lembramos Helen Keller e sua professora Anne Sullivan, como história de sucesso ao desafio de viver sem visão e audição.

A maior parte das pessoas com surdocegueira têm ainda limitações noutros domínios.

O que é surdocegueira

A surdocegueira é a deficiência, em diversos graus, dos sentidos de audição e visão; isto é, o surdocego pode ver ou ouvir em pequenos níveis, dependendo do caso.

Com base nos estudos de McInnes, afim de classificarmos alguém de surdocego é preciso que esse indivíduo não tenha suficiente visão para compensar a perda auditiva, ou vice-versa, que não possua audição suficiente para compensar a falta de visão.

Vários autores (tais como Writer, Freeman, Wheeler & Griffin, McInnes) defendem a surdocegueira como única, não como a soma de dois comprometimentos sensoriais.

Segundo o ponto de vista sensorial de Miles e Riggio, surdocegos podem ser:

• indivíduos surdos profundos e cegos;

• indivíduos surdos e têm pouca visão;

• indivíduos com baixa audição e que são cegos;

• indivíduos com alguma visão e audição.

História da educação dos surdo-cegos

Victorine Morriseau é apontada como a primeira surdo-cega instruída formalmente, em Paris (1789), pelo que França foi pioneira na instituição formal para esta população, na Europa.

Julia Brice, americana, surda e cega, aos quatro anos e meio entrou para o asilo de surdos e mudos de Hartford, em 18225, tendo aprendido a comunicar por gestos (não há, no entanto, registo sobre aprendizagem de leitura e escrita).

Em 1829, [Laura Bridgman], que havia sido educada na Escola Perkins, nos EUA, teve influência e contribuiu para o desenvolvimento de programas educativos em diversos países, como por exemplo, a Alemanha, em 1887. A educação de Laura incluiu a utilização da dactilologia para transmitir os conhecimentos da leitura e da escrita.

O caso mais conhecido é o de Helen Keller, que foi educada a partir dos sete anos, em 1887, pela professora Anne Mansfield Sullivan, que era parcialmente cega. Antes da sua educação formal, Keller apresentava comportamentos agressivos, tais como dar pontapés, beliscar as pessoas, empurrar, bater, era desastrada e recusava ser guiada. Keller conta que "teve de ser levada à força para a primeira aula; não compreendia a obediência e nem apreciava a bondade".[4] Devido a este comportamento, a professora optou por iniciar a educação por ensinar a soletração do alfabeto dactilológico na palma da mão, relacionado a palavra à acção, e/ou vice-versa. Durante três anos Keller aprendeu esse alfabeto, conseguindo assim distinguir vários substantivos, depois os adjectivos, seguidamente os verbos. No entanto, para Helen, as palavras não continham qualquer ligação.[5] Só aos poucos a aluna principiou a formular algumas perguntas simples; começou a controlar os seus impulsos e a ser aceite socialmente. Com Keller, o procedimento de ensino adoptado consistiu em despertar nela o interesse por conhecer e admirar a natureza.

Eugenio Malossi, surdo-cego aos dois anos em decorrência de meningite, foi educado em Itália, por um professor que lhe ensinou artesanato e mecânica. Aprendeu ainda vários idiomas e o sistema braile.[6]

Olga Ivanova ficou cega, surda e paralítica aos quatro anos. Doutorou-se em Psicologia e Ciências Pedagógicas.

Por norma, todos os casos de sucesso no processo de educação formal relatados na literatura convencional são de indivíduos que perderam a visão e a audição após a aquisição de linguagem e cuja surdocegueira foi decorrente de varíola, meningite, síndromes ou traumatismos.

Na década de 60, van Dijk (1968) iniciou, na Holanda, um programa para crianças surdo-cegas, especialmente voltado ao ensino de vítimas da rubéola.

A Associação Brasileira de Educação de Deficientes Visuais (ABEDEV), em 1977, reativou o programa de atendimento ao surdo-cego. O INES trabalha com crianças surdo-cegas, no Brasil ... entre muitas outras organizações a nível mundial, tais como a Organização Nacional de Cegos da Espanha, a União Latino Americana de Cegos, a SENSE-Internatinal e a Associação Nacional de Surdo-cegos e Rubéola, em Inglaterra.
Causas de surdocegueira
Braile
Antigamente, pensava-se que a principal causa da surdocegueira seria a Síndrome da Rubéola Congénita. Hoje em dia, com a tecnologia mais avançada, sabe-se que as principais causas se relacionam com a prematuridade ou com várias anomalias congétitas, tais como: rubéola, síndromes (Down, Usher, Trissomia 13, entre outras), anomalias congénitas (associação de CHARGE, hidrocefalia, microcefalia, síndroma fetal alcoólico, abuso de drogas pela mãe, entre outras), prematuridade e disfunções pré-natais congénitas (SIDA, toxoplasmose, herpes, sífilis) e causas pós-natais (asfixia, traumatismo craniano, encefalite, meningite).
Há, no entanto, estudiosos que acreditam que a principal causa é ainda desconhecida.
Ser surdocego
Acredita-se que cerca de 80 a 90% da informação é recebida pelo ser humano visual ou auditivamente; assim sendo, a privação destas duas capacidades provoca alterações drásticas no acesso da pessoa à informação e no seu desenvolvimento.
A dependência do surdocego aos outros é total, quer para aceder a objectos e à pessoas, quer para obter ajuda quanto à organização e à compreensão da informação acerca do meio que o rodeia, com o objectivo de se relacionar com o mundo, quebrando assim o isolamento.
O tacto desempenha um papel crucial na comunicação e desenvolvimento com estes indivíduos.
Há quem defenda que diversos graus de surdez e deficiência visual gerem quadros específicos de comportamento e de adaptação educacional. Assim sendo, este conceito desencadeia a necessidade de de categorização dos surdocegos em dois níveis: o sensorial, e o educacional. Os comportamentos apresentados por surdocegos são decorrentes de como como eles estabelecem contacto com o ambiente, de qual o recuso que usam para se comunicar e se conseguem fazer-se compreender e compreender os outros. A singularidade da surdocegueira prende-se ao prejuízo no processo de desenvolvimento devido à falta de comunicação e de interação social.
No que toca ao comportamento infantil, ressaltam-se dois grupos: um de crianças que apresentam comportamento hipoativo (distanciando-se do ambiente social, isolando-se, evitando comunicar-se), e outro de crianças com comportamento hiperativo (que nunca param, apresentam contato visual e apresentam defesa táctil). Pesquisadores afirmam que a privação sensorial, no caso das crianças, lhes limita as respostas aos indivíduos ou às atividades do seu ambiente, isto é, interagem de forma artificial, ou estereotipada. Afirmam ainda que essas crianças demonstram uma alteração significativa no desenvolvimento das habilidades de comunicação, mobilidade e acesso à comunicação.[9] A criança surdocega pode apresentar os seguintes comportamentos:
• comportamento autista movimentos estereotipados e/ou rítmicos;
• comportamento social imaturo;
• inabilidade de comportamento afectivo;
• dificuldade de uso dos sentidos próximos.

