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Hiperatividade - Como lidar?

Conforme a Enquete que postei no blog, a que venceu em maior número de votos foi o tema Crianças desatentas e hiperativas, como ajudá-las? Irei postar abaixo as maiores perguntas feitas com esse tema, com suas respectivas respostas. Espero que tirem proveito da matéria e deixem seus comentários caso necessitem!


O que é Hiperatividade?

A hiperatividade é um sintoma que não tem definição precisa aceita unanimemente, mas todos concordam que compromete de modo marcante o comportamento do indivíduo, pois interfere nas suas relações sociais, familiares e no seu trabalho.
A hiperatividade é um desvio comportamental, caracterizado pela excessiva mudança de atitudes e de atividades, acarretando pouca consistência em cada tarefa a ser realizada. Portanto, isto incapacita o indivíduo para se manter quieto por um período de tempo necessário para que possa desenvolver as atividades comuns do seu dia-a-dia. Este padrão de comportamento se mostra incompatível com a organização do seu ambiente e com determinadas circunstâncias. Crianças e adolescentes hiperativos são frequentemente considerados pessoas inconvenientes.

Quais as manifestações da Hiperatividade?

Evidenciam-se, de modo isolado ou associado, as seguintes características:

- crianças que se mantêm em constante movimento;
- mexem em tudo, sem motivo e sem propósitos definidos;
- dificuldade para se envolverem em brincadeiras;
- são muito impacientes e mudam de atividade com frequência;
- levantam-se da cadeira, quando em sala de aula, em momentos inapropriados;
- não conseguem permanecer sentadas para assistir a um programa de TV, como um desenho animado;
- mal ficam sentadas à mesa durante a refeição;
- apresentam incapacidade para focar a atenção em qualquer atividade durante um período de tempo necessário para tal. Há certa tendência para desviar a sua atenção para outros estímulos que são impróprios para aquele determinado momento;
- falam demasiadamente;
- distraem-se com muita facilidade e, frequentemente, não conseguem terminar as tarefas propostas para o período preestabelecido;
- a tarefa escolar prolongada é o indicador mais evidente para se detectar a acentuação da hiperatividade.

A partir de quando se percebe que a criança é hiperativa?

A hiperatividade pode ser notada em várias fases do desenvolvimento da criança, seja quando lactente, pré-escolar, escolar ou adolescente. Mas o mais comum e mais fácil de diagnosticar é no período pré-escolar, visto que nesta fase a criança mostra mais sua inquietude em relação as tarefas propostas à ela.

Quais são as evidências do comportamento hiperativo do lactente?

No lactente podem ser evidenciadas algumas características, tais como:
- muito chorão e sem causa aparente
- inquieto
- apresenta dificuldade para conciliar o sono
- período de sono curto
- voracidade ao mamar
- cólicas abdominais frequentes e exageradas
- denota persistente desconforto e insatisfação


As alterações comportamentais do lactente são transitórias?
As manifestações anteriormente citadas podem desaparecer após alguns meses, mas podem persistir sem interrupção até a idade pré-escolar ou mesmo além deste período. Há vezes em que os pediatras solicitam às mães uma dose extra de tolerância, mas com frequência encontramos, no consultório, mães estafadas e irritadas, por conta de noites maldormidas durante vários meses. Devido ao desgaste físico e emocional, estas mães se tornam intolerantes e impacientes, comprometendo de maneira marcante a relação afetiva com a criança e o equilíbrio de todo o ambiente doméstico.

Um lactente tranquilo pode se tornar hiperativo em épocas posteriores da sua vida?
A hiperatividade pode se manifestar ou pode ser notada só no período pré-escolar ou mesmo no período escolar. Há, portanto, crianças que apresentavam comportamento mais tranquilo em outras fases da sua vida e, de modo súbito, tornaram-se hiperativas. Nesses casos devemos considerar os fatores emocionais e ambientais como possíveis determinantes do quadro.

Quando se considera o pré-escolar hiperativo?

Quando há sinais claros de:

- inquietude;
- impaciência;
- espírito destrutivo;
- fala muito e rápido;
- baixa tolerância à frustração;
- sem noção de perigo;
- não se fixa muito num só brinquedo;
- distrai-se com muita facilidade;

Como se manifesta a hiperatividade nos escolares?

