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Gagueira - Orientações importantes para pais



Caso seu filho tenha dificuldade para falar e costume hesitar ou repetir determinadas sílabas, palavras ou frases, ele pode ter uma disfluência ou uma gagueira. Contudo, também pode estar atravessando um período de disfluência normal, período este que muitas crianças enfrentam quando estão aprendendo a falar. É importante que os pais saibam entender a diferença entre gagueira e o desenvolvimento normal da linguagem.
A disfluência normal das crianças: 1. A criança dentro do seu desenvolvimento normal pode ser disfluente, ocasionalmente, repetindo uma ou duas vezes sílabas ou palavras, por exemplo: pa-pa-pato. As disfluências também podem incluir as hesitações e as interjeições como: “há”, “e”, “hum”.
2. As disfluências ocorrem com mais frequência entre um ano e meio e cinco anos de idade, costumam ir e vir.
Normalmente essas disfluências são sinais de que a criança está aprendendo a usar a linguagem de maneira nova. Se as disfluências desaparecerem durante várias semanas e depois voltarem, a criança pode estar atravessando uma nova fase de aprendizagem.
Há várias situações em que é normal gaguejar:

- quando a criança está aprendendo a falar;
- ao falarmos palavras difíceis;
- quando estamos nervosos, com medo, ansiosos...;
- quando temos várias coisas para contar ao mesmo tempo.

Isso mesmo! A disfluência, que pode ser chamada de gagueira, faz parte de nossa fala!
Nós só conseguimos ser fluentes, que é falar sem gaguejar, quando decoramos algum texto, quando cantamos, quando lemos um texto ensaiado.
Portanto, nas situações citadas acima, a gagueira é considerada NORMAL e, quando a mesma ocorrer na criança em fase de aquisição de linguagem, é chamada pelos fonoaudiólogos de: DISFLUÊNCIA FISIOLÓGICA
Mas existe outro tipo de gagueira que não é considerada normal: DISFLUÊNCIA PATOLÓGICA

Vamos conhecê-la?

Se os pais, ao verem seu filho gaguejar, na fase de aquisição da linguagem, reagirem de forma negativa a sua fala, por não ter o conhecimento de que nesta fase é normal a criança repetir, prolongar e hesitar nas palavras , essa disfluência, considerada fisiológica(normal), pode passar a ser uma disfluência patológica.

Mas, como é agir de forma negativa?

Os pais, por estar ansiosos e desinformados, já que pensam que seu filho é realmente gago, tentam fazê-lo parar de gaguejar dizendo frases do tipo: ”Fale direito”, “Respire antes de falar”, ”Calma!”, quer dizer, agem de forma negativa a sua fala.
Não só os pais podem agir dessa forma, mas também professores, pessoas da família... onde o efeito será o mesmo.

E como essa reação negativa à fala da criança pode deixá-la realmente gaga?

A criança tentará fazer como os seus pais querem:falar direito, respirar antes de falar...
Mas,isso não fará com que ela pare de gaguejar e,sim, com que gagueje mais ainda, já que ficará tensa, nervosa pela cobrança a sua fala. E nós já vimos o que pode acontecer quando ficamos tensos, nervosos: gaguejamos.
Além disso, no mesmo período em que a criança está aprendendo a falar acontece a formação da sua identidade(Quem sou eu?).Com toda essa cobrança à sua fala, ela acreditará que é incapaz de falar, acreditará que é realmente gaga.

Então, o que devo fazer?

A verdadeira resposta é NADA! Agora que você já sabe que é normal seu filho gaguejar nesta fase, preste atenção no que ele está falando para você, ao invés de como está falando.
É importante não querer comparar a fala do seu filho com a de outras crianças, pois todas são singular, desenvolvem-se em ritmos diferentes.
Proporcione momentos de prazer a sua linguagem, como: contar estórias, cantar...
Nas horas em que ele gaguejar, tenha paciência e deixe que ele fale tudo o que tem para dizer.
Agora, se mesmo assim você ficar preocupada ou ansiosa, procure por um fonoaudiólogo que ele a orientará.