Fonte: http://educacaoespecial-colinasdotocantins.blogspot.com/2010/03/libras-nas-maos-para-pessoas-surdocegas.html
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Comunicando-se com um Surdocego


Como Ajudar um Surdocego.

Ao aproximar-se de um surdocego, deixe que ele se aperceba da sua presença com um simples toque.
Qualquer que seja o meio de comunicação adotado, faça-o gentilmente.
Combine com ele um sinal para que ele o identifique.
Aprenda e use qualquer que seja o método de comunicação que ele saiba. se houver um método, conheça-o, mesmo que elementar.
Se houver um método mais adequado que lhe possa ser útil, ajude-o a aprender.
Tenha a certeza de que ele o percebe, e que você também o está percebendo.
Encoraje-o a usar a fala se conseguir, mesmo que ele saiba apenas algumas palavras.
Se houver outras pessoas presentes, avise-o quando for apropriado para ele falar.
Avise-o sempre do que o rodeia.
Informe-o sempre de quando você vai sair, mesmo que seja por um curto espaço de tempo. Assegure-se que fica confortável e em segurança. Se não estiver, vai precisar de algo para se apoiar durante a sua ausência. Coloque a mão dele no que servirá de apoio. Nunca o deixe sozinho num ambiente que não lhe seja familiar.
Mantenha-se próximo dele para que ele se aperceba da sua presença.
Ao andar deixe-o apoiar-se no braço, nunca o empurre à sua frente.
Utilize sinais simples para o avisar da presença de escadas, uma porta ou um carro.
Um surdocego que esteja se apoiando no seu braço, se aperceberá de qualquer mudança do seu andar.
Confie na sua cortesia, consideração e senso comum. Serão de esperar algumas dificuldades na comunicação.
Escreva na palma da mão do surdocego com o seu dedo indicador.
Qualquer pessoa que saiba escrever letras maiúsculas, pode fazê-lo na mão do indivíduo surdocego, além de traços, setas, números, para indicar a direção, e do número de pancadas na mão, que podem indicar quantidades.
Escreva só na área da palma da mão e não tente juntar as letras. quando quiser passar a escrever números, faça um ponto, com o indicador, na base da palma de sua mão, isso lhe indicará que dali em diante virá um número.


Fonte: http://www.bengalalegal.com/surdocego
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Assuntos pendentes de surdos usuários de prótese/implantes


Os surdos usuários de próteses/implantes e que se comunicam em língua portuguesa necessitam e pedem que as autoridades promovam e regulamentem através de legislação:

Legendas em português na TV, cinema nacional e outros meios audiovisuais;
Avisos escritos que repitam a informação divulgada por alto-falantes - nos meios de transporte em geral e estações de embarque e desembarque de trens, ônibus, barcos, aviões;
A falta de aviso escrito quando há mudança de última hora do portão de embarque pode causar a perda do voo ou conexão;
Alarmes, avisos e informação geral escrita e afixada em local visível em todos os lugares públicos;
Em tribunais, escolas, etc sistema de legendagem por estenotipia reproduzindo o que está sendo dito no momento;
Isenção de impostos de importação e outros para próteses, aparelhos auditivos, implantes, e seus componentes para manutenção e reparos;
Isenção de impostos de importação e outros para equipamentos de ajuda técnica como telefones amplificados, sistemas de FM, alarmes, relógios vibratórios, etc
Importação, divulgação e instalação de equipamentos de sonorização por indução magnética (hearing loop);
E legendagem em telão para salas de aula, museus, cinemas, teatros e outros lugares de difusão cultural.
Saiba mais: http://www.sulp-surdosusuariosdalinguaportuguesa.blogspot.com
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Comentando sobre Leitura Labial


Leitura oro-facial ou simplesmente leitura labial é a habilidade que uma pessoa com deficiência auditiva tem em compreender o que as outras pessoas lhe falam observando o movimento dos lábios, concomitantemente à expressão facial como um todo.

Existem alguns métodos de leitura labial em crianças como o Método German Müller-Waller (Bruhn, 1927) e o Método Kinze (Kinzie e Kinzie,1936 ) e para adultos, como o Método Nitchie (1912) e o Método Jena (Bunger, 1952). Porém, para ser sincera nunca fiz uso profundo da leitura sobre estes métodos, posto que aprendi a ler lábios sozinha e naturalmente (aos 2 anos já lia lábios, sem que meus pais soubessem que eu já era surda).

O ideal é utilizar concomitantemente o treino auditivo (se ainda restar resíduos auditivos) e o visual, pois ambos "combinados" tornam a comunicação mais efetiva. Também não devemos esquecer das orientações básicas aos pais de crianças surdas para que falem com clareza, mas sem exagerar ou mudar de algum modo sua articulação. A leitura labial se baseia em uma boa articulação, normal e correta.

No trabalho específico com crianças, o adulto deve se manter ao nível dos olhos dela e com a luz sobre seu rosto e não ao da criança (o adulto deve ficar em frente à luz). É importante que sempre se use frases curtas e simples, não omitindo nenhuma palavra. Devemos também orientar aos pais para não caírem no erro de falar com uma "criança pequena" e que usem uma rapidez moderada no ritmo da fala... Nem apressada nem lenta. Essas orientações adaptadas servem para o trabalho com o adulto surdo também.

Diferentes pesquisas demonstram que vários fatores podem influenciar a performance na leitura labial como: a motivação, a idade, os códigos não-verbais, os fatores de facilitação, o meio ambiente e a percepção visual.

A leitura labial é um comportamento que deve ser aprendido e exige exercícios repetidos e frequentes. As diferentes maneiras de abordagens podem ser classificadas em práticas e de instrução informativa. A abordagem prática possui enfoques analítico (onde enfatiza o reconhecimento de fonemas visualmente; sintético (enfatiza diferentes contextos linguísticos) e o eclético (onde os aspectos analíticos e sintéticos são utilizados). Na instrução informativa não existe treino formal da leitura labial, apenas orientações sobre ela.

Algumas pessoas que ouvem utilizam também o recurso da leitura labial; existem pesquisas que demonstram atualmente um processo amodal de percepção da fala, onde a ideia sustentada é aquela de que a via visual é utilizada em situações onde a audição é prejudicada pelo barulho do ambiente e mesmo dentro de situações onde o sinal acústico é claro e intacto, sendo que a leitura labial pode auxiliar na percepção da fala de maneira constante. Em situações de compreensão normal da fala, os códigos auditivos e visuais são sempre utilizados.

A integração das informações auditivas e visuais é hoje em dia aceita como fazendo parte do processo normal da percepção da fala. O sucesso do trabalho com pessoas surdas irá depender também da capacidade que a pessoa tenha em utilizar a associação de códigos verbais e não-verbais, pois esses exercem uma função importante dentro do processo. Ele vai depender da memória, atenção e de processos linguistico-cognitivos, o que é por tudo isso mesmo que sabemos que existem diferenças individuais sobre a performance da leitura labial.

