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Deiscência do Canal Superior. O que seria?



O que é Deiscência do Canal Superior (DCS)? 


A DCS resulta de uma abertura anormal do osso na parte superior do canal 
superior da orelha interna. A abertura permite que mudanças de pressão e de som 
influenciem a orelha interna. Isso significa que você pode ter vertigens e tonturas na 
presença de sons altos ou qualquer atividade que provoque uma variação de pressão 
dentro da orelha. Outros sintomas podem incluir ouvir a batida de seu coração em 
seu ouvido, escutar o eco da sua voz, ter zumbido em seus ouvidos, pressão nos 
ouvidos, perda auditiva, e estar fora de equilíbrio e instável. As seguintes atividades 
podem provocar os sintomas: elevar pesos,  esticar-se, curvar-se, assuar o nariz, 
viagens aéreas, elevadores, mergulho, ruídos altos, tosse e espirros.

Como o diagnóstico é feito?  


Muitos testes realizados no consultório do seu médico podem auxiliar no
diagnóstico da DCS, incluindo um teste  auditivo. Após estes testes, você será
solicitado a realizar uma tomografia computadorizada.

Qual é o tratamento para a DCS? 


A DCS provavelmente não irá curar por  si própria, então você terá duas
opções: uma cirurgia ou evitar as atividades que fazem você tonto. Evitar
determinadas atividades pode ser uma boa opção, a menos que você esteja
debilitado devido aos seus sintomas. Nesse caso, a cirurgia de oclusão do canal pode
diminuir ou fazer com que você fique livre destas sensações. Medicamentos podem
reduzir os sintomas, porém não são tão eficazes. Tampões especiais para os ouvidos
podem contribuir também. Você deve conversar com seu médico sobre opções
médicas e cirúrgicas disponíveis.

Como a Fisioterapia ou a Fonoaudiologia pode ajudar? 


Como a DCS é causada por um problema ósseo, nem o fisioterapeuta e o fonoaudiólogo pode
curar a DSC, ou fazer parar a tontura e vertigem associada. A terapia pode
melhorar o seu equilíbrio, instabilidade e dificuldades em andar. Um profissional adequado
também pode aconselhá-lo sobre as formas de evitar as atividades que provocam
sua vertigem e tonturas.

A REALIDADE NA TELEVISÃO



O nome do seriado obviamente remete ao clássico livro de anatomia Henry Gray’s Anatomy of the Human Body, que na minha humilde opinião de calouro é o mais didático dos livros texto de anatomia. Enfim, rumando para a parte que interessa, foi na sexta temporada dessa série que conheci uma doença que me despertou grande interesse, aSíndrome de Deiscência de Canal Semicircular Superior (SDCSS).
A portadora da doença na ficção é a adolescente de 16 anos Hayley May (interpretada pela Demi Lovato, teenager star da Disney), inicialmente diagnosticada com Esquizofrenia Paranóica. 
Segundo os pais da personagem, a garota apresentava sério desconforto com qualquer ruído externo. O mais estranho é que nada de anormal foi detectado na Eletroencefalografia, na Tomografia ou na RM. Esse quadro aparentemente anormal levou o herói dessa história, o médico Alex Karev, a pesquisar a fundo um possível diagnóstico diferencial para os sintomas da Hayley:
  • Hiperacusia (intolerância a certas frequências de som)
  • Tinido (zumbido interno)
  • Vertigem
  • Nistagmo (oscilação anormal do globo ocular)
A conclusão foi a já citada síndrome, registrada pela primeira vez em 1998 por Minor et al. Rara, ela é caracterizada por uma deiscência (buraco) no Canal Semicircular Superior, um dos 3 tubos ósseos aproximadamente perpendiculares entre si do ouvido interno que controlam a sensação de equilíbrio. Eles equivalem aos 3 eixos do plano X, Y e Z e o líquido que os preenche ativa terminações neuronais que mandam para o SNC a posição do corpo.
Acredita-se que a deiscência seja resultado de um distúrbio no desenvolvimento da parede óssea dos canais (que se completa aos 3 anos), que não atingem a espessura ideal e se tornam suscetíveis a rupturas causadas por traumas comuns. Essa ruptura acaba sendo porta de entrada para ondas sonoras geradas dentro do corpo, causando a sensação de tinido da paciente.
Apesar de rara, a doença tem uma correção relativamente simples. A lesão é reparada por neurocirurgia via fossa média, com utilização de enxerto ósseo e fáscia.

1 comentários:

Alexandre Vergara disse...

Eu sofro dessa condição e é enlouquecedor. Além desses sintomas sinto dor na base da nuca quando eu falo, além de ouvir minha própria voz extremamente alta. Penso que o que pode ter desencadeado essa síndrome foi uma disfunção de atm, pois juntamente com os sintomas, ouvir meu coração o tempo inteiro, visão treme quando elevo minha voz, autofonia que já referi, também sofro de estalos no maxilar no mesmo lado onde tenho os demais sintomas, além da dor no pescoço enquanto falo, na base da nuca. Se quiser mais informações sobre minha situação eu agradeço. meu email é alexandrexvergara@gmail.com trabalho como Coordenador de manutenção no Hospital Universitário da Universidade Federal de Pelotas RS, estou afastado no momento sem previsão de retorno. Nem preciso dizer que ninguém aqui conhece a SDCSS, inclusive o primeiro otorrino com quem consultei, e paguei caro, me indicou um psiquiatra...é de cometer suicidio mesmo.

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