A criança com gagueira

1. A criança com gagueira leve repete sons mais de duas vezes, pa-pa-pa-pa pato por exemplo. A presença de tensão pode ser evidente nos músculos faciais, especialmente ao redor da boca.
2. A intensidade da voz pode aumentar com as repetições e, ocasionalmente, a criança terá “bloqueios” – ausência de ar por alguns segundos.
3. Tente falar mais lenta e relaxadamente quando conversar com seu filho. Encoraje os outros membros da família para fazerem o mesmo. Não fale tão devagar de modo que sua fala pareça estranha, mas mantenha-a lenta e faça várias pausas.
4. A fala lenta e relaxada pode ser mais eficaz quando a criança tiver um tempo do dia com a atenção de seus pais só para ela, sem ter que competir com os outros. Alguns minutos do seu dia podem ser reservados para a criança, é um tempo em que se vai apenas ouvir o que ela tem para falar.
5. Quando seu filho falar ou perguntar algo, tente parar um segundo ou mais antes de responder. Isso vai fazer com que sua fala fique mais lenta e relaxada.
6. Tente não ficar chateado ou nervoso quando a gagueira aumentar. Seu filho está fazendo o melhor que pode para aprender muitas regras novas de linguagem (todas ao mesmo tempo). Sua atitude de aceitação e paciência vai ajudá-lo muito.
7. Repetições sem esforço e prolongamentos de sons são as maneiras mais saudáveis de se gaguejar. Qualquer coisa que ajude seu filho a gaguejar desta maneira ao invés de com tensão e evitando palavras deve ser feito.
8. Se seu filho fica frustrado ou triste quando a gagueira está pior, dê a ele segurança. Algumas crianças se sentem melhor quando ouvem “Eu sei que é difícil falar ... mas muitas pessoas empacam em algumas palavras ... não tem importância”. Algumas crianças se sentem mais confiantes ao serem tocadas ou abraçadas quando se sentem frustradas.
9. As disfluências vão e vêm, mas estão mais presentes do que ausentes.

Quando procurar um fonoaudiólogo?

 Se seu filho gagueja em mais de 10% de sua fala, apresenta esforço e tensão para falar, evita palavras (muda as palavras) e/ou usa vários sons para começar a falar, ele precisa de terapia. Os bloqueios de fala são mais comuns do que as repetições e os prolongamentos. As disfluências estão presentes na maioria das situações de comunicação. Neste caso procure um serviço de fonoaudiologia para tratar de seu filho. Exija um especialista, não é qualquer profissional que sabe tratar das gagueiras infantis.
 As sugestões dadas para os pais de crianças com gagueira leve também servem para as crianças com gagueira severa. Tente lembrar que lentificar e relaxar sua própria fala traz muito mais benefícios para a criança do que falar para seu filho relaxar, respirar, pensar, falar mais devagar etc.
 Encoraje seu filho a falar com você sobre a gagueira. Mostre paciência e aceitação enquanto conversar sobre o assunto. Superar a gagueira é mais uma questão de perder o medo de gaguejar do que se esforçar para falar melhor.
DICAS IMPORTANTES...

- FALE LENTA E RELAXADAMENTE MAS NÃO PERCA A NATURALIDADE.
- PRESTE MAIS ATENÇÃO NO CONTEÚDO DA MENSAGEM E NÃO NO QUANTO A CRIANÇA ESTÁ GAGUEJANDO.
- MOSTRE QUE VOCÊ ESTÁ PRESTANDO ATENÇÃO AO QUE A CRIANÇA FALA: ACENE COM A CABEÇA, SORRIA FAÇA SONS DE APROVAÇÃO ETC.
- MANTENHA CONTATO DE OLHOS COM A CRIANÇA ENQUANTO ELA ESTIVER FALANDO
- NÃO A APRESSE PARA FALAR. NÃO TERMINE AS PALAVRAS PARA ELA.
- NÃO PERMITA QUE OUTRAS CRIANÇAS CAÇOEM DE SUA CRIANÇA.
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Distúrbios de Fluência - Gagueira?