* Texto original do site:
Rede SACI.
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Informações sobre Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS

Informações Importantes.
LIBRAS quer dizer Língua Brasileira de Sinais;
A legislação brasileira reconhece a LIBRAS na lei 10.436/2002), como meio legal de comunicação e expressão e outros recursos de expressão a ela associados;
LIBRAS é uma língua diferente do português, como o inglês, o francês e o japonês;
LIBRAS possui as suas características próprias de sintaxe, morfologia, semântica e contexto, como qualquer outra língua;
Cada país possui a sua língua de sinais, por exemplo:
EUA = ASL = American Sign Language;
França = LFS = Language Française de Signes;
Itália = LSI = Lingua di Segnale Italiana, etc.
As línguas de sinais de cada país são totalmente diferentes umas das outras. Existem países que possuem dialetos da sua língua de sinais, inclusive o Brasil;
Quem sabe PORTUGUÊS e LIBRAS é considerado bilíngue;
A língua de sinais portuguesa, de Portugal, é diferente da LIBRAS. Um português surdo não consegue se comunicar com um brasileiro surdo, na língua de sinais;
A maioria dos surdos não possui um entendimento claro do português escrito, pois sua língua materna é LIBRAS. É como alguém que aprende outra língua, mas não tem a oportunidade de praticá-la;
Existe LIBRAS escrita. É uma escrita parecida com o português escrito, porém sem significado para quem não domina LIBRAS;
É incorreto dizer que o surdo é analfabeto quando ele só é é alfabetizado em LIBRAS;
É incorreto dizer que o surdo é mudo. Ele não é mudo, apenas não aprendeu a falar o português. Ele pode emitir som, inclusive falar o próprio português quando é oralizado;
Existem aproximadamente 5.800.000 surdos no Brasil segundo o Censo IBGE 2000;
Aproximadamente 30% dos surdos brasileiros não sabe ler português. Os restantes 70% sabem ler português mas nem todos têm entendimento claro desta língua;
Existem surdos que aprenderam a falar através das vibrações vocais e a entender o que falamos através da leitura labial. São chamados de "oralizados";
Quem não é surdo é chamado de "ouvinte";
A legislação brasileira para acessibilidade de pessoas com deficiência é uma das mais avançadas do mundo;
A legislação brasileira determina que os órgãos da administração pública, as empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras deverão dispensar atendimento prioritário em LIBRAS para a pessoa com deficiência auditiva (Decreto 5.296/2004).
Informações atualizadas por Marco Antonio de Queiroz - MAQ.
Baseado no texto do site www.rybena.org.br/default/index.jsp.
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Bliss e PCS: Sistemas Alternativos de Comunicação

Introdução.
No processo de interação entre a criança e seus interlocutores ocorre a aquisição de conceitos e a criança desenvolve a capacidade de simbolizar o mundo que a cerca. Inicialmente o bebê manifesta as suas necessidades básicas, através de uma comunicação não-verbal, (choro, expressões motoras, etc) que são decodificadas pela mãe segundo o contexto.

A compreensão e a utilização dos símbolos progridem, paulatinamente, de acordo com o desenvolvimento da criança. Por exemplo, diante de um prato, ela pode relacioná-lo com a comida, porém, a mesma relação pode não ocorrer diante de um desenho de um prato ou através da mensagem verbal "prato".

Os aspectos referidos acima ilustram resumidamente que os conceitos são representados através de uma hierarquia de símbolos: objetos, fotografias, desenhos, ortografia tradicional, etc, através dos quais a criança irá representar o ambiente para interagir e controlar o meio.

O sistema de comunicação do ser humano pode ser considerado como altamente complexo, já que, para transmitir a mensagem, utiliza-se de expressões verbais e não-verbais.

Entretanto, muitos indivíduos não podem desenvolver a fala devido ao comprometimento no mecanismo físico de expressão. Entre eles, a criança portadora de paralisia cerebral representa um exemplo significativo, nos casos em que uma série de comprometimentos motores limitam sua capacidade de produção e de articulação das palavras.

As crianças, com paralisia cerebral grave, apresentam severas dificuldades para controlar e produzir efeitos diretamente sobre o ambiente que as cercam devido aos déficits motores, controle postural e habilidades manipulativas reduzidas, dificultando o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.

Sistema de Comunicação não-verbal.
Os sistemas de comunicação não-verbal são todos aqueles que propiciam a expressão através de símbolos distintos da fala funcional de quem se comunica. Classificam-se em dois grupos distintos: Sistemas de comunicação sem ajuda e Sistemas de comunicação com ajuda.

Os sistemas sem ajuda são aqueles em que não se requer nenhum instrumento ou auxílio técnico externo para que a comunicação se efetue:

Gestos de uso comum: Gestos que pertencem a uma comunidade: afirmação, negação com a cabeça, aceno com as mãos, etc.
Códigos gestuais não linguísticos: Ex.: Sistema de comunicação manual de tribos indígenas (Amer-Ind), etc.
Sistema de língua de sinais em comunidade de surdos: Ex.: ASL, LIBRAS.
Alfabeto manual: Representação das letras através de gestos manuais.
Os sistemas de comunicação com ajuda abrangem um vasto repertório quanto aos elementos de representação, desde aqueles muito iconográficos até aqueles mais complexos e abstratos. Entre eles, citaremos algumas categorias, organizadas da menor para a maior complexidade:

Sistemas com elementos muito representativos: objetos, fotografias, desenhos representativos.
Sistemas compostos por desenhos lineares (pictogramas): Entre os principais temos:
Picsyms: Desenvolvido a partir do trabalho com crianças pequenas (Carlson,1985) com dificuldades de fala. Contém aproximadamente 1800 símbolos.
Pictogram Ideogram Communication (PIC): Sistema desenvolvido por Maharaj (1980) para indivíduos com dificuldades de discriminação figura-fundo. O sistema é composto por 400 símbolos (brancos em fundo preto).
Picture Communication Symbols (PCS): Será descrito no decorrer do artigo.
Sistemas que combinam símbolos pictográficos, ideográficos e arbitrários:
Sistema Rebus: Inicialmente criado em 1968 e adaptado e expandido (Clara) para indivíduos com dificuldades de comunicação dos Estados Unidos. Inclui 800 símbolos em preto e branco que combinados podem representar mais de 2000 palavras.
Sistema Bliss: A ser descrito no decorrer do artigo.
Terminologia Básica.
Comunicação Aumentativa: "Toda comunicação que suplemente a fala (gestos, expressão facial, linguagem corporal, comunicação gráfica, etc) " - Blackstone, 1986.
Comunicação Suplementar e/ou Alternativa: "É uma área da prática clínica que se destina a compensar (temporária ou permanentemente) os prejuízos ou incapacidades dos indivíduos com severos distúrbios da comunicação expressiva " - ASHA, 1991.
Suplementar (ou Aumentativa): Complementar à fala.
Alternativa: Sistema que substitui a fala.
Segundo Vanderheiden e Yoder (1986), o termo alternativa empregado em conjunto com aumentativa refere-se a indivíduos que têm a fala prejudicada de maneira que necessitam de um meio de comunicação (não que amplie) alternativo a ela.

