A Síndrome de Guilain-Barré era até há pouco tempo considerada uma doença única. Hoje sabe-se que se trata de uma doença heterogênea com algumas variantes.
Trata-se de uma síndrome auto-imune onde ocorre uma lesão da bainha de mielina que recobre os nervos periféricos. É uma polirradiculopatia desmielinizante inflamatória.
Vamos traduzir então:
Todas os nossos estímulos sensoriais como dor, temperatura, tato e pressão são transportados pelos nervos periféricos até a medula espinhal, e de lá, para o cérebro onde serão processados. O mesmo acontece com os estímulos motores, só que no sentido contrário. Quando mexemos a mão, isso só ocorre porque o cérebro executa uma ordem que vai até a medula espinhal e desta para o nervo periférico que inerva os grupos musculares que comandam a mão.
A medula espinhal está conectada ao cérebro, possui mais ou menos 45 cm de comprimento e fica dentro da coluna vertebral. Vai da primeira vértebra cervical, lá em cima do pescoço, até a segunda vértebra lombar. Ao longo da medula saem vários plexos de nervos periféricos para todo o corpo.
Trata-se de uma síndrome auto-imune onde ocorre uma lesão da bainha de mielina que recobre os nervos periféricos. É uma polirradiculopatia desmielinizante inflamatória.
Vamos traduzir então:
Todas os nossos estímulos sensoriais como dor, temperatura, tato e pressão são transportados pelos nervos periféricos até a medula espinhal, e de lá, para o cérebro onde serão processados. O mesmo acontece com os estímulos motores, só que no sentido contrário. Quando mexemos a mão, isso só ocorre porque o cérebro executa uma ordem que vai até a medula espinhal e desta para o nervo periférico que inerva os grupos musculares que comandam a mão.
A medula espinhal está conectada ao cérebro, possui mais ou menos 45 cm de comprimento e fica dentro da coluna vertebral. Vai da primeira vértebra cervical, lá em cima do pescoço, até a segunda vértebra lombar. Ao longo da medula saem vários plexos de nervos periféricos para todo o corpo.
![Guillain-Barré](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTUtNrmg15XKCJgb6lLLYOBzvUMmoOCu_sUCdiukKV26K6EBNAzUaT-ARaIAbC46sqpjeJsJ2XmKMD2ZXhwEc5bBoZzBsQkSdPvjUZ58qfbTWcZyr0r1vCLt7fGNN-0XtsZuxzePyjSiTX/s400/plexo_novo.jpg)
Os nervos levam e trazem as informações ao cérebro através de impulsos elétricos. Assim como fios encapados, os nervos também são revestidos por uma substância isolante chamada de bainha de mielina. A síndrome de Guillain-Barré ocorre pela produção de auto-anticorpos que atacam e destroem essa bainha de mielina protetora.
![Guillain-Barré](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-aZTinn47vqVmljaGJN4Os17C1k7jy0llojNEYeEcXS_1BGiiFqeH0UbNNb7G85Wtzv7zWGUR17YngbEYY0HYxau3n9Q1IZkBSpz-jbM6dHMzjGreBJAZ7vLlWPPAXcVX05MsfGXCOAme/s200/spinal%2520cord.jpg)
Os nervos acometidos são basicamente os motores, com pouco ou nenhum acometimento dos nervos sensitivos. Logo, há incapacidade muscular com pouca ou nenhuma diminuição da sensibilidade.
Sintomas do Guillain-Barré
O quadro clínico é de fraqueza muscular, geralmente iniciada nas pernas e com evolução ascendente. Pode haver desde apenas fraqueza leve até paralisia total dos membros. Em questão de horas/dias a doença começa a subir e acometer outros grupos musculares. Em alguns pacientes o Guillain-Barré progride lentamente e não chega a acometer a parte superior do corpo de modo importante.
O gravidade da doença está nos casos em ocorre acometimento dos músculos respiratórios e da face, com dificuldade para respirar, engolir e manter as vias aéreas abertas. Até 30% dos pacientes precisam de ventilação mecânica.