DISTÚRBIOS DE FLUÊNCIA

           A Fonoaudiologia consiste na ciência que tem por objeto o estudo da comunicação e seus distúrbios [1]. Dentro dessa área de atuação, tão vasta, temos atualmente sete áreas de especialidade: Audiologia, Disfagia, Fonoaudiologia Escolar-Educacional, Linguagem, Motricidade Orofacial, Saúde Coletiva e Voz. 

                                             FONOAUDIOLOGIA - Áreas de Especialidade                                   

         

                 Como cada uma dessas especialidades ainda abrange várias alterações da comunicação, encontramos profissionais que buscam subespecializações. Dentro da área da Linguagem, temos, entre outros, os profissionais que se dedicam especificamente aos Distúrbios de Fluência, estudando mais a fundo as ocorrências de fala nas quais o ritmo se encontra alterado. Em determinados textos científicos, essa subárea recebe o nome de Disfemia.
          Existem alguns tipos de Distúrbios da Fluência. Temos em seguida a apresentação de um tradicional quadro de classificação desses distúrbios, organizado por um consagrado estudioso, Godfrey Arnold, em 1965 [2]. Logo após veremos como esta listagem foi intrinsecamente modificada com os novos conhecimentos surgidos desde então.

 

          (1) disfemia taquifêmica: de causa orgânica, hereditária, resultado de uma inabilidade de linguagem congênita. Intervenções inadequadas ou ambiente desfavorável podem trazer, como reação secundária, uma gagueira.
        (2) gagueira sintomática: associada à disartria, causada por lesões cerebrais como as decorrentes de problemas no parto, incompatibilidade de Rh, encefalite ou trauma craniano acidental. No adulto, como decorrência de determinados danos cerebrais, pode surgir a gagueira afásica. Existe ainda a palilalia relacionada a distúrbios extrapiramidais e a disartria iterativa resultante de lesões cerebelares.
 
        (3) gagueira desenvolvimental: relacionada a tendências psiconeuróticas familiares. As explicações psicológicas da gagueira são as mais apropriadas nestes casos, que são numericamente frequentes. Uma propensão psíquica similar deve ser considerada para os casos de imitação de gagueira e gagueira temporária durante a puberdade. Todas estas formas de gagueira, que podem ser explicadas por fatores psicológicos, encaixam-se bem no grupo de disfemia idiopática ou disfemia genuína.

        (4) gagueira fisiológica ou disfluência: imaturidade linguística normal até o 3º ou 4º ano de vida. Na visão semantogênica de Johnson, esta disfluência pode se transformar em gagueira se o meio intervier inadequadamente.  
     (5) gagueira traumática: passível de ser entendida somente através de avaliação psiquiátrica. É decorrente de um colapso do controle neurovegetativo em uma pessoa que anteriormente apresentava uma boa condição psicossomática. Pode surgir em decorrência de situações extremamente estressantes, como experiências traumáticas em períodos de guerra, por exemplo.
     (6) gagueira histérica : embora os sintomas sejam semelhantes aos da gagueira traumática, a etiologia é diferente. Esta gagueira é uma reação de conversão que afeta indivíduos que apresentam uma psicopatia constitucional.



CLASSIFICAÇÃO ATUAL

                Na atualidade, dentro  desta terminologia de Arnold para a subdivisão dos Distúrbios da Fluência, são mais aceitos os termos:
          (1) taquifemia (ao invés de disfemia taquifêmica). Informações complementares em taquifemia
          (2) gagueira neurogênica (em vez de gagueira sintomática). Você pode obter mais informações em gagueira neurogênica.
          (3) gagueira do desenvolvimento (ao invés de gagueira desenvolvimental). Este tópico é descrito mais detalhadamente em gagueira
          (4) disfluência (o termo "gagueira fisiológica" caiu em desuso, uma vez que esta não é uma ocorrência típica ao desenvolvimento de fala de todas as crianças). Obtenha mais informações em disfluência.
          (5) não temos estudos recentes que justifiquem a utilização do termo gagueira traumática, embora cada relato de paciente nos leve a investigar melhor sua história, buscando elucidar melhor o ocorrido e verificar a presença de eventuais fatores predisponentes à gagueira.
            (6) gagueira psicogênica (em lugar do termo gagueira histérica). Encontre mais informações em gagueira psicogênica
       Por surgirem após a linguagem e a fluência já se encontrarem bem estabelecidas, tanto a gagueira psicogênica como a gagueira neurogênica são categorizadas como gagueira adquirida