Moreira e Chun (1997) consideram que o termo mais apropriado seja Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, pois aborda todas as formas de comunicação que complemente, substitua ou apóie a fala (olhar, vocalizações, gestos, expressão facial, sorriso, alteração de tônus muscular, etc).

Considerações quanto à prescrição de um SSAC.
Atitude comunicativa do usuário: motivação, desejo e necessidade de estabelecer a comunicação interativa.
Nível de aceitação do uso de um sistema de comunicação pelo usuário, pela família e por outras pessoas significativas.
Atenção aos estímulos do ambiente.
Progresso evolutivo limitado através de abordagem fonoaudiológica tradicional.
Discrepância entre o nível de linguagem compreensiva-expressiva ou reduzido repertório linguístico.
Habilidades cognitivas.
Habilidades perceptuais.
Nível de acuidade visual.
Nível de acuidade auditiva.
Além dos fatores expostos acima, Culp e Carlisle (1988) consideram que:

A prescrição de um SSAC deve contar com um programa de intervenção que facilite a interação comunicativa.
A intervenção deve incluir tanto o usuário como os interlocutores significativos.
A intervenção deve enfatizar as necessidades comunicativas mais críticas e os contextos mais pertinentes.
Os programas de intervenção devem ajustar as necessidades e habilidades de cada usuário às técnicas dos SSAC.
O objetivo principal da intervenção é de facilitar ao máximo a possibilidade da comunicação funcional.
A intervenção inclui os aspectos emocionais implicados na situação de comunicação, ou seja, aspectos das relações inter-pessoais.
Breve Histórico.
Segundo alguns autores (Moreira e Chun, 1997), uma história detalhada sobre o desenvolvimento da Comunicação Suplementar e/ou Alternativa é quase impossível de ser realizada, uma vez que os primeiros trabalhos permanecem desconhecidos, pois eram informais e não foram registrados.

A partir da década de 70 surgem novas concepções a respeito da imagem do indivíduo com deficiência, que será visto não somente pelos seus comprometimentos e lesões, mas pelas suas potencialidades, visualizando sua integração e inclusão social.
Até então, a abordagem oralista era predominante nas intervenções em reabilitação (Ex.: deficiência auditiva). Porém, com esta nova concepção da pessoa com deficiência à ação social da comunicação torna-se mais relevante. Desta forma, como o objetivo do trabalho passa a ser a integração e inclusão social do indivíduo, desenvolvem-se pesquisas voltadas às dificuldades de comunicação com outro enfoque, além da preocupação com o aspecto oral.

Em 1971, profissionais da equipe do "Ontário Crippled Children's Centre", Toronto, Canadá, desenvolveram pesquisas destinadas a encontrar um meio alternativo de comunicação para crianças portadoras de distúrbios neuro-motores, que não manifestavam a fala funcional. Apesar de investigarem os diversos métodos empregados em entidades especializadas no processo de ensino/tratamento de crianças em situações semelhantes, constataram que tais formas eram insatisfatórias e limitavam o desempenho linguístico a uns poucos contextos, desfavorecendo as diversas situações de comunicação (Moreira e Chun, 1997).

Frente a esta dificuldade, descobriram em "Signs and Symbols around the World", de Elizabeth Helfman, um sistema simbólico internacional criado por Charles K. Bliss (baseado na escrita pictográfica chinesa e nas idéias do filósofo Leibniz), o Blissymbolics - Sistema Bliss de Comunicação.

O objetivo do autor era o de desenvolver uma forma de linguagem universal entre os homens (desenvolvido entre 1942 e 1965), ou seja, um instrumento de comunicação mundial. Portanto, o sistema não foi inicialmente destinado a portadores de distúrbios de comunicação, começando a ser usado com esta finalidade em 1971 (após algumas adaptações realizadas em conjunto com C. Bliss) pela equipe canadence, mais especificamente por Shirley MacNaughton.

Inicialmente o método foi aplicado em crianças não falantes portadores de paralisia cerebral, sendo posteriormente introduzido em outras patologias como retardo mental, afasia, autismo, entre outras.

A partir de 1974, o uso do Sistema Bliss de Comunicação amplia-se para além daquele Centro. Em 1975, foi criada a Blissymbolics Communication Foundation, atualmente Blissymbolics Communication International (Toronto).

No Brasil, uma das instituições pioneiras na introdução deste sistema é a Associação Educacional Quero-Quero de Reabilitação Motora e Educação Especial, que implantou o método a partir de 1978.

Durante os anos 80 a Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, além de expandir-se no Canadá, desenvolveu-se principalmente nos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália.

Em 1981, Roxana Mayer Johnson (os EUA) desenvolve o Sistema Pictográfico de Comunicação (Picture Communication Symbols).

Descrição sumária dos SSAC mais utilizados.
Sistema Bliss de Comunicação, Símbolos Bliss ou Bliss.
O sistema Bliss de Comunicação é um sistema suplementar e/ou alternativo de comunicação, constituindo-se em um sistema simbólico gráfico visual.

O Bliss é um sistema dinâmico, capaz de representar conceitos abstratos. O significado de cada símbolo é aprendido em relação à lógica que envolve o sistema como um todo. Há várias formas de expressar-se através dele: frases simples e frases complexas, mensagens telegráficas. Estes níveis são determinados pela capacidade do usuário e pelo contexto comunicativo.

Os símbolos derivam de uma quantidade básica de formas geométricas e de seus segmentos. A Blissymbolics Communication International criou réguas-matrizes, conforme o tamanho dos símbolos, para a realização da confecção dos desenhos.

O quadrado é a referência usada como um guia para desenhar cada símbolo. A linha superior corresponde à "linha do céu" e a linha inferior corresponde à "linha da terra". Os indicadores localizam-se acima da linha do céu a uma distância correspondente a meio quadrado de referência.

Características do Sistema.

Vocabulário: É constituído por seis categorias, cada uma apresentando uma cor específica, colorindo-se o fundo do símbolo ou apenas o contorno do quadrado ou o próprio símbolo:

símbolos brancos: preposições, conjunções, adjuntos adverbiais, dias da semana, etc.
símbolos amarelos: pronomes pessoais e símbolos referentes a pessoas.
símbolos cor de laranja: substantivos concretos e abstratos.
símbolos verdes: verbos.
símbolos azuis: adjetivos e advérbios.
símbolos em rosa: expressões sociais (ex. gírias , etc.)
A distribuição das categorias por cores além de ser atrativa, agiliza a localização dos símbolos, favorecendo a memorização dos mesmos e a aprendizagem.

A tonalidade do fundo pode variar desde os tons mais fortes até tons pastéis, sendo que, neste último caso, os símbolos ficam em evidência.

