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Labirintopatias


A expectativa de vida humana aumentou de 50 para 74,5 anos desde o início do século passado. Acompanhando esse crescimento, o Brasil possui uma população idosa cada vez maior devido às melhorias de condições da saúde pública e os avanços da medicina. O Brasil é considerado o 6º país no mundo em número de idosos, em torno de 32 milhões, de acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a OMS, em 2025 serão dois bilhões de pessoas com mais de 60 anos em todo o mundo (Jornal Gazeta do Povo, 2004).

O envelhecimento populacional é um processo natural, manifesta-se por um declínio das funções de diversos órgãos que caracteristicamente tende a linear em função do tempo, não se conseguindo definir um ponto exato de transição, como nas demais fases. Tem início relativamente precoce, ao final da segunda década de vida, até que surjam, no final da terceira década, as primeiras alterações funcionais e/ou estruturais atribuídas ao envelhecimento (Guccione, 2002).

Sabe-se que o envelhecimento diminui a vitalidade favorecendo o aparecimento de doenças, sendo as mais prevalentes as alterações de origem vestibular, sensoriais, disfunções cerebrovasculares, cardiovasculares, doenças metabólicas, alterações cervicais, neurológicas (nas doenças degenerativas as síndromes demenciais são as mais evidentes), doenças ósseas, e outras (Nadol e Schuknecht, 1989; Zeigelboim et al., 2001).

O equilíbrio corporal depende da integridade do sistema vestibular (labirinto, nervo vestibulococlear, núcleos, vias e inter-relações no sistema nervoso central), do sistema somatossensorial (receptores sensoriais localizados em tendões, músculos e articulações) e da visão. O labirinto é responsável pelo equilíbrio e posição do corpo no espaço. Tonturas e/ou desequilíbrio surgem quando algo interfere no funcionamento normal do sistema de equilíbrio corporal podendo ser de origem periférica e/ou central (Jurkiewicz et al., 2002).

O envelhecimento compromete a funcionalidade do sistema nervoso central em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos, responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, bem como diminui a capacidade de modificação dos reflexos adaptativos (Nadol e Schuknecht, 1989).

Labirintopatia, popularmente conhecida como “labirintite”, é a situação em que ocorre um distúrbio na percepção local, descrita pelo paciente como tontura ou vertigem.Acomete indivíduos de todas as idades e pode ter várias causas: hipotensão (pressão baixa), vasculites, aterosclerose, diabetes, hipoglicemia, hipotireoidismo, fratura, traumatismo craniano, tumor cerebral, medicamentos ou, até mesmo, de fundo emocional (ansiedade extrema).O paciente descreve a crise vertiginosa como uma tontura, acompanhada ou não de náuseas e vômitos, suor intenso, zumbido nos ouvidos e diminuição da audição, resultando em equilíbrio instável, podendo sofrer quedas, mais freqüentes com idosos.Para determinar a causa da vertigem, alguns exames podem ser solicitados, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, audiometria e exames laboratoriais para avaliar função da tireóide e diabetes.Na crise aguda, deve-se dar apoio psicológico ao paciente pois, pelo mal-estar provocado pela instabilidade vertiginosa, é levado a pensar em problemas graves de saúde, como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral. O repouso no leito tende a diminuir as vertigens. Caso essas medidas não sejam eficazes, o serviço médico deverá ser procurado para serem ministradas medicações específicas.Deve-se definir a causa exata da labirintopatia para que o tratamento seja adequado, melhorando a crise atual e prevenindo novas crises. Na maioria dos casos, é uma doença benigna de tratamento domicilar e de excelente evolução, não havendo razões, portanto, para preocupações.

Com relação às queixas auditivas e vestibulares observa-se uma maior ocorrência do zumbido, da hipoacusia, da vertigem postural e do equilíbrio. Essas queixas também foram evidenciadas por Gushikem (2001). Existe um consenso na literatura de que a ocorrência destes sintomas é considerada freqüente na população geriátrica. Observa-se nesta população um aumento crescente dos distúrbios das funções sensoriais, da integração das informações periféricas e centrais, bem como a senescência dos sistemas neuromusculares e da função esquelética (Simoceli et al., 2003).

TRATAMENTO DA LABIRINTITE

A labirintite tem recuperação, e melhor ainda, os métodos de tratamento são mais simples do que se pensa.
Nem sempre ver o mundo rodar é tão excitante como estar em brinquedos radicais nos parques de diversão.
O termo correto para englobar os distúrbios labirínticos é “labirintopatia”.
A queixa de vertigem é muito comum. A incidência aumenta com a idade, sendo responsável por 1,3% de todas as visitas médicas em pessoas entre 45-64 anos, 2,9% das pessoas acima de 65 anos e 3,8% daquelas acima de 75 anos.
As causas da vertigem são variadas, onde se estima que, 85% são devido a desordens labirínticas.
Diversas são as causas das labirintopatias e a Fisioterapia pode atuar em quase todos e com ótimos resultados.
As alterações do equilíbrio corporal podem manifestar-se de várias maneiras: sensação de tontura ou vertigem, desequilíbrio, instabilidade, desvio da marcha ao andar, dificuldade de fixação ocular, acompanhada ou não de náuseas ou vômitos.
O uso de exercícios labirínticos possui eficácia bem documentada na literatura mundial, e o uso racional dos mesmos melhora o quadro vertiginoso e a qualidade de vida dos pacientes.
A Reabilitação Labiríntica não utiliza equipamentos especiais, e não apresenta efeitos colaterais porque está baseada em processos fisiológicos naturais do organismo.

Os exercícios de RV visam melhorar a interação vestibulovisual durante a movimentação cefálica, ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições que produzem informações sensoriais conflitantes e diminuir a sensibilidade individual à movimentação cefálica (Ganança e Ganança, 2001; Rezende et al., 2003). A RV pode promover a cura completa em 30% dos casos e diferentes graus de melhora em 85% dos indivíduos (Ganança e Ganança, 2001). É importante ressaltar que esse problema atinge um número significativo de idosos, que vem aumentando gradativamente em todo o mundo. Sendo a tontura um dos sintomas sensoriais de maior incidência nos idosos, o objetivo desta pesquisa foi verificar os benefícios dos exercícios de RV por meio da avaliação pré e pós-aplicação do questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI) - adaptação brasileira.

A ocorrência de alterações auditivas e vestibulares na população geriátrica justifica a realização sistemática da avaliação otoneurológica. O sucesso do tratamento da reabilitação labiríntica necessita da cooperação do paciente e de sua participação de forma ativa, causando um efeito psicológico positivo com a recuperação da segurança física e psíquica e conseqüente melhora da qualidade de vida.

Fonte: http://www.redebomdia.com.br/saudeebemestar/51/labirintite+e+seus+disturbios+tambem+atacam+criancas

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