SINTETIZANDO
         Os Distúrbios da Fluência compreendem as Gagueiras e a Taquifemia. As Gagueiras podem ser divididas em Gagueira do Desenvolvimento e Gagueiras Adquiridas. Estas por sua vez podem ser classificadas em Gagueira Neurogênica e Gagueira Psicogênica.

                          
  
COMENTÁRIOS
          É importante frisar que os estudos atuais têm constatado a presença de alterações genéticas e neurológicas nos portadores de gagueira do desenvolvimento, de modo que estas características, que eram vistas como pertencendo à taquifemia, agora não são mais consideradas como critério de diferenciação entre estes dois tipos de Distúrbios de Fluência. Por outro lado, algumas das injúrias que ocorrem bem no início do desenvolvimento infantil e que nos conduziriam a classificar o distúrbio de fala decorrente como uma gagueira neurogênica, podem ser causas subjacentes à gagueira do desenvolvimento, sendo necessários maiores estudos para elucidar estes achados.
        Após tantos anos sob a influência dos conceitos derivados da teoria diagnosogênica (ou semantogênica) de Johnson, sua visão - de que uma disfluência pode se transformar em gagueira - passou a ser desconsiderada em decorrência dos achados das pesquisas mais atualizadas que evidenciarem diferenças no funcionamento cerebral nas pessoas que gaguejam. Isto, embora tenha o valor tão significativo de constatar que os pais não são culpados pela gagueira que seus filhos apresentam, não invalida o efeito positivo das atitudes que efetivamente favorecem o desenvolvimento da fluência.
        Temos ainda, como outro grande divisor de águas, a constatação de que a eventual alteração emocional é uma consequência - e não a causa - da gagueira do desenvolvimento.


[1] http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/epdo1.pdf - pg 5[2] LUCHSINGER, Richard e ARNOLD, Godfrey E. Voice-Speech-Language. Clinical Communicology: Its Physiology and Pathology. Wadsworth Publishing Company. California. 1965





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A Origem da Gagueira


A temática, como é recorrente em relação à gagueira, é polêmica. Existem diversos pontos de vistas, cada um defendendo o que acredita melhor explicar a origem desta patologia. De acordo com o que eu acredito, a gagueira tem origem na infância e surge em virtude das relações sócio-culturais que a criança vivencia em seu processo histórico.

A primeira infância (até os seis anos de idade) é o período que a criança mais aprende em toda a nossa vida. É neste período que ela também desenvolve e adquire a fala, a linguagem. Do mesmo jeito que ela cai quando esta começando a andar, é perfeitamente natural que algumas (umas mais outras menos, cada uma no seu ritmo) apresentem maiores ou menores quebras em suas falas. Na fonoaudiologia este período é denominado como "freqüentes disfluências", "gagueira fisiológica" ou "gagueira natural". São quebras na fala da criança que diferem qualitativamente da gagueira patológica (gagueira sofrimento) que muito discutimos por aqui. De um modo geral, quando a criança começa a apresentar essas freqüentes disfluências, aqueles que são significativos a ela começarão a interferir de maneira negativa em sua fala. Darão conselhos do tipo: "fale direito", "fique calmo", "respire antes de falar", etc..

Esse tipo de comportamento demonstra que a fala da criança não está sendo aceita e ela não poderá fazer nada de diferente, tendo em vista que a fala é algo espontâneo e que o falante sabe falar mas não sabe como fala. Além do mais, não se ensina a falar com orientações. O ser humano, em condições normais, aprende a falar ouvindo, através do modelo auditivo que recebe.
Tais conselhos além de não surtirem os efeitos desejados, contribuem para agravar a situação daquela criança que entenderá que sua fala não é aceita. A fala da criança é exigida e negada.