Tamanho: O tamanho de cada símbolo não é rígido, porém, é usualmente encontrado em três medidas:

2,0 cm por 2,0 cm: para indivíduos com boa acuidade visual e que necessita de muitos símbolos.
2,5 cm por 2,5cm.
5 cm por 5 cm: para indivíduos que apresentam alguma dificuldade visual ou para utilização em trabalho inicial.
Classificação.

Símbolos Simples: pictográficos ou ideográficos:
Pictográficos: Semelhança com o objeto que representam. Ex.: cadeira, casa.
Ideográficos: Sugerem o conceito que representam. Ex.: sentimento, mente.
Símbolos de dupla classificação: Alguns símbolos podem ser classificados como pictográficos ou ideográficos. Cabe ao profissional selecionar a melhor explicação ao indivíduo, considerando o seu nível cognitivo. Ex. mulher, homem.
Explicação pictográfica: Mulher usando saia.
Explicação ideográfica: Contém um tipo de "triângulo" que representa o símbolo da criação.
Símbolos Arbitrários: A forma não tem relação pictográfica ou ideográfica convencional com o seu significado. Segundo McNaughton, (1985) dividem-se em:
Símbolos criados por Charles Bliss: Referentes ao tempo. Estes símbolos referem-se a uma analogia com o espelho parabólico. O passado é representado por um espelho refletindo o que está atrás; o futuro é um espelho refletindo o que está à frente e o presente é o período de tempo entre o passado e o futuro.
Símbolos Internacionais: Utilizados em todo o mundo como. Direção: Ex.: para baixo, para cima. Números: 1 , 2, 3, etc.
Pontuação: . ! ? , etc (ortografia tradicional). Os sinais de pontuação também podem ser aplicados para conferir significados.
Ex: Símbolos matemáticos: + - , etc.

Há outra classificação que os símbolos podem assumir:

Símbolos Simples: Quando seus componentes não podem ser decompostos.
Símbolos Compostos: Dois ou mais elementos simbólicos que, unidos, transmitem outro significado. Estes podem ser:
Símbolos Compostos Superpostos: Ex.: roupa, mãe, etc.
Símbolos Compostos Seqüenciais: Ex.: lar, etc.
Fatores que interferem no significado dos símbolos Bliss.

Há uma série de regras básicas para a confecção e disposição dos símbolos Bliss que devem ser averiguadas pelos profissionais que utilizam o método, já que pequenas alterações podem modificar o significado:

Configuração.
Tamanho.
Localização.
Distância entre os sinais gráficos.
Tamanho do ângulo.
Direção.
Números.
Posição ao referencial.
Indicadores: O significado do símbolo pode ser modificado pelo uso de indicadores. Exemplos de alguns deles:
Indicador de ação: ^
Indicador de plural: x
Picture Communication Symbols (PCS) / Sistema Pictográfico de Comunicação.
Como já foi referido anteriormente, o PCS foi desenvolvido em 1981 por Roxana Mayer Johnson, composto inicialmente por 700 símbolos e sendo ampliado posteriormente para aproximadamente 3200 símbolos.

O PCS é um sistema gráfico visual que contém desenhos simples, podendo-se acrescentar, na medida do necessário, fotografias, figuras, números, círculos para as cores, o alfabeto, outros desenhos ou conjuntos de símbolos.

Características do Sistema.

Vocabulário: O Sistema foi dividido em seis categorias primárias, representadas por cores de acordo com a função de cada símbolo. Como no Sistema Bliss a palavra escrita localiza-se acima de cada pictograma.

Branco (miscelânea): artigos, conjunções, preposições, conceito de tempo, alfabeto, cores, etc
Amarelo: pessoas e pronomes pessoais
Laranja: substantivos. Em alguns livros verifica-se que alguns substantivos são agrupados separadamente (exalimentos).
Azul: advérbiose adjetivos.
Rosa: símbolos referentes a expressões sociais
Tamanho: Similar aos tamanhos referidos no Sistema Bliss. Em alguns manuais observa-se também símbolos impressos no tamanho de 1,9 cm.
Suporte Físico para a Disposição dos Sistemas de Comunicação Com Ajuda.

O suporte físico para a disposição dos símbolos variam desde suportes que empregam baixa tecnologia (pranchas de comunicação, pastas, cardápios, álbum de fotos, etc. ) até aparelhos eletrônicos de alta tecnologia (softwares, microcomputadores, sintetizadores de voz, pranchas eletrônicas, etc).

A visualização e pesquisa dos suportes físicos, além de outras informações podem ser encontradas em diversas home pages referentes à área de deficiência, educação especial, comunicação suplementar e alternativa, etc, tais como:

www.mayer-johnson.com
www.clik.com.br
www.zygo-usa.com
Outros.
Seleção do Símbolos.

Avaliar as habilidades motoras e cognitivas do usuário tornam-se relevantes para verificar a maneira empregada para que indique os símbolos (apontar, indicar com o olhar, apontar através de ponteiras adaptadas, acionar dispositivos eletrônicos, etc). A forma utilizada definirá a disposição dos símbolos.

A técnica de seleção mais apropriada ao usuário implica nas seguintes considerações:

Posicionamento do usuário em relação ao suporte físico de comunicação./li>
Posição na indicação dos símbolos.
Nível de fadiga.
Velocidade comunicativa.
Tomando-se como exemplo: Determinado indivíduo com comprometimento motor severo pode manifestar-se lento, impreciso e fatigado ao apontar os símbolos com um de seus membros superiores (mão, dedo) comprometendo o fluido comunicativo. Neste caso, a técnica de indicar com o olhar poderia ser mais eficiente.

Considerações Importantes.

Os dados coletados através da anamnese, uma avaliação minuciosa e abordagem conjunta com a equipe interdisciplinar determinarão aspectos importantes do processo terapêutico. Entre eles, podemos citar alguns:

Necesssidade de desenvolver habilidades anteriores à aplicação de um sistema suplementar e/ou alternativo de comunicação
Seleção do repertório básico a ser introduzido.
Escolha do Sistema de Comunicação mais apropriado.
Velocidade na introdução dos símbolos.
Referências Bibliográficas.

PETER, M.; BARNES, R. Signs, Symbols and Schools, 1982.
BASIL, C. Interacion social en usuários de sistemas de comunicacion no vocal - Comunicacion Alternativa, FUNDESCO, Madrid, 1985.
WARRICK, A. Los Simbolos Bliss en Pré-escolar - Serviço de Publicaciones del Ministério de Educacion y Ciência, Madrid, 1985.
BASIL, C. Sistemas de comunicacion no vocal: Classificacion y Conceptos Basicos - Comunicacion Aumentativa, FUNDESCO, Madrid, 1988.
CAMATS, E. M. ; ISQUIERDO, S. E. Aprendizaje del emission de enunciados de más de um elemento - caso de um alunno no vocal - Revista de Logopedia, 8: 30-40, 1988.
JOHNSON, R. M. The Picture Communication Symbols - The Wodless Edition, 1989.
SORO, E. Nuevas Tecnologias y Evaluacion, 1990.
CHUN, R. Y . O desenvolvimento da comunicação não-verbal através dos símbolos Bliss em indivíduo não falante portador de paralisia cerebral - Distúrbios da Comunicação, 4: 121-136, São Paulo, outubro, 1991.
WOOD, C. ; STORR, J. ; REICH, P.A. Blissymbol, Reference Guide, Bissymbolics Communication International. Second Edition, Canadá, 1995.
GILL, N.B. Comunicação através de símbolos: Abordagem clínica baseada em diversos estudos - Temas sobre Desenvolvimento, 6: 34, 1997.
BUSNEL, M. C. A Linguagem dos Bebês - Sabemos Escutá-los? . Editora Escuta, São Paulo, 1997.
JOHNSON, R. M. Guia dos Símbolos de Comunicação Pictórica - Picture Communication Symbols. Editado por CLIK- Recursos tecnológicos para a educação, Porto Alegre, 1998.
LACERDA, B. F.; PANHOCA, I. Tempo de Fonoaudiologia, cap. 8. Editora Universitária Cabral, São Paulo, 1998.
CAPOVILLA, F.C. ; MACEDO, E.C. ;DUDUCHI, M. ;CAPOVILLA, A. G.S.; THIERS, V. O. Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar: Princípios de Engenharia e Design - Revista Distúrbios de Comunicação, 9 (2): 185-231. EDUC, São Paulo, 1998.
SORO, E. Sistemática de Introducion de los Sistemas de Comunicacion Aumentativa a Candidatos. Centro NADIS, Barcelona, s.d.
SORO, E. El proceso de evaluacion de candidatos para la comunicacion aumentativa. Centro NADIS, Barcelona, s.d.
SORO, E. Sistemas de Simbolos Pictográficos para la Comunicacion. Centro NADIS, Barcelona, s.d.
Luciana Della Nina Verzoni Fonoaudióloga do REATA - Laboratório de Estudos em Reabilitação e Tecnologia Assistiva do Centro de Docência e Pesquisa em Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo.
Especialização em: "Fonoaudiologia na Saúde" e "Práxis Artística e Terapêutica: Interfaces da Arte e da Saúde" pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Fonte:http://www.bengalalegal.com/bliss-e-pcs
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Comunicação Alternativa e Tecnologia Assistiva

A comunicação entre os indivíduos está presente em todos os momentos da vida, sendo essencial ao seu desenvolvimento. Contudo, apesar de a linguagem oral ser o meio de comunicação mais utilizado, há pessoas que, devido a fatores neurológicos, físicos, emocionais e cognitivos, se mostram incapazes de se comunicar através da fala.

Tecnologia Assistiva (TA)
Uma forma de resolver com criatividade os problemas funcionais de pessoas com deficiência usando diferentes alternativas para realizar as atividades do cotidiano é através da Tecnologia Assistiva (TA). A TA é uma área do conhecimento que se propõe a promover ou ampliar habilidades em pessoas com privações funcionais, em decorrência de deficiência ou envelhecimento. Recursos que favorecem a comunicação, a adequação postural e mobilidade, o acesso independente ao computador, escrita alternativa, acesso diferenciado ao texto, recursos para cegos, para surdos, órteses e próteses, projetos arquitetônicos para acessibilidade, adaptação de veículos automotores, recursos variados que promovem independência em atividades de vida diária como alimentação, vestuário e higiene, mobiliário e material escolar modificado, são exemplos e modalidades da Tecnologia Assistiva (Bersch, 2005).

Comunicação Alternativa (CA)
Uma forma de garantir a acessibilidade comunicativa a essa população consiste no emprego dos recursos de comunicação alternativa. A Comunicação Alternativa - CA é uma das áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Busca então, através da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios desta metodologia, construir e ampliar sua via de expressão.

A comunicação é considerada ampliada quando o indivíduo possui comunicação insuficiente através da fala e /ou escrita (por exemplo, há fala inteligível apenas no núcleo familiar) e, considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação. Um Sistema de Comunicação Alternativa – SCA, refere-se ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação inexistentes.

Os Sistemas de Comunicação Alternativa (SCA) podem ser divididos em recursos de baixa (cartões, pranchas,pastas e outros) e de alta tecnologia (pranchas vocálicas, sistemascomputadorizados com síntese de voz e outros) (Nunes, 2003).


Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de idéias), letras ou palavras escritas são utilizados pelo usuário da CA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A literatura tem indicado um conjuntos e/ou sistemas de símbolos que permitem a comunicação interpessoal dos individuos não falantes, como o Sistema de Símbolos Bliss, o Pictogram Ideogram Communication System - PIC e o Picture Communication Symbols - PCS . Tais sistemas encontram-se, em geral, disponibilizados sob a forma de cadernos ou pranchas acopladas ou não à cadeira de rodas e muitos deles se apresentam em versões computadorizadas.


A alta tecnologia permite também a utilização de vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou do computador, com softwares específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Desta forma, o aluno com deficiência passa de uma situação de passividade para outra, a de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento (Bersch e Schirmer, 2005).

O papel do interlocutor.

A inclusão comunicativa não se restringe à disponibilização de recursos, sejam eles de tecnologias de alto ou de baixo custo. Tão ou mais importante do que isso, é a presença de interlocutores interessados em interagir e acolher as mensagens da pessoa não oralizada. Assim, são fundamentais a aceitação e o incentivo ao emprego de formas alternativas de comunicação, inclusive pelo próprio grupo social. Isto implica em que o sistema alternativo de comunicação seja utilizado, naturalmente, pelo membro não oralizado, como também por todos os seus potenciais interlocutores (von Tetzchner e Grove, 2003; Nunes e Nunes Sobrinho, 2007).

Por ser uma área que necessita de atuação multiprofissional, proporciona a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O impacto de tais estudos ocorre devido à capacidade de produzir mudanças fundamentais na Educação e no Ambiente de pessoas cujas limitações afetam a capacidade de expressão ou recepção das mensagens típicas da linguagem humana.
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O que é sistema de símbolos gráficos? O que é PCS? O que é o software Boardmaker?


O que é a Comunicação Alternativa?
A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.

A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, dinheiro, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.

Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.

O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias "Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA".

CARTÕES DE COMUNICAÇÃO

Descrição de imagem:

A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar") ; laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora").

PRANCHA DE COMUNICAÇÃO COM FIGURAS, IMAGENS E SÍMBOLOS


Descrição de imagem:
Uma pasta do tipo arquivo, contendo várias páginas de sacos plásticos transparentes está sobre o colo de um usuário de CA. Cada página representa uma prancha de comunicação temática e na imagem visualiza-se a prancha com o tema "animais".

PRANCHA DE COMUNICAÇÃO ALFABÉTICA


Descrição de imagem:
Sobre uma mesa está uma pasta de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X".

O que é um Sistema de Símbolos Gráficos?
Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos usuários.

Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS, Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.

O que é o PCS?

Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS - Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil ele foi traduzido como PCS - Símbolos de Comunicação Pictórica. O PCS possui como características: desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento e adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis para criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS pode também estar disponível no Brasil por meio do software Boardmaker.

Prancha com símbolos PCS


Descrição de imagem:
Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias social (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).

O que é o software Boardmaker?

Board significa "prancha" e maker significa "produtor". O Boardmaker é um programa de computador que foi desenvolvido especificamente para criação de pranchas de comunicação alternativa. Ele possui em si a biblioteca de símbolos PCS e várias ferramentas que permitem a construção de recursos de comunicação personalizados.

Com o software Boardmaker são confeccionados recursos de comunicação ou materiais educacionais que utilizam os símbolos gráficos e que serão posteriormente impressos e disponibilizados aos alunos.

O Boardmaker poderá ser associado a outro programa chamado de Speaking Dynamically Pro que significa "falar dinamicamente". Estes dois softwares em conjunto se tornam uma importante ferramenta para construção pranchas de comunicação onde, a partir da seleção de um símbolo, acontece a emissão de voz pré-gravada ou sintetizada representativa da mensagem escolhida. Para comunicar-se com voz o usuário utilizará seu computador ou um vocalizador portátil.

O Speaking Dynamically Pro possui uma série de ferramentas de programação fáceis de usar e que permitem a criação personalizada de atividades educacionais, recreativas e de comunicação.

Outra importante característica deste software é a acessibilidade. Um exemplo disso é que a seleção de teclas de mensagens ou de teclas para escrita poderá acontecer por meio de varredura e acionadores.

O Software Boardmaker + SDP é comercializado no Brasil pela Clik Tecnologia Assistiva, através do site www.clik.com.br

O que é um vocalizador?
É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu usuário expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-gravada no aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que correspondem ao conteúdo sonoro gravado.

A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade de gravação varia de um aparelho a outro. Encontra-se vocalizadores de apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra variável intrínseca a este equipamento é o tempo total de gravação normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento.

Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido através de figuras ou textos aplicados em pranchas de comunicação que ficam sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, sua mensagem pré-gravada é imediatamente reproduzida e com volume ajustável.

Vocalizador


Descrição de imagem:
Vocalizador retangular com vinte e cinco áreas de mensagens visíveis, onde estão símbolos gráficos. Cada área de mensagem ao ser pressionada emitirá uma mensagem de voz gravada anteriormente. Apresenta alça de transporte e botões de volume e troca de níveis.

Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas com o Boardmaker:

Atividades escolares:


Descrição das imagens:
Três atividades foram construídas para que o usuário da CA possa responder questões apontando os símbolos gráficos PCS. A primeira pede para apontar os animais; a segunda para apontar os vegetais e a terceira para apontar os minerais.

Abaixo de cada questão visualiza-se uma série de símbolos gráficos com imagens representativas dos três reinos da natureza.


Descrição de imagem:
Uma atividade de matemática com o tema sobre "igual" e "diferente" foi construída com o Boardmaker.

Utilizando a "escrita com símbolos" está a pergunta: Qual é o igual? Visualiza-se então o símbolo de uma boneca. Abaixo estão três opções de símbolos: "carro", "boneca" e "sorvete". O aluno deverá apontar a resposta correta.

Logo abaixo está a outra pergunta sobre "qual é o diferente?" e visualiza-se o símbolo da "borboleta". Abaixo duas opções de resposta: "vaca" e "borboleta".

Textos com símbolos:

Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer a relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência intelectual, auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. No Boardmaker a escrita com símbolos é feita com a ferramenta "Simbolar".


Descrição de imagem:
Um boneco indica o ícone da ferramenta "Simbolar", conforme ela é representada na área de trabalho do Boardmaker.


Descrição de imagem:
O primeiro verso da poesia "Leilão de Jardim", de Cecília Meireles, foi digitada com o recurso "Simbolar" do Boardmaker. Desta forma, cada palavra aparece com a representação simbólica do PCS, acima do texto escrito.

O verso diz: Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de várias cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos?

Livros com símbolos

Descrição de imagem:
Visualiza-se a página de um livro. A frase escrita foi também representada por símbolos PCS: "Bateu Portas e janelas com força".


Descrição de imagem:
Visualiza-se a página de um livro construído pelos alunos. Há a ilustração de um pato. Sobre a ilustração estão colados, em sequencia, de cartões de comunicação alternativa com símbolo e texto: "Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá. Lá vem o pato para ver o que é que há"?

Pranchas temáticas para interpretação de livros e conteúdos.

Pranchas de comunicação temáticas poderão ser construídas para que o aluno usuário da CA possa participar de atividades de interpretação de histórias ou também para que possa perguntar, responder e argumentar sobre os conteúdos estudados e atividades desenvolvidas em sala de aula.


Descrição de imagem:
Um livro de história, que fala sobre temas de ecologia, está acompanhado de uma prancha temática, com a qual o usuário da CA poderá apontar ações positivas e negativas relativa à preservação do meio ambiente.

Descrição de imagem:
Uma lista de perguntas sobre fenômenos da natureza está relacionada. Para responder estas perguntas o usuário de CA apontará para um dos símbolos gráficos dispostos em uma coluna lateral. Na parte inferior da prancha, há uma sequencia horizontal de símbolos que possibilitarão ao aluno fazer perguntas "onde", "como", "por que", "quando" e afirmar "não entendo", "incrível", "mudei de ideia", "quero saber mais".

Calendários personalizados.

Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará grades de calendários para serem personalizadas. Basta localizar os símbolos apropriados e colar sobre o dia em que o evento acontecerá.


Descrição de imagem:
Uma folha de calendário do mês de janeiro de 2011 foi personalizada com os símbolos PCS.

Visualiza-se símbolos representativos do verão "guarda sol" e "sorvete", símbolo da "festa de Ano Novo", "viagem", "praia", "chegada da vovó", "aniversário" e "retorno a casa". Os símbolos foram aplicados sobre as datas destes eventos.


Descrição de imagem:
Numa parede de fundo preto foram fixados, com fita adesiva, os cartões de comunicação laminados. A composição da agenda descreve o mês, dia, dia da semana, sensação térmica (calor) e também todas as atividades escolares propostas para este dia.

Além de cartões de comunicação há número em EVA (representado o dia 7) e palavras em feltro, com texto pintado com cola colorida (mês de novembro e dia da semana terça feira).

Utilização de outras imagens digitais nas produções.

Você poderá introduzir novas imagens no seu Boardmaker e assim ampliará sua biblioteca de símbolos. As novas imagens poderão ser capturadas na internet, extraídas em banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou também escaneadas de materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens digitais na biblioteca do Boardmaker o que permitirá sua fácil localização para uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com o Boardmaker que utilizaram imagens capturadas de diversas origens.


Descrição de imagem:
Uma prancha de comunicação foi construída com fotografias e apresenta os símbolos "luva", "pantufa", "calça", "cão", "melão", "casaco", "telefone", e "rosa".


Descrição de imagem:
Com fotografias escaneadas de um cardápio foi montada uma prancha de comunicação temática, para comprar o lanche.