- ao brincar, não conseguem se fixar, durante algum tempo, numa determinada atividade;
- mudam, rapidamente, de uma atividade para outra, pois se desinteressam com muita facilidade;
- são muito presentes, isto é, são aquelas crianças que estão sempre em todos os lugares, tal é a hiperatividade;
- trocam de brinquedo frequentemente, por não se satisfazerem por muito tempo com o mesmo;
- espírito destrutivo com objetos e brinquedos;
- não conseguem ficar sentados à mesa durante a refeição;
- assistem televisão por tempo limitado, e mesmo assim inquietos;
- falam muito e mudam de assunto rapidamente, sem mesmo concluir o pensamento anterior;
- dificuldade para acatar ordens.

Quais são as características do adolescente hiperativo?


- impaciência;
- inquietude;
- falta de adaptação social;
- falta de energia para executar as tarefas;
- baixa auto-estima;
- auto-imagem negativa;

Como se identifica a hiperatividade na escola?

O comportamento destoante em relação às outras crianças é o ponto básico da identificação do hiperativo:
- movimentam-se excessivamente na sala de aulas;
- atrapalham a dinâmica das aulas;
- falam muito com os outros colegas;
- não prestam atenção e não conseguem se concentrar nas atividades;
- interrompem a professora com frequência;
- interferem de modo impróprio e inoportuno nas conversas dos outros alunos;
- tumultuam a classe com brincadeiras fora de hora;
- apresentam iniciativas descontroladas;
- o desempenho global nas diversas atividades encontram-se em nível aquém da média do seu grupo.

Por que os pais não percebem este quadro em casa?


Nem sempre os pais conseguem perceber as diferenças comportamentais, especialmente quando não têm outros filhos. Muitas vezes acreditam tratar-se de uma fase transitória, e, com isso, tornam-se mais tolerantes. A acomodação, por parte dos pais, a este tipo de comportamento faz com que não percebam o quanto este se desvia do padrão tolerável. Devemos considerar, também, que os pais não mostram à criança quais são os seus verdadeiros limites e, com isso, muitas vezes elas ficam expostas a situações adversas, inclusive de perigo. Parece, por vezes, haver inversão dos papéis, e, que os pais é que estão sendo educados pelos filhos. Por outro lado, há, também, pais que não querem admitir que o seu filho apresenta algum comprometimento comportamental, e consideram as queixas em relação ao seu filho como sendo uma questão pessoal de antipatia ou de intolerância. Quando a queixa inicial é por parte da escola a primeira providência é mudar de escola. Após a segunda ou terceira mudança acabam se convencendo que é necessária uma avaliação especializada. Esta não aceitação por parte dos pais retarda o diagnóstico e, por consequência, o tratamento.

MAIS INFORMAÇÕES NO PRÓXIMO POST... AGUARDEM!!!

Livro de ajuda: No Mundo da Lua

Fonte: Hiperatividade Abram Topczewski
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Déficit de Atenção e Hiperatividade

Os distúrbios comportamentais de atenção e
hiperatividade parecem englobar, na realidade,
quadros comportamentais variáveis e associados
a diversas patologias do sistema nervoso central.
Muitos desses quadros parecem ter uma causa
genética, porém outros parecem estar associados
a outros tipos de distúrbios do desenvolvimento
cerebral.
Muitas mães de crianças hiperativas relatam já
uma atividade fetal aumentada, e um recém
nascido muito irriquieto. Geralmente, o
aprendizado da marcha é rápido e logo a criança
está correndo. Dificilmente fica parada, mesmo às refeições.

A noção de Tempo

O tempo organiza nossa vida. Determina
nossas rotinas. À noite dormir; levantar pela
manhã; ir à escola (trabalho); almoçar, etc.
Para muitas tarefas parece não ser
necessário o relógio. O cansaço nos faz ir
para a cama, a fome nos leva a comer, etc.
Mas você já reparou que a fome, em geral,
surge no nosso horário habitual de
alimentação, e o sono em torno da hora em
que, em geral, nos acostumamos a ir para a cama?

O cérebro utiliza muitos circuitos neurais para medir tempos, e
determinar os chamados ritmos circadianos: o ciclo vigília-sono,
os ciclos alimentares, hormonais, etc. Esses circuitos
desencadeiam a ação de outras áreas cerebrais que controlam
comportamentos básicos e repetitivos: sensação da fome, sono,
ovulação, etc.
Existem neurônios que são ativados quando um evento é
imaginado ou reconhecido pela nossa percepção. Imaginar ou
reconhecer um evento é integrar um conjunto de
acontecimentos dentro de um mesmo tema: sentarmos a mesa,
colocarmos comida no prato, comer, constituem acontecimentos
do evento "almoçar". Esses neurônios interagem com circuitos
neurais que se encarregam em registrar o tempo que dura cada
evento acontecido e também o tempo decorrido entre eles,
constituindo a memória retrospectiva. Quando eles interagem
com circuitos que se encarregam em definir o tempo de eventos
futuros constituem, junto com esses circuitos, a memória prospectiva.