Com a constância desse padrão de exigência paradoxal (tem efeito contrário à intenção), toda situação de fala para a criança será de expectativa, onde ela tentará de tudo para falar do modo idealizado pelo seu interlocutor. O simples fato de "tentar falar bem" fará com que ela quebre a espontaneidade peculiar à fala, pois, de um modo geral,
o espontâneo não é tentado. A criança passa a sentir-se punida ou culpada pela sua forma de falar. Sua fala será carregada de antecipações, truques, sentimentos negativos que gerarão mais gagueira, que reforçará cada vez mais uma imagem de mau falante naquela criança. Surgindo assim a gagueira sofrimento.

Sabemos que uma fala adequada desenvolve-se em relações de comunicação que garantem a espontaneidade e reforçam a capacidade do falante (Friedman, 2004). Van Riper estudou diversos sujeitos adultos disfluentes que não se consideravam gagos. Ele afirmou que, muito possivelmente, esses adultos disfluentes, quando eram crianças, tiveram pais e professores compreensivos, que aceitaram o padrão de fala espontâneo de seus filhos e alunos.

Todas essas teorias estão embasadas e muito melhor explicadas no livro "Gagueira: origem e tratamento" de Silvia Friedman. O estudo foi feito através do discurso de sujeitos considerados gagos que contaram a história de suas falas.

A figura acima simboliza muito bem o que falamos aqui. Mostra uma criança diante dos seus pais e o seguinte diálogo:
P - Fale devagar...
C - Eu estou tentando mas...
P - Nós estamos querendo ajudar!
C - ...só faz piorar


Fonte: http://bomfalante.blogspot.com/2007/09/origem-da-gagueira.html
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Atitudes que ajudam e "pioram" o disfluente (gago) a falar melhor


Existem algumas atitudes que podem auxiliar o indivíduo que apresenta dificulddes na fala (gago),contribuindo assim, para que sua fala fique fluente; são as seguintes:

1- Prestar mais atenção ao conteúdo do que a a pessoa está falando do que à forma com que ela o faz, ou seja: seu nervosismo, sua gagueira, seu piscar de olhos; dentre outras características referentes a mesma.

2- Ajude-o a falar mais suavemente, deixe sua voz mais calma, intensidade mais baixa;evitando ansiedade para que o mesmo termine logo de falar.

3- Parar um segundo ou mais antes de responder, isso contribui para uma melhor organização do seu pensamento e da outra pessoa, diminuindo a ansiedade e consequentemente,a disfluência.

4- Reservar um tempo, diariamente, para dar atenção exclusiva a pessoa.Conversar sobre seu dia, suas ansiedades, expectativas,ou, até mesmo, jogar conversa fora

5- Encoraje -o a falar sobre sua gagueira com vocês: medos,dificuldades, frustrações, evoluções e progressos.

6- Fazer atividades com a pessoa disfluente ou porpor situações de distração e relaxamento.

7- Promover um ambiente familiar de conversação não competitivo.

8- Lembrar que as disfluências são naturais à fala de qualquer pessoa, utilizando-se de exemplos do dia- a - dia.

9- Manter contato de olho natural enquanto está falando, não ignore ou transmita ansiedade a pessoa.

10- Encorajar o a fallar.


Várias são as atitudes que bloqueiam ou até mesmo chegam a impedir que uma pessoa fale normalmente. Tais atitudes devem ser abolidas de nossas atitudes diarias, são elas:

1- Dizer para ela relaxar, acalmar-se, respirar ou pensar antes de falar.

2- Chamar-la de gaga.

3- Criticar ou corrigir a fala à sós ou na frente dos outros.

4- Completar o que está falando ou interrompê-la enquanto fala.

5- Apressa-la enquanto estiver tentando falar.

6- Preocupar-se demasiadamente com a gagueira, mostrando tensão.

7- Falar muito rápido e de forma “difícil”.

8- Gritar, ficar bravo, quando ela gaguejar.

9- Tornar as atividades do dia-a-dia desagradáveis e tensas.