Visualizamos as imagens dos sanduíches, copo de refrigerante, salada e embalagem do lanche. Estas mesmas imagens aparecem organizadas numa prancha de comunicação.

Educação, escola e aprendizagem.

Conhecendo os desafios educacionais, os objetivos e atividades propostos para a turma e conhecendo também as características do aluno com deficiência (suas dificuldades e acima de tudo suas habilidades) o professor especializado irá projetar, construir e disponibilizar os recursos pedagógicos que garantam a acessibilidade, comunicação e participação no contexto da escola comum.

Atualmente as pesquisas existentes a respeito do ensino e da aprendizagem nos permitem olhar para o que o aluno produz e identificar o que ele já sabe, as dificuldades que estão impedindo sua aprendizagem e determinar que ações serão necessárias para que o seu conhecimento avance.

Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de situações que favoreçam isto. Neste sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável a criação de condições de aprendizagem pelo professor, através da construção de recursos de acessibilidade.

O conhecimento não é gerado do nada, é uma constante transformação a partir do conhecimento que já existe. É o que cada aluno já conhece que explica as diferentes formas e tempos de aprendizagem, bem como as dificuldades e possibilidades que o aluno apresenta. Seja nas propostas de atividades, seja na forma como os professores encorajam e desafiam os alunos a se lançar com ousadia nas propostas de aprendizagem, os recursos (materiais educacionais) tem uma função decisiva nas possibilidades de aprendizagem dos alunos.

É importante o desenvolvimento de recursos de acessibilidade que atendam diferentes concepções de ensino e aprendizagem. Por este motivo é necessário considerarmos o modelo de escola, o que entendemos por aprendizagem e que postura nós pretendemos instigar no aluno, no sentido de ele ser ativo na construção do conhecimento. Se disponibilizarmos recursos ao nosso aluno permitindo e esperando apenas que ele responda o que consideramos correto, sem dar a ele oportunidades de questionar, propor alternativas, argumentar etc., possivelmente nós teremos um instrumento pobre de comunicação e também um instrumento pobre de educação.

Portanto a palavra de ordem é conhecer a realidade e os desafios enfrentados pelo aluno e ser criativo. Junto com ele, iremos construir e utilizar os recursos que permitirão sua expressão e participação ativa em desafios educacionais. O professor deve funcionar como um diretor de cena, cabendo a ele observar as condições e necessidades de seus alunos e montar o cenário, através da construção das estratégias de ensino e dos recursos de acessibilidade, para possibilitar a construção do conhecimento de seus alunos.


Fonte:2011 ASSISTIVA • TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Conteúdo criado e desenvolvido por Rita Bersch e Mara Lúcia Sartoretto
© 2011 • O conteúdo deste site pode ser livremente reproduzido, no todo ou em parte, desde que citada a fonte.
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Comunicação Alternativa: "Qualquer maneira de comunicar vale a pena"

O III Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa – ISAAC Brasil teve como objetivos dar continuidade ao desenvolvimento e divulgação da Comunicação Alternativa no Brasil nas áreas de pesquisa, clínica e educacional, bem como consolidar a instituição do capítulo brasileiro vinculado à ISAAC. Este foi realizado no ano de 2009 no qual participei e dei início ao meu projeto profissional de fazer algumas crianças no qual convivo no meu âmbito de trabalho se comunicarem através da Comunicação Alternativa. Quero deixar aqui, e iniciar falando o que é a Comunicação Alternativa e como trabalhar com ela para o aprendizado da linguagem e da alfabetização com crianças que não possuem oralidade, porém possuem um cognitivo para desenvolverem todos os aspectos relacionados ao que chamamos de "Letramento ou Alfabetização".

O que é Comunicação Alternativa?
O termo Comunicação Alternativa e Ampliada é utilizado para definir outras formas de comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados como o computador com voz sintetizada.
A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação, e considerada ampliada quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas essa não é suficiente para suas trocas sociais.
No Brasil a CAA vem sendo traduzida de diferentes maneiras:

•Comunicação Alternativa e Aumentativa

•Comunicação Alternativa e Suplementar

•Comunicação Alternativa e Ampliada

Quem trabalha com Comunicação Alternativa?

Muitos profissionais podem estar envolvidos no trabalho da tecnologia assistiva como engenheiros, educadores, terapeutas ocupacionais, protéticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, oftalmologistas, enfermeiras, assistentes sociais, especialistas em audição, entre outras áreas.

Os sintomas alternativos e ou aumentativos de comunicação são usados em pacientes que não tem possibilidade de se comunicar verbalmente ou cuja fala seja de difícil inteligibilidade.
Os sistemas são vários, sendo o P.C.S. (Picture Communication Symbols) e o Bliss os mais conhecidos.
O P.C.S. é constituído de pequenas figuras que representam de forma pictográfica o que o paciente quer falar. Se ele quiser dizer: "Eu quero ir na casa da vovó", haverá uma figura para "eu" e outras para "quero", "ir", "casa" e "vovó". Não temos neste método palavras que indiquem elementos de ligação, nem plural ou flexão verbal, o que é um pouco limitante.
Os símbolos são colocados em pranchas ou pastas, de acordo com a convivência de cada criança. Cada pasta é individual e vai conter um vocabulário que preencha as necessidades de cada paciente.
Existem 3 tamanhos de símbolos, sendo que com crianças menores devemos iniciar com figuras maiores para posteriormente irmos diminuindo a fim de que caibam mais figuras na prancha.
Muitas vezes a criança não tem como apontar para as figuras e ela vai ter que mostrar apenas com o olhar os símbolos que traduzam o que ela quer.
A terapeuta ocupacional vai ter enorme importância no auxilio da fonoaudióloga, pois é ela quem vai dizer qual o posicionamento correto da criança e o tamanho adequado da prancha.
Às vezes é necessário que a fonoaudióloga comece com gravuras de revista ou mesmo com fotos da vida diária do paciente.
Atualmente já existe no Brasil o Board Maker, processo computadorizado no qual as pranchas são montadas e impressas conforme a necessidade do paciente.
O sistema Bliss é mais sofisticado do que o P.C.S. e normalmente é usado com crianças mais velhas e adolescentes com bom nível intelectual. Ele é iconográfico, isto é, seus símbolos não são compreensíveis à primeira vista, exigindo uma interpretação do paciente. Embaixo dos símbolos, tanto no Bliss como no P.C.S. há a palavra escrita para que o interlocutor possa entender a mensagem.
O Bliss compreende elementos de ligação, flexão verbal, plural e concordância, sendo mais difícil, mas mais completo que o P.C.S. De forma geral o P.C.S. é mais usado que o Bliss.
Para fazer uso destes sistemas, a criança deve ter atenção e um nível intelectual razoável. A Fonoaudióloga por sua vez deve ter um bom conhecimento sobre o desenvolvimento da linguagem. A finalidade da prancha não é de que a criança aponte figuras e sim que ela se comunique por meio delas.
A total integração entre Fonoaudióloga, criança, escola e família é condição básica para o sucesso da comunicação alternativa.
PRANCHA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

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