70% dos casos apresentam também sintomas de taquicardia (coração acelerado), hipertensão/hipotensão, perda da capacidade de suar, arritmias, retenção urinária e constipação intestinal. São chamados sintomas de disautonomia e também ocorrem por alteração dos nervos periféricos.
Em geral, o Guillain-Barré progride por duas semanas, mantém-se estável por mais duas e, então, começa a regredir, um processo que pode durar várias semanas.
Os dois exames complementares que ajudam no diagnóstico são a punção lombar e a eletroneuromiografia.
Por que ocorre a síndrome de Guillain-Barré ?
A produção de auto-anticorpos parece ocorrer por uma reação cruzada entre anticorpos produzidos contra um agente infeccioso e a bainha de mielina. Explicando, alguns micróbios podem ter proteínas semelhantes as presentes na bainha, se o anticorpo for desenvolvido para atacar essa proteína, ele se confunde e acha que a bainha de mielina também é um agente invasor.
Até 2/3 dos doentes com Guillain-Barré referem um quadro de infecção respiratória ou gastrointestinal antes do aparecimento da síndrome. A infecção mais associada é pelo Campylobacter jejuni, uma bactéria que causa gastroenterite.
Outros eventos além de infecções bacterianas associados ao Guillain-Barré são:
- Infecção pelo HIV
- Vacinação
- Traumas
- Cirurgias
- Linfomas
- Lúpus
Em muitos casos, o fator desencadeante não é identificado.
Tratamento do Guillain-Barré
Os pacientes devem ser internados para observação, mesmo os com doença leve, uma vez que o acometimento respiratório pode ocorrer rapidamente.
O tratamento se baseia em duas terapêuticas:
- Plasmaferese - Uma espécie de hemodiálise onde se filtra os auto-anticorpos
Em muitos casos, o fator desencadeante não é identificado.
Tratamento do Guillain-Barré
Os pacientes devem ser internados para observação, mesmo os com doença leve, uma vez que o acometimento respiratório pode ocorrer rapidamente.
O tratamento se baseia em duas terapêuticas:
- Plasmaferese - Uma espécie de hemodiálise onde se filtra os auto-anticorpos
- Imunoglobulinas - Anticorpos contra os auto-anticorpos
Os dois tratamentos são igualmente efetivos e devem ser iniciados dentro das primeiras quatro semanas de doença.
Antigamente usava-se corticóides, mas estes foram abandonados por ausência de benefícios nos trabalhos científicos realizados. Hoje não estão mais indicados.
Em 80% dos casos o paciente se recupera totalmente, ou as sequelas são mínimas e não interferem na qualidade de vida. A mortalidade é de 5% e aproximadamente o mesmo percentual não consegue voltar a andar.
Os dois tratamentos são igualmente efetivos e devem ser iniciados dentro das primeiras quatro semanas de doença.
Antigamente usava-se corticóides, mas estes foram abandonados por ausência de benefícios nos trabalhos científicos realizados. Hoje não estão mais indicados.
Em 80% dos casos o paciente se recupera totalmente, ou as sequelas são mínimas e não interferem na qualidade de vida. A mortalidade é de 5% e aproximadamente o mesmo percentual não consegue voltar a andar.
1 comentários:
EM 2002 TIVE ESSA SÍNDROME E O TRATAMENTO FOI ATRAVÉS DA PLASMAFERESE, FIQUEI 35 DIAS INTERNADO E NÃO FIQUEI COM SEQUELAS. CONFORME O HEMATOLOGISTA DR.PAULO, FICOU A SUSPEITA QUE A ORIGEM FOI A VACINA CONTRA FEBRE AMARELA QUE EU TINHA TOMADO APROXIMADAMENTE HÁ 1 MES. A PARTIR DESTA ÉPOCA, POR ORIENTAÇÃO MÉDICA, NÃO TOMEI MAIS NENHUMA VACINA.
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