10- Fazer sentir - se envergonhada ou diminuída.

11- Forçar a a falar em público.

12- Comparações desnecessárias com pessoas que falam coretamente.

13- Pressionar com muitas atividade ou tarefas ao mesmo tempo .

14- Superproteger o problema.

15- Exigir mais que a pessoa possa dar no momento.

16- Responder pela pessoa ou completar suas frases

17- Demonstrar estar constrangido ou com pena

18- Mandar a pessoa parar de falar e começar de novo.

19- Sugerir que evite ou substitua palavras “difíceis” de se pronunciar(a disfluência não está diretamente associada à produção de alguns fonemas ou ao conteúdo semântico).

20- E o pior;Fingir que a disfluência não existe.

PARE DE FINGIR QUE A GAGUEIRA NÃO EXISTE!QUE ELA VAI PASSAR...PROCURE SEU FONOAUDIÓLOGO ANTES QUE PIORE!!
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Taquifemia (fala acelerada)


A taquifemia é um distúrbio de fala onde o paciente tende a falar muito rápido, tropeçando nas palavras, perdendo o controle. Este assuntoé muito pouco divulgado devido aos poucos profissionais que trabalham com o tema e pesquisasna área em andamento.

O objetivo geral da intervenção fonoaudiológica na taquifemia é melhorar a comunicação do indivíduo com o mundo em que vive, priorizando a redução da velocidade, a diminuição das disfluências e o aumento da inteligibilidade da fala. A complexidade dos sintomas apresentados, a motivação do taquifêmico em se tratar, sua determinação em seguir ao que é proposto, sua frequência no tratamento; bem como a compreensão e colaboração da família influenciam no prognóstico terapêutico (positivamente ou negativamente).

No início de terapia com o taquifêmico, alguns objetivos podem ser priorizados: a motivação do paciente, a identificação das características da comunicação e a conscientização das dificuldades relativas à velocidade e a inteligibilidade/ clareza da fala. Este trabalho facilitará a percepção do distúrbio por parte do indivíduo, propiciando a compreensão dos objetivos propostos pelo fonoaudiólogo e estratégias que serão trabalhados na intervenção, bem como o favorecimento do auto-monitoramento da fala, que, por sua vez, deve ser enfatizado desde o início do processo de intervenção, para que o paciente consiga transferir e manter a fala obtida na terapia para o ambiente domiciliar, escolar e social. Os registros auditivos e audiovisuais de sua fala podem ser utilizadas como estratégias terapêuticas visando a identificação de trechos da fala no qual o taquifêmico não conseguiu manter o monitoramento.

O trabalho de redução, regularização e controle da velocidade da fala pode ser realizado junto com a precisão e amplitude articulatória, assim como a coordenação pneumo-fono-articulatória. Devemos trabalhar em conjunto; o controle respiratório, a velocidade da fala e a articulação, além de facilitar o monitoramento da fala, aumentará a inteligibilidade da mesma. Vale ressaltar que o taquifêmico apresenta muita dificuldade em reduzir e manter uma nova velocidade de fala. Portanto, o terapeuta deve utilizar vários recursos com o paciente, como a gravação e a apresentação da fala registrada, a transcrição desta amostra, mostrando as conseqüências da velocidade de fala aumentada, entre outros. O metrônomo também é um instrumento que tem sido utilizado com sucesso para alcançar estes objetivos relacionados a uma fala melhor. Fala compassada, prolongamento das vogais, atenção aos finais de palavras, vogais e sílabas não tônicas, bem como o uso do mascaramento e feedback auditivo atrasado são outras estratégias terapêuticas.

A prosódia e a naturalidade da fala devem ser enfatizadas para obter como resultado uma fala próxima do normal em termos de velocidade, articulação, fluência e prosódia. Deve-se evitar a fala robotizada e programada. A prosódia da fala é trabalhada de acordo com cada paciente, podendo enfocar tanto o estresse silábico das palavras, como também a curva melódica das frases. Neste trabalho, assim como no anterior, é necessário seguir uma hierarquia de complexidade das dificuldades (aumento gradual do tamanho e da complexidade das emissões e diminuição gradativa das pistas oferecidas).