MEMÓRIA RETROSPECTIVA

Juca inicia seu novo período escolar. Sua mãe o acorda, ele vai à escola, toma seu lanche, retorna para o almoço.

Para memorizar esses eventos, ele organiza a seqüência de suas atividades na memória retrospectiva.

Os neurônios que reconhecem eventos ou episódios encontram-se na região do hipocampo e constituem a chamada memória episódica. Outros neurônios vizinhos registram a seqüência em que esses eventos ocorreram: primeiro levantar; depois caminhar; depois lanchar, etc. Além da seqüência, também medem os intervalos de tempos entre esses evento, por exemplo: tempo lanche – tempo levantar é maior que tempo almoço – tempo voltar.

Os tempos de todos os eventos de nossa vida são assim registrados. Esquecemos de muitos deles, mas sempre guardamos os mais importantes. Por isso, falamos do passado sempre nos referenciando a eventos marcantes: Foi depois que Juca nasceu ....; Aconteceu quando Laura começou o Ensino Infantil ..., e assim por diante.

Essa cronologia fica registrada através da eficácia da conexão entre neurônios na região do hipocampo. Ali existe, também, células que quando ativadas provocam em nós a sensação de novidade e são chamadas de células de novidade.

No hipocampo existem inúmeros neurônios de reconhecimento episódico que nunca foram ativados e que estão estreitamente conectados às células de novidade. Quando um evento ocorre pela primeira vez, ele ativa fortemente um desses neurônios, e sua estreita conexão com a célula de novidade nos proporciona a sensação de novidade. Mas essa forte ativação afrouxa a conexão entre ele e a célula de novidade. Dessa forma, nas próximas vezes que o mesmo evento ocorrer a sensação de novidade será cada vez menor, pois o neurônio que agora reconhecerá sempre esse episódio estará cada vez menos conectado com a célula de novidade.

Lesões na região do hipocampo podem ter efeitos devastadores, pois podem destruir a nossa memória retrospectiva. Deixamos de reconhecer nossos familiares, nossos amigos, os locais importantes de nossa vida, etc. Tudo se torna novo para nós e precisamos reaprender tudo outra vez.

Alternativamente, as lesões podem destruir a capacidade de reconhecer o recente. Não perdemos nosso passado antigo, mas não podemos gravar nosso passado recente. A partir do momento da lesão, perdemos nossa capacidade de guardar o ocorrido. Já não podemos mais nos lembrar do que aconteceu minutos atrás.

MEMÓRIA PROSPECTIVA



Juca está planejando ir brincar com seus amigos depois que voltar da escola.

Para isso, ele organiza a seqüência de suas atividades na memória prospectiva ou também memória executiva ou de trabalho.

Mas precisa, também, utilizar informações da memória retrospectiva sobre sua rotina e tempo de duração e de distância entre seus eventos, para ativar circuitos controladores do tempo futuro no lobo frontal. É como se pudesse contar com vários despertadores, que podem ser colocados para ativar um comportamento (ir à escola; tomar lanche; ...; brincar) em tempos distintos, porém ordenados (primeiro escola; ...; por último brincar ).

Distúrbios da memória executiva podem acarretar diferentes tipos de problemas. Por exemplo, a criança pode perder a capacidade de planejar suas atividades, o que pode ter um efeito devastador em sua vida.

A hiperatividade e os distúrbios de atenção, característicos de um grupo de crianças, também têm relação com uma disfunção da memória executiva. Os circuitos frontais delas parecem ser incapazes de programar seqüências longas de eventos. É como se não pudessem utilizar despertadores para programar muitos eventos ou eventos que ocorram por mais que alguns minutos.

Imagine uma situação comum de sala de aula. Levantar; ir à lousa; pegar o giz; escrever o que a professora ditar, e voltar para a carteira.

A criança poderá programar, em sua memória executiva, apenas: Levantar; ir à lousa. No meio do caminho, pode se distrair com algum ruído e reprogramar sua memória: Ir à porta; verificar o que aconteceu.
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