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A Linguagem do Bebê


Estudos revelam que a maioria das crianças começa a pronunciar as primeiras palavras lá pelos 11 meses de idade. No entanto, é importante ressaltar que cada um tem o seu tempo para a aquisição da linguagem, podendo variar essa previsão. A fonoaudióloga e psicanalista da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc/SP), Maria Inês Tassinari, chama a atenção para o fato de que linguagem é, na verdade, tudo o que possui sentido. Um bebê não faz as coisas conscientemente, mas o simples fato dele existir já traz mudanças ao ambiente em que está inserido. Ele, então, incorpora as reações que causa nos outros, vai as aprimorando com o tempo e a sua linguagem evolui, explica a especialista.

Um recém-nascido se comunica basicamente através do choro e desenvolve tipos distintos para representar "fome" e "dor", por exemplo. Quem interpreta essas formas de comunicação nessa etapa da vida é a mãe, ou quem exerce a função materna. Ela costuma ter um olhar extremamente delicado e fino em tudo que o filho faz, principalmente por conta de todo seu amor e afeto. É como se dissesse o tempo inteiro ao bebê: você existe para mim e isso tem todo o sentido do mundo. É assim que a mãe passa ao filho uma segurança que lhe permite ter o caminho aberto para ser alguém, ocupando, principalmente, os espaços da linguagem, diz a professora da Clínica Interdisciplinar do Bebê. É esperado que a criança que não seja amada e acariciada tenha mais dificuldades em se expressar, prejudicando seu processo de linguagem, inclusive em longo prazo.

Por volta dos seis meses de idade, alguns bebês começam a pronunciar os primeiros "mamã", motivo de festa em qualquer casa. Outros só vão falar essa palavrinha mágica algum tempo depois. Após o segundo semestre de vida, espera-se que o pequeno já esteja apto para balbuciar sons familiares cheios de vogais: pá, dá, nã, qué. Os adultos o imitam brincando e o que o bebê responder vai se chamar de fala.

Entre 7 e 8 meses, a criança já reconhece o "não" e o seu próprio nome. É nesse momento, também, que percebe que ela e a mãe são pessoas distintas. Assim, se personaliza e começa a usar o "eu", mostrando a aquisição da diferenciação "eu" e "não eu". Com o tempo, a mãe vai, aos poucos, deixando claro que não é só o filho que ela deseja, que existem outras pessoas e coisas. Mas, para isso ser tranqüilo, o bebê tem que ser assegurado de que tem lugar nesse mundo. É incluindo a falta da mãe que a criança vai ter necessidade de significar o mundo por ela mesma, e isso é fundamental para poder falar, destaca Maria Inês.

Quanto mais informação o bebê capta, mais ele consegue transformá-la em palavras. É importante, nesse caso, conversar carinhosamente com o nenê, contar histórias, cantar músicas e, principalmente, falar corretamente com ele. Se a criança descobrir que consegue chamar a atenção para o que quer apenas apontando com o dedo, com certeza, vai demorar mais para desenvolver a fala.

A partir dos dois anos, a criança já utiliza já frases com cerca de duas palavras para pedir o que deseja: papa, mamãe. Mas, como ela ainda não consegue expressar tudo através da fala, é comum a frustração, que dá lugar à raiva e gera a birra. É importante que as pessoas ao redor compreendam o porquê disso, que é normal. É, mais ou menos, nesse momento, também, que começa a empregar o plural e tem início a fase dos "porquês". Com o tempo, o vocabulário vai se enriquecendo e ficando gramaticalmente mais sofisticado, principalmente quando ocorre o início da leitura e da escrita, lá pelos cinco anos de idade. Espera-se que a criança fale tão bem quanto escreva aos 12 anos, em média.

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