Nos casos de alteração da linguagem, freqüentemente enfatizamos a organização das frases, a seqüência dos eventos, o ater-se ao tema e a realização adequada de trocas de turnos. Narrativas coerentes e sentenças sintaticamente aceitáveis podem ser eliciadas inicialmente com frases mais simples e curtas, progredindo para sentenças maiores e mais complexas. O trabalho de linguagem escrita, quando necessário, deve ser realizado com a utilização de técnicas específicas. A experiência clínica tem mostrado que este trabalho de linguagem oral e escrita deve ser associado, visando maior eficácia terapêutica (técnica muito eficaz).
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Tratando as Disfluências


Quando falamos em tratamento das dificuldades de fala devemos levar em consideração uma série de aspectos que irãoconduzir o paciente a uma série de melhoras gradativas.

Em primeiro lugar, além da avaliação minunciosa em relação a hereditáriedade, hábitos de vida diária, condições emocionais e demais fatores desencadeantes das dificudades de fala, o terapeuta deve tornar o ambiente profissional acolhedor. Ele é o mediador, o facilitador do tratamento em que o paciente terá ,bem como de sua fala, de suas relações de comunicação e das técnicas a serem empregadas, promovendo, ou facilitando, a fluência (fala sem bloqueios).

No processo terapêutico, torna-se importante trabalhar com a propriocepção, o relaxamento psico-fisico, a coordenação pneumo-fono-articulatória, a lentificação da fala, o aumento da amplitude articulatória, o contato de olho, entre outros. Estratégias como o cancelamento, o pull-out, o de redução gradativa de tensão, gagueira voluntária, inicio de fonação suave, fala ritmada ou silabada, fala sob mascaramento, atraso do feed-back auditivo associado à alteração da freqüência da fala, são excelentes aliados no trabalho de promoção de fluência e/ou modificação da gagueira.

O paciente deverá ser estimulado a participar ativamente, executando as atividades prescritas pelo terapeuta no seu dia-a-dia. O terapeuta levará o paciente a compreender melhor a gagueira, a sentir como ela acontece em seu corpo. Leva-o a tomar consciência de seus sentimentos em relação à sua fala e à gagueira. Durante todo o processo, o terapeuta estará orientando e acolhendo, tendo sempre em mente que ali as pessoas estão tratando de um ponto de dor para elas: a gagueira.

A terapia fonoaudiológica promove mudanças lentas e gradativas na maneira como o cérebro processa a fala. Em outras palavras, após a terapia fonoaudiológica, algumas regiões cerebrais estão mais ativadas e outras menos ativadas. Na verdade, as melhoras obtidas (tanto na fluência em si, como na forma de lidar com a gagueira) são devidas às mudanças funcionais no cérebro desencadeadas pelas técnicas terapêuticas fonoaudiológicas.

O tempo total de terapia depende de uma série de fatores, tais como: intensidade da gagueira, presença de outros distúrbios de fluência e/ou de linguagem, presença de outros distúrbios neurológicos ou psiquiátricos, idade do paciente, aderência do paciente ao tratamento e grau de especialização do fonoaudiólogo. Em média, os tratamentos duram de seis meses (casos mais leves) até dois anos (casos mais graves). Lembrando que cada caso é único e seu tempo varia também.

A participação de paciente, família, social é muito importante durante todo o tratamento. Quanto maior a participaçãode todos nós, menor o tempo de tratamento. Não quebrar o tratamento é muito importante em todo e qualquer caso. Faltar ao tratamento é quebrar todo o processo de reabilitação e retardar a alta do paciente.

O fato de ter feito um tratamento fonoaudiológico para as dificuldades de fala não implica nunca mais cogitar um outro tratamento: a gagueira pode se modificar ou se agravar com o passar do tempo devido ao surgimento de outras doenças, traumas e a novas experiências estressantes que foram vivenciadas ao longo da vida ou ao próprio envelhecimento.

Esteja sempre em contato com seu fonoaudiólogo e siga sempre suas orientações